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Hóquei em Patins Feminino
Após mais uma conquista, devidamente enaltecida pelo vice-presidente Fernando Tavares e pela capitã Marlene Sousa, a recente polémica convocatória para o Campeonato do Mundo também foi abordada.
14 julho 2024, 19h08
Vice-presidente Fernando Tavares e Marlene Sousa
"Fechamos mais uma época desportiva das modalidades de pavilhão, e fechamos com chave de ouro, com o 23.º título nas modalidades de pavilhão, no masculino e no feminino. A somar às outras modalidades, foram mais de 50 títulos. Se juntarmos as modalidades individuais, são mais de 100 títulos para o Benfica", começou por afirmar Fernando Tavares, acrescentando, em jeito de balanço geral, que a temporada não pode ser considerada negativa. "Queremos sempre mais, e construir sobre o que fizemos no ano anterior. No ano passado tivemos também 23 títulos. Para o ano queremos mais", disse o dirigente, à BTV.
FERNANDO TAVARES
Fernando Tavares admitiu que "é difícil ter palavras" para a equipa feminina de hóquei em patins do Benfica. "Não perde a vontade de ganhar, e fechamos aqui o 34.º título desta equipa em 11 anos de história. A única taça que perdemos foi uma Taça de Portugal para a Marlene [então na Sanjoanense]", considerou, passando depois a explicar os motivos pelos quais o Clube não entende a ausência de Marlene Sousa, Maria Sofia Silva, Maria Vieira e Beatriz Figueiredo da convocatória da equipa das Quinas para o Mundial.
"Recuando no tempo, não ficamos muito tristes que tenha sido a Marlene a conquistar esta taça. No Benfica, ao contrário do selecionador nacional, gostamos muito da Marlene, e a última convocatória para o Campeonato do Mundo é difícil de aceitar e explicar, é absolutamente inqualificável por parte do selecionador nacional. O Benfica não consegue encontrar nenhum critério lógico e objetivo para explicar a exclusão de jogadoras como a Marlene, a Maria Sofia Silva, a Beatriz Figueiredo e a Maria Vieira. No caso concreto da Marlene Sousa, não vejo onde possa haver critério desportivo. A Marlene é a melhor jogadora portuguesa, encaixa em qualquer equipa do mundo, seleção do mundo e em qualquer modelo de jogo do mundo", sublinhou.
E prosseguiu: "No critério não desportivo, estamos perante uma atleta exemplar, uma mulher com os comportamentos corretos, um exemplo no desporto em Portugal, e não vejo que possa existir algum critério não desportivo. Não me parece que haja também um critério de renovação, porque a Marlene tem muito para dar e vender ao hóquei português."
"O Benfica não consegue encontrar nenhum critério lógico e objetivo para explicar a exclusão de jogadoras como a Marlene, a Maria Sofia Silva, a Beatriz Figueiredo e a Maria Vieira da convocatória da Seleção para o Mundial"
Fernando Tavares
Os critérios comparativo e pessoais foram igualmente referidos. "Como é que a Marlene se compara às outras jogadoras? Não tem discussão ser a melhor jogadora portuguesa. E há o critério pessoal, o topo da pirâmide. Que eu saiba, a Marlene não abdicou da Seleção Nacional. Sou uma pessoa abençoada, porque vi jogar [António] Livramento e tenho a sorte de ver jogar Marlene, jogadores que se vão imortalizar no hóquei português e no desporto português. Como dirigentes, ou treinadores, perante uma atleta do estatuto da Marlene, não somos nós que dizemos à Marlene para abdicar. Tem de ser a Marlene a dizer quando está pronta para abdicar, o que é uma diferença grande. Não conseguimos aceitar a exclusão da Marlene", explanou Fernando Tavares.
Para o vice-presidente encarnado, as escolhas do selecionador "têm de ser respeitadas", desde que possam "ser defendidas, fundamentadas e explicadas". "Esta exclusão da Marlene e das outras três jogadoras é difícil de explicar. Não há nenhuma lógica, ou sentido, para poder defender uma opção destas. A federação de patinagem não é a dona da modalidade, é uma entidade reguladora da modalidade, e tem de dar explicações aos clubes, porque são os clubes que sustentam a modalidade. O selecionador nacional deveria vir a público e explicar a exclusão da Marlene, da Maria Sofia Silva, da Beatriz Figueiredo e da Maria Vieira. A estrutura do Benfica esteve em contacto com o diretor nacional da federação de hóquei em patins, e sinto vergonha de reproduzir as explicações que deu para a exclusão das jogadoras, porque são tão ridículas que são impossíveis de serem reproduzidas", adiantou.
Considerando que "o desporto é um fator de sustentabilidade social", Fernando Tavares deixou um apelo: "Os políticos, os governos, têm de fazer uma reflexão profunda sobre o se está a passar no desporto em Portugal. Neste momento, a maior parte das federações são amadoras e geridas por amadores, não são geridas por profissionais, com competições amadoras, e, na maior parte dos casos, com atletas profissionais. Não pode ser gerido desta forma."
"Estamos muito incomodados com esta convocatória, e, pessoalmente, ficaria bem ao selecionador nacional vir explicar aos clubes o sentido destas exclusões, ou fazer o que já deveria ter feito: demitir-se. Não é o primeiro incidente com atletas do Benfica. Não estando preenchidos os cinco critérios como explicação, só posso sentir esta exclusão como uma perseguição às jogadoras do Benfica, ao Benfica e ao hóquei", evidenciou o dirigente, dando conta que "em situação alguma se podem excluir as melhores jogadoras".
"O Benfica, clube que mais investe na modalidade, particularmente no feminino, para ganhar, liderar, tem toda a legitimidade para pedir explicações. O Benfica não quer ser beneficiado em nada, mas tem toda a legitimidade para pedir à federação, ao diretor técnico nacional e ao selecionador uma explicação capaz de colher a defesa das jogadoras do Benfica e da modalidade", concluiu.
MARLENE SOUSA
Ao lado de Fernando Tavares, Marlene Sousa, capitã das águias, não escondeu o seu orgulho por mais uma conquista, encerrando assim a temporada 2023/24 da melhor forma. "Começo pelo mais importante, a conquista da Taça de Portugal. A conquista de todos os títulos a nível nacional. Sou uma capitã muito orgulhosa, o currículo fala por nós, os feitos também falam por nós. Sobre isso há pouco a dizer, apenas que sou uma capitã muito orgulhosa desta equipa", frisou.
A atleta de 29 anos comentou a sua exclusão da convocatória para o Campeonato do Mundo de hóquei em patins feminino, assegurando que em nenhum momento renunciou à Seleção Nacional.
"Quanto ao tema Seleção Nacional, quero fechar esse assunto. Dizer a toda a gente que me tem enviado mensagens que não abdiquei, nem renunciei, à Seleção Nacional. Sinto que estou no auge das minhas capacidades físicas e mentais, de maturidade. É, para mim, um orgulho e uma honra representar o meu país desde 2009, ser capitã desde 2016. Foi sempre uma honra e joguei sempre por amor à camisola. Respeito todas as decisões, como é óbvio, ainda que não as entenda. A história desta equipa fala por si. Fomos campeãs da Europa só com jogadoras portuguesas. O currículo e o que está para trás não preciso de enumerar", disse.
E acrescentou uma certeza: "Deixo a mensagem de que nestes 25 anos de carreira enquanto hoquista vivi sempre para o hóquei em patins feminino, é a minha grande paixão. Dei tudo para representar ao melhor nível o hóquei em patins feminino em Portugal, nunca saí porque acho que as melhores têm de cá estar. Vou continuar na luta pelo hóquei em patins feminino, como sempre me conheceram."
Texto: Redação
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica
Última atualização: 16 de julho de 2024