"Foi uma exibição coletiva muito boa"

PÓS-JOGO

Garantindo que a equipa do Benfica deu a resposta que esperava após o duelo com o Feyenoord, da Liga dos Campeões, Bruno Lage analisou a goleada, por 5-0, na receção ao Rio Ave, em jogo da 9.ª jornada da Liga Betclic, disputado neste domingo, 27 de outubro, no Estádio da Luz. "A equipa tem feito um trabalho que me deixa satisfeito", sustentou.

Na zona de entrevistas rápidas da BTV e, posteriormente, em conferência de Imprensa, o treinador das águias elogiou a dinâmica ofensiva, que permitiu à equipa "criar muitas oportunidades de golo", e insistiu na valorização do coletivo para explicar como a estratégia desenhada para este jogo resultou num marcador robusto.

"Treinar o Benfica é ter um talento enorme à nossa disposição e ajudar os jogadores a terem um posicionamento que acho ideal para jogarmos um futebol que queremos, para criar as oportunidades que acho que esta equipa pode criar e para marcar os golos que queremos. Satisfeito pela exibição do coletivo, que é o mais importante. Uma vez mais, até mesmo as alterações que fizemos ajudaram a equipa à exibição e à vitória", disse Bruno Lage.

Projetando já o duelo de quarta-feira, 30 de outubro, diante do Santa Clara, válido para os quartos de final da Taça da Liga, o comandante encarnado reforçou a importância de "manter a dinâmica" apresentada no embate diante do Rio Ave para garantir o objetivo, que passa por "vencer e avançar à fase seguinte da prova".

CONVICÇÃO DE UMA BOA RESPOSTA

"[Vitória expressiva?] A importância resume-se aos três pontos. Estava convicto de que a equipa ia dar esta resposta. Boa exibição em termos defensivos e com uma dinâmica que também me agradou em termos ofensivos, com muitas oportunidades de golo e com golos. Foi uma exibição coletiva muito boa. É continuar a trabalhar, porque, dentro de três dias, quarta-feira [30 de outubro], temos um desafio muito importante [Santa Clara, para os quartos de final da Taça da Liga] que pretendemos vencer, porque é um dos objetivos do Clube."

A IMPORTÂNCIA DAS MOVIMENTAÇÕES DE PAVLIDIS

"[Pavlidis trapalhão?] Não o senti trapalhão, e até [esteve] sempre muito bem posicionado na 1.ª parte. Acabei de ver os lances, há lances em que é fundamental o avançado entrar e estar na zona de finalização, propriamente na pequena área, para dar os espaços aos outros jogadores. Ainda no segundo golo, há o primeiro movimento do Pavlidis, e depois é que há o segundo do Aktür [Aktürkoğlu]. São tudo dinâmicas que temos de criar, particularmente quando se joga contra uma linha de cinco defesas, com três centrais muito fortes, mas depois a oferecerem espaços a outros jogadores, como foi o caso do Aktür [Aktürkoğlu]. Por isso, mais importante é olhar sempre para o coletivo. Foi uma exibição que me agradou nesse aspeto, uma vez mais também com gente a sair do banco e a ajudar a equipa a ter energia, consolidar a exibição e a marcar mais dois golos para fazer um resultado que nos deixa felizes."

MÉDIOS INTERPRETARAM "MUITO BEM" O MOMENTO OFENSIVO

"[Posição de Kökcü] Eu entendo a sua pergunta, e desculpe interrompê-lo, mas se eu estiver preocupado com aquilo que se passou no ano passado, com entrevistas que os jogadores deram... É muito simples: nós decidimos a estratégia, confiamos que os jogadores conseguem desempenhar, e eles têm de corresponder, quer em termos coletivos, quer com todo o talento que têm. Para este jogo, abdicámos de ter um médio como o Tino [Florentino] e sentimos que poderíamos abordar este jogo com apenas dois médios. Quer o Fredrik [Aursnes], quer o Kökcü, interpretaram muito bem o momento ofensivo e fizeram o sexto homem para desequilibrar em termos ofensivos. Vi o Fredrik [Aursnes] pela direita a cruzar várias vezes, vi o Kökcü na esquerda a cruzar para um dos golos. Por isso, o importante é os jogadores entenderem a dinâmica, e eu estar focado naquilo que vou fazendo no dia a dia."

TODOS SÃO MERECEDORES DE UMA OPORTUNIDADE

"Toda a gente está a merecer muita coisa, nós temos um plantel enorme, este é o meu sexto/sétimo jogo, os jogadores que saem do banco têm ajudado a equipa nas exibições e nos resultados. Por exemplo, hoje [domingo], o Tino [Florentino] não jogou. Perdeu o lugar na equipa? Não, são questões em que temos de ir analisando o rendimento e o que é o melhor para a equipa a cada momento. Hoje [domingo], sentimos que podíamos ir sem o Tino [Florentino] e voltámos a utilizar o Pavlidis, porque era o ponta de lança certo para fazer determinado tipo de movimentos em função da linha de três [centrais]. Estamos muito satisfeitos com o Arthur [Cabral], estamos muito satisfeitos com o trabalho que o Zeki [Amdouni] tem vindo a fazer, e o Zeki [Amdouni] pode ser utilizado em várias posições na frente. Cabe a cada momento, e, a jogar de três em três dias, nem há lugares garantidos, nem há lugares em risco. Há, sim, a preocupação do que a equipa tem de fazer. Se os jogadores forem selecionados para o onze, têm de dar o seu contributo; quando saírem do banco, têm de ajudar a equipa a continuar a fazer as exibições e os resultados que temos vindo a fazer, como até aqui."

VALORIZAÇÃO DO TRABALHO DO COLETIVO

"[Golos de Aktürkoğlu] Para já, há aqui várias questões. A primeira é valorizar a equipa, porque sentimos que ele [Aktürkoğlu] tem chegado às posições e a equipa está a interpretar muito bem os seus movimentos. O golo que ele marcou de cabeça [2-0] é parecido com o que marcou no jogo com o Santa Clara [vitória por 4-1, na 5.ª jornada]. É perceber que ele é um atleta que, em curtas diagonais e espaços pequenos, pode aparecer dentro da área. Por isso, ele tem de ter alguém que o sirva em condições, como o serviu o Kökcü nesse jogo [Santa Clara] e como o serviu hoje [domingo] o Di María nesse lance [2-0]. Ser treinador do Benfica é ter jogadores talentosos como ele e todos os outros. Por isso, valorizar o coletivo. Neste momento, ele está a ser importante pelos golos que tem feito, mas a equipa tem feito um trabalho que me deixa satisfeito. Sinto que esta equipa ainda pode crescer mais, com o tempo, com os jogos e com os treinos."

SCHJELDERUP "A FAZER O SEU CAMINHO"

"[Celebração especial pelo hat-trick de Aktürkoğlu?] Não, celebrámos foi a vitória. Estes pequenos apontamentos individuais, principalmente dos jovens... Claro que é importante para o Andreas [Schjelderup] o golo, mas o mais importante é ele sentir confiança da nossa parte e ir trabalhando, porque não é fácil representar o Benfica, independentemente de estar nomeado para o Golden Boy ou não. É um jovem com enorme talento como temos muitos outros. Importante é ele continuar a treinar, a fazer o seu caminho de forma tranquila e a cada momento corresponder."