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Andebol Feminino
Internacional jovem brasileira, a ponta-direita Duda está encantada com o Clube e com a sua grandeza. Habituada aos títulos no Brasil, continua a somá-los em Portugal e destacou-se na equipa tricampeã de andebol.
31 maio 2024, 17h30
Duda
Nascida há 24 anos, os pais deram-lhe o nome de Maria Eduarda, e foi com ele que cresceu e se tornou mulher. Mas, ainda antes disso, ganhou, no andebol, uma alcunha que, no Brasil, é sinónimo de craque. Com o seu talento, transformou a pequena Maria Eduarda numa jogadora de alto gabarito, habituando-se ao nome que as bancadas adotaram.
Foi assim que, em janeiro, quando chegou ao Benfica, Maria Eduarda era o nome que constava no passaporte, mas foi a Duda que o Clube contratou. Bicampeã brasileira, pelo seu clube, o Esporte Clube Pinheiros, rapidamente se integrou no grupo que aspirava a vencer o terceiro título consecutivo, e em 29 jogos disputados, pelo Benfica, apontou 105 golos.
"Temia uma adaptação mais difícil, embora há muito tempo suspirasse por este desafio, de sair do Brasil e vir para a Europa, tentar a minha sorte. Foram anos de dedicação, de títulos, e quando chegou o convite do Benfica, não tinha como hesitar", confidenciou Duda, a convidada desta semana do programa Protagonista, na BTV.
"O Clube é enorme e não é apenas devido ao futebol. É por causa dos adeptos, que são incríveis"
Duda
O BENFICA É ENORME
Chegada ao Benfica, instalada pelo Clube numa residência que partilha com o seu namorado, Duda não precisou de muito tempo para se ajustar ao grupo, ao Clube e à cidade. Elogia a forma como o Benfica trata das coisas, a estrutura que não permite que falte algo aos atletas e a atmosfera familiar que se criou no heterogéneo universo das modalidades, no Estádio da Luz.
"Foi tudo muito rápido, porque o Benfica é um clube enorme, mas é também muito acolhedor. Quando cheguei ao estádio, assustei-me um pouco, porque é gigante, e percebemos que é um clube onde o futebol é, realmente, muito importante para os adeptos. Mas isso é apenas uma fachada, porque, depois, quando conhecemos melhor o Clube, ficamos rendidas. A tudo. E ficamos a saber que o Clube é enorme e não é apenas devido ao futebol. É por causa dos adeptos, que são incríveis, pela forma como o Clube acarinha e desenvolve as modalidades. Digo muitas vezes, aos meus familiares, aos meus amigos, no Brasil: 'Pessoal, o Benfica não é um clube, é um mundo'", destaca Maria Eduarda, a Duda, do Benfica.
O que foi dito pela ponta brasileira do Benfica podia ser, perfeitamente, o título da obra mais agraciada de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, mas a verdade é que as coisas funcionam assim para uma atleta que vem de fora de Portugal, chega ao Benfica e se depara com um misto de grandiosidade desportiva e gigantismo social. O Benfica é mesmo um mundo. De diversidade desportiva, de multiculturalidade, de inclusão social e de uma sobeja dádiva associativa.
CONVITE IRRECUSÁVEL
A conversa que acompanhou o convite para se juntar ao Benfica foi certeira e tocou numa das ambições desportivas de Duda. Depois dos títulos alcançados no Brasil, a ponta-direita queria testar-se a si própria na Europa e, de preferência, em Portugal, devido à proximidade linguística e cultural.
"Vir para Portugal era um desejo meu. Queria esse desafio, para mim, na Europa, mas queria algo num clube importante e em Portugal, devido à língua e a ser mais fácil a adaptação. Quando recebi a chamada do Benfica, tudo se tornou muito nítido. Era a oportunidade com que eu sonhava, ainda por cima no maior clube de Portugal e um dos maiores da Europa. Explicaram-me o projeto, que era vencer o tricampeonato, ir o mais longe possível na competição europeia e vencer todas as outras competições. E senti, imediatamente, que a proposta de jogo do nosso treinador era algo que me satisfazia. Jogo muito intenso, de transições, de velocidade, que são as minhas características principais. Fiquei imediatamente convencida e fiz a aposta certa. E quando comecei a treinar com as minhas colegas, então, fiquei sem dúvidas. Vi muito talento, muita juventude, muitas atletas que, como eu, querem construir uma história no Benfica e no andebol. Um grupo muito unido, muito familiar e que corresponde, em campo, a tudo o que é exigido pelo nosso treinador. Estou encantada, porque tudo está a correr muito bem, e, claro, conquistar os títulos tem ajudado a manter todo esse bom ambiente", adiantou.
"Quando recebi a chamada do Benfica, tudo se tornou muito nítido. Era a oportunidade com que eu sonhava"
ALTA INTENSIDADE
Assim que começou a treinar no Benfica, Duda sentiu um pequeno abalo nos seus hábitos, já que a intensidade colocada por João Alexandre Florêncio é algo que define a forma de jogar da equipa. Vinda do Brasil, de um clube que é o mais vitorioso do país no andebol feminino, a ponta-direita do Benfica viveu, no início, os efeitos de treinos mais puxados e mais exigentes.
"Foi algo a que precisei de me adaptar. A intensidade é muito diferente. No Brasil, temos menos jogos, e isso reflete-se na forma como se treina. Aqui, no Benfica, percebi isso logo no primeiro treino. Não há tempos mortos, e o nosso treinador puxa por nós como se estivéssemos a jogar. Isso é muito bom, porque levamos esse ritmo para os jogos. Mas, assim que entrei nessa cadência, hoje, olho para trás e sinto-me melhor jogadora do que era há meio ano. Evoluí imenso, embora o estilo da equipa favoreça as minhas características. Apostamos muito no contra-ataque, na transição, numa defesa muito agressiva. E isso eu sabia que viria encontrar no Benfica, porque foi isso que o treinador me passou, quando me convidaram a vir para o Clube. E correu tudo muito bem, estou adaptada, estou integrada, porque o grupo ajuda muito, e sinto que faço parte da equipa. Já me sinto benfiquista, estou muito grata ao Clube e estou fascinada com a sua grandeza", garantiu Duda.
O TRICAMPEONATO
Apesar dos títulos, a época do Benfica teve alguns solavancos, como a perda da liderança do campeonato, na fase regular, o que expôs a equipa à hipótese de não alcançar o terceiro campeonato seguido. Quando chegou ao Clube, a equipa já tinha perdido essa liderança, mas o que viu convenceu-a rapidamente de que o título não escaparia.
"Verdade. Quando cheguei ao Benfica, já tínhamos perdido a liderança, mas não vi uma equipa em pânico. O que vi foi uma equipa muito focada no seu objetivo e muito determinada em recuperar a liderança. Sabíamos que os jogos com o Madeira SAD seriam decisivos, e, na fase final, quando as vencemos em casa, começámos a puxar o título para o nosso lado. Depois, na 2.ª volta, o jogo na Madeira foi uma espécie de final do campeonato. Ganhámos e sentimos aí que o título não escaparia, apesar de termos ainda jogos difíceis pela frente até ao fim do campeonato. Aliás, essa foi uma das coisas que me surpreenderam em Portugal, a liga é mais competitiva do que imaginava. E, com o apoio dos nossos adeptos, que nós sentimos sempre do nosso lado e em todo o lado, ficou mais fácil. É uma equipa com muita resiliência, que supera os maus momentos, se agrupa e consegue contornar as dificuldades que sempre aparecem durante uma época", confessou.
"[O Benfica] é uma equipa com muita resiliência, que supera os maus momentos, se agrupa e consegue contornar as dificuldades"
A VISIBILIDADE DO BENFICA
Um dos sonhos de Duda é representar a seleção do Brasil, depois de ter sido bicampeã no seu país, vencedora sul-americana de clubes e internacional nas categorias de base. Ainda assim, vir para o Benfica pode assegurar-lhe um lugar na seleção, depois dos Jogos Olímpicos.
"Depois das Olimpíadas, onde acho que a seleção do Brasil pode chegar, quem sabe?, às meias-finais do torneio olímpico, acredito que posso ter uma oportunidade. Ainda recentemente, fizemos um jogo-treino com a seleção do Brasil aqui, na Luz, e foi uma possibilidade que aproveitei para mostrar ao selecionador que pode contar comigo. E jogar no Benfica vai dar-me a visibilidade de que preciso para chegar lá. Muitas das jogadoras que atualmente vão à seleção atuam na Europa, porque disputam campeonatos mais competitivos que o brasileiro. E, sendo o Benfica um clube muito popular no Brasil, sei que o selecionador vai estar atento ao meu trabalho", garantiu Duda.
Artigo publicado na edição de 31 de maio do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 31 de maio de 2024