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Reportagem
22 novembro 2024, 18h00
Anna Gasper e Lena Pauels no Cristo-Rei
É desse amor sem explicação pelo Benfica – ou derivado da soma de várias explicações, como poderá concluir no final desta reportagem – que Lena Pauels e Anna Gasper, jogadoras da equipa feminina de futebol das águias, falam ao longo de um dia especial, em que visitaram diversos locais marcantes na Margem Sul do Tejo e em Lisboa, onde se sentem… em casa. Com sorrisos reveladores de uma felicidade e uma paixão por vestirem o manto sagrado, a dupla das Inspiradoras leva-nos desde o seu habitual local de trabalho, o Benfica Campus, ao Cristo-Rei, ao Jardim do Rio (Almada), com passagem por Lisboa, pelo Miradouro de São Pedro de Alcântara, e culminando no Estádio da Luz, perante a estátua de Eusébio. É esta tarde diferente para as donas das camisolas 1 e 23 do Benfica, ambas alemãs e ambas já Benfiquistas de alma e coração, que aqui contamos. Assim como uma série de curiosidades e de momentos relacionados com a vida das jogadoras desde que chegaram ao Benfica.
Foi numa segunda-feira ao início da tarde que começámos, no Benfica Campus, este passeio por alguns dos locais que fazem parte da vida de Lena Pauels e de Anna Gasper, locais que as conquistaram desde que se tornaram reforços das águias: a guarda-redes em 2023/24, vinda do Werder Bremen, onde jogou sete temporadas, a média em janeiro de 2023, após passar pelo Áustria de Viena. Cumprida mais uma manhã de trabalho, às ordens de Filipa Patão, a dupla alemã aceitou o desafio da reportagem dos meios do Clube e preparou-se para a primeira paragem: o Santuário do Cristo-Rei e o seu miradouro panorâmico para o outro lado do rio Tejo, com vista ampla da cidade de Lisboa.
"Na Alemanha os adeptos apoiam-nos, sim, mas aqui fazem-no muito mais. Gosto muito de cá estar"
Lena Pauels
O TRABALHO E AS ROTINAS NO NINHO DAS ÁGUIAS
Antes da partida, e porque o trabalho está no topo das prioridades, contam-nos em que consiste um dia normal de rotinas com a equipa feminina de futebol. "O meu alarme está programado para acordar pelas 7h30, depois tomo um café, deixo a casa por volta das 8h10, e seguimos, de carro, diretamente para o Benfica Campus. Recolho o nosso cesto, onde temos as nossas coisas, e tomo o pequeno-almoço", avança Lena Pauels, que dá o mote para a compatriota prosseguir.
Anna Gasper, habitual condutora da viatura que leva as duas jogadoras de casa, na capital, até ao Benfica Campus, no Seixal, completa a informação. "Antes do pequeno-almoço, passo pelo departamento clínico, se for necessária alguma coisa para o treino. Depois, costumamos ter uma sessão de vídeo pré-treino, seguindo-se uma ativação breve no ginásio. Temos, então, o treino no relvado. No final, ou há uma sessão de ginásio, ou fazemos trabalho de recuperação. Terminado isso, tomamos banho, almoçamos e voltamos para casa", elucida a média. E nos tempos livres, há tempo para alguns passeios? Anna Gasper, com mais meses em terras lusitanas, esclarece: "No início, saíamos mais, mas agora vamos mais vezes diretamente para casa. No meu caso, como estou a estudar, aproveito o tempo para os estudos. Também sou uma pessoa que gosta de descansar, relaxar, ver televisão ou algo desse tipo."
SENTIR-SE EM CASA E ESTAR EM FAMÍLIA
O banho cultural em que alemães e portugueses estiveram imersos desde tenra idade condiciona comportamentos e formas de ver o mundo. Ora, aqui poderia estar um grande obstáculo à adaptação de Lena Pauels e de Anna Gasper a este recanto europeu de cariz latino. Que, garantem-nos ambas, não existe. "Sim, sem dúvida, foi muito rápido adaptar-me. A Anna teve um grande papel nisso também, porque ajudou a tornar tudo mais familiar. Gosto das pessoas, do país. As diferenças notam-se também no comportamento dos adeptos: na Alemanha apoiam-nos, sim, mas aqui fazem-no muito mais. Gosto muito de estar cá. É muito fácil conseguires integrar-te neste clube, faz-nos orgulhosas por jogar pelo Benfica", assume a guardiã das águias.
"Passe" feito, e receção para Anna Gasper, que "sai a jogar", ela que também reconhece que o calor humano português aconchegou a sua adaptação a Portugal e a um clube que a soube receber como membro de uma grande família. "Definir o que é o Benfica? Ufff [risos]… A primeira palavra que me vem à cabeça é 'incrível', principalmente porque os nossos adeptos são incríveis, apoiam não só a equipa masculina [de futebol], mas também a nossa, e as outras modalidades. O Benfica é uma grande família. Sinto-me já mais uma Benfiquista e amo realmente este clube", lançou a camisola 23, que salientou o perfil dos portugueses, numa comparação com os germânicos: "As pessoas aqui são mais abertas, sentimos isso quando andamos pelas ruas. Na Alemanha, as pessoas são mais frias."
A TRANQUILIDADE DO TEJO E O TRÂNSITO LOUCO
E foi rodeadas de pessoas, muitas delas também de nacionalidades estrangeiras, mas na condição de turistas, que as jogadoras encarnadas deram uma volta pela zona do Cristo-Rei. Os 360 graus de visibilidade e a imponência do monumento ainda impressionam as duas, tal como a tranquilidade do Jardim do Rio, mais abaixo, outro dos pontos de paragem neste tour. As alemãs não escondem o prazer de ali repousarem uns minutos, de se sentarem na relva à beira do Tejo, enquanto trocam algumas palavras. O dia, quente e soalheiro, é propício a este momento zen, num local por muitos desconhecido. "Já cá estive várias vezes e gosto de mostrar este espaço a quem nos visita da Alemanha. Gosto muito da vista, tem um caminho muito agradável para dar um passeio", assinala Anna Gasper, antes de seguirmos para outra etapa, agora rumo ao centro de Lisboa.
Chave na ignição, motor a roncar e… partida! Pelo meio, uma Ponte 25 de Abril que todos os dias Lena e Anna têm de passar, mesmo quando o trânsito natural de uma capital europeia a torna numa viagem mais demorada. "Tenho sorte porque é a Gasper quem conduz sempre", lança a camisola 1 do Benfica, com um riso destinado à colega. "O trânsito em Portugal é diferente do da Alemanha, as pessoas são loucas a conduzir aqui… Esta é uma ponte linda, com uma vista fantástica, em particular na direção da estátua [Cristo-Rei]. Mas, quando há muito trânsito, é um pouco chato", explica. A dona do volante tem uma visão particular do que é o trânsito. "Temos a sensação de que as pessoas costumam parar aqui em cima da ponte, não sei se os carros deixam de funcionar ou se ficam a tirar fotos da vista", atira Anna Gasper com mordaz ironia.
AQUELE PRIMEIRO DIA QUE NÃO SE ESQUECE
Enquanto fazemos o caminho para a outra margem do Tejo, lançamos um desafio às convidadas: que evoquem o que as marcou ao chegar a Portugal e se houve paixão à primeira vista logo nesse dia 1. "Quando assinei pelo Benfica, cheguei durante a noite. Quando fui para o apartamento, no dia seguinte, apenas consegui dar um salto junto ao rio Tejo, durante uns 10 minutos, porque queria conhecer alguma coisa da cidade, pelo menos. Durante os primeiros dias em Portugal, tentei ir a todos os locais mais típicos, e foi impressionante: antes de mim, amigos e familiares nossos, imensos alemães, tinham vindo cá como turistas nas férias, e nós agora podíamos viver aqui! É muito bom poder viver numa cidade tão bonita como é Lisboa; por essa razão tentei, nas duas primeiras semanas, conhecer tudo! Agora vamos ver as vistas apenas quando recebemos visitas. Mas adoro Lisboa!", diz Lena Pauels.
História diferente, mas também de uma primeira boa impressão, do país e do Benfica, conta Anna Gasper: "Recordo-me de que vim da Áustria em pleno inverno, em janeiro, por isso estava mesmo muito frio lá… Quando aterrei em Lisboa, tive de vestir uma T-shirt, e isso foi a primeira coisa que me impressionou. Quando cheguei, sentia-me um pouco nervosa, não sabia bem o que esperar, mas foi muito bom. As pessoas do Clube ajudaram-me imenso a sentir-me em casa, sempre que precisei de alguma coisa, tive sempre alguém para me auxiliar."
OS ADEPTOS COMO MOTOR DE TODOS OS SUCESSOS
Seja no Benfica Campus, no Estádio da Luz ou em qualquer outro terreno onde a equipa feminina das águias jogue, há sempre uma certeza: estarão lá adeptos encarnados a puxar pelas tetracampeãs nacionais. Lena Pauels, que joga naquela que muitos apelidam de posição mais solitária no futebol, a de guarda-redes, fala-nos do conforto que lhe chega das bancadas em todos os momentos. "Os adeptos são impressionantes, são muito diferentes dos que temos na Alemanha, diria mesmo… Principalmente ao longo da última temporada [2023/24], os Benfiquistas puxaram imenso por nós, estiveram a apoiar em todos os jogos e, em particular nas idas ao Norte do país, houve sempre muitos Benfiquistas connosco. Sentimos todo esse apoio, que nos ajudou imenso. Recordo-me de um jogo, em particular, da época passada, em que a Kika [Nazareth] ia bater um penálti, e toda a gente gritava pelo nome dela… É muito especial, eles [os adeptos] fazem parte do nosso sucesso", enaltece a camisola 1.
A mesma visão traz-nos Anna Gasper, ela que jogou menos nos primeiros meses de águia ao peito, em 2022/23, mas que nem por isso se sentiu esquecida: "Os Benfiquistas dão apoio a todas as jogadoras do plantel, não apenas àquelas que estão a jogar."
MÉRITO DO BENFICA A PROJETAR O FEMININO
Com equipas femininas em todas as principais modalidades de pavilhão e no futebol, sénior e de formação, o Benfica é uma referência em Portugal nesta área. No que ao futebol diz respeito, ao domínio nacional junta-se o sucesso nas últimas temporadas na Liga dos Campeões, algo frisado por Lena Pauels. "Em termos globais, o futebol feminino está em grande crescimento, particularmente ao longo dos últimos anos e em Portugal. Principalmente na época passada, com o sucesso que tivemos, foi dado um enorme passo em frente. Podemos ver a cada jogo que há mais espectadores nas bancadas, e esse é o maior dos sinais. Na final da Taça de Portugal estiveram cerca de 15 mil espectadores, e foi extremamente impressionante ver crianças a entoar cânticos para nós, a pedir que assinemos luvas ou botas… É muito bom vê-los felizes e a desfrutar de nos ver a jogar futebol", aponta a guarda-redes. E acrescenta: "O Benfica cresceu imenso nos últimos anos, e, pelo que alcançámos na época passada, demos muito a Portugal. Os primeiros da Liga BPI poderem qualificar-se para a Liga dos Campeões é bom para a liga portuguesa, é bom para o futebol feminino português. O Benfica tem feito muito por isso, e temos de continuar a ajudar a crescer o futebol em Portugal."
Anna Gasper, que jogou na Alemanha e na Áustria, países com muita implementação do desporto no feminino, também tem apreciado a evolução do mesmo no nosso país e lembra o ambiente que se viveu quando o Estádio da Luz abriu portas, pela primeira vez, a um jogo da Champions feminina, numa receção das águias ao Eintracht Frankfurt [em 13/12/2023]: "Ver aquele espetáculo, como costuma acontecer nos jogos da equipa masculina, estar ali à entrada do túnel antes do início da partida a assistir ao show de luzes, foi algo muito especial… As nossas famílias vieram da Alemanha de propósito apenas para nos ver jogar, foi fantástico. No jogo com o Lyon [em 19/3/2024] foi igual, tivemos o público também a gritar por nós, foi muito especial igualmente."
"Foi um momento lindo… Para nós, foi ainda mais especial por ser contra uma equipa alemã, entrar neste estádio, perante os nossos adeptos, foi uma sensação espetacular", complementa Lena Pauels, reportando-se ao embate com o Eintracht, no qual ela e a compatriota foram titulares e ajudaram as Inspiradoras a vencer, por 1-0. Jogar nesta competição europeia foi o concretizar de um sonho antigo da guarda-redes e que se tornou possível graças ao Benfica: "Há muito tempo que queria poder jogar na Champions, e, quando fiz o primeiro jogo, ainda foi melhor do que havia sonhado. Especialmente quando jogamos contra as melhores equipas da Europa, como o Lyon ou o Barcelona, fizemos um trabalho muito bom. Podemos sentir-nos orgulhosas do que alcançámos na última temporada. Ouvir o hino da Liga dos Campeões é sempre um momento especial e dá-nos muita força."
"O Benfica é uma grande família. Sinto-me já mais uma Benfiquista e amo realmente este clube"
Anna Gasper
UM MANTO SAGRADO PARA A FELICIDADE
O Miradouro de São Pedro de Alcântara, numa zona histórica de Lisboa, dá um novo fundo paisagístico à nossa reportagem com as duas alemãs do plantel do Benfica. O rio, esse está lá mais ao longe, agora numa diferente perspetiva, na qual também se enquadra o Castelo de São Jorge e… muito movimento de pessoas e viaturas. Anna Gasper e Lena Pauels esticam o olhar para o horizonte como que espreitando o futuro. E é de futuro que falamos agora, um futuro que pode continuar a mostrar uma ligação entre as duas atletas e o Clube que as soube tão bem receber e potenciar as suas qualidades.
"Sim, porque não? Sinto-me muito feliz, a equipa é muito boa, e podemos crescer ainda mais no coletivo. Há muito trabalho para fazer ainda, mas tenho uma perspetiva muito boa. Infelizmente, neste ano, não jogaremos na Liga dos Campeões, mas vamos lutar para ficar em 1.º na Liga BPI e voltar a disputar a fase de grupos. Será um grande passo para o Clube, jogar ao mais alto nível da Champions nos próximos anos, e gostaria de fazer parte disso", assume Lena Pauels.
Anna Gasper, perante idêntica questão, garante sentir-se "muito feliz" por estar ao serviço das águias: "Depois da última temporada, senti-me muito agradecida por estar no Benfica, reencontrei mais uma vez, aqui, a minha felicidade neste desporto. Estou muito feliz, no plano futebolístico e no plano pessoal, por isso vamos ver o que o futuro nos traz."
QUESTÕES DE GRANDEZA E DE ZONA DE CONFORTO
Já a caminho do Estádio da Luz, onde há encontro marcado com a estátua de Eusébio, em frente à Porta 18, olha-se para o que motivou duas jogadoras de nacionalidade germânica lançarem-se na aventura de reforçar o Benfica e de vir disputar as competições portuguesas.
"[Assinar pelo Benfica] foi um grande passo, saí da minha zona de conforto, mas valeu a pena. Em 2023/24 tive a minha primeira época no Benfica, e começar desta forma foi quase perfeito. Tive muitos momentos bons, e agradeço muito ao Benfica por esta oportunidade. Queremos ter ainda mais sucesso, ganhar mais troféus para este clube espantoso", promete Lena Pauels.
Quanto a Anna Gasper, vai à boleia do mesmo tema e explica porque viu o Glorioso como uma aposta atrativa: "Senti que queria explorar um novo país, um novo futebol, uma nova cultura, e o meu agente abriu a possibilidade de vir para o Benfica. Comecei logo a recolher informações sobre o Clube, e vi que era realmente enorme, com imensos adeptos que dão apoio a todo o Clube, não apenas ao futebol masculino, e que jogava na Liga dos Campeões. Além disso, tinha mostrado uma grande evolução no futebol feminino, e fiquei rapidamente entusiasmada por fazer parte deste projeto. Vir para o Clube foi um grande passo na minha carreira, e aprendi imenso."
Com a bênção de Eusébio, preparamo-nos para despedir-nos das duas atletas, não sem antes viver um momento inesperado, mas que traduz bem o relevo que o futebol feminino já tem no Benfica e junto dos Benfiquistas. Enquanto Lena e Anna se encaminham para a saída da Luz, um adepto ali ao lado questiona quem elas são e, perante a resposta dada, logo se entusiasma: "Tenho de lhes tirar uma foto, para a minha filha, que também joga futebol e é louca pela equipa feminina de futebol do Benfica." Assim foi feito, e, para casa, este adepto levou uma recordação especial, assim como uma história para contar. Este é, realmente, um amor – e uma fé, como diz a letra original da canção – que não se explica!
ORGULHO POR TREINAR COM FILIPA PATÃO
Filipa Patão foi nomeada para o Prémio de Melhor Treinador(a) do Ano em futebol feminino pela UEFA e pela France Football, coorganizadoras da Bola de Ouro 2024. Essa nomeação deixou o grupo orgulhoso, como frisa Anna Gasper: “É uma excelente sensação ter uma treinadora tão boa, o que conseguiu neste clube… Nós, que trabalhamos diariamente com ela, vemos quanto esforço ela coloca no trabalho, quanto tempo passa em casa a planear os treinos e o próximo jogo. Mereceu muito esse reconhecimento.”
ENTRE O ATLETISMO E O BASQUETEBOL
Profissionais de futebol por opção e prazer, Lena Pauels e Anna Gasper poderiam ter tido outros caminhos desportivos. "Primeiro, quis ir para atletismo, mas não tinha locais para uma criança. Depois, um amigo dos meus pais levou-me a praticar futebol, e comecei a adorar", conta a guarda-redes, que diz haver "muitas outras modalidades que são mais interessantes de assistir do que o futebol, como o andebol, o basquetebol, onde está sempre a acontecer alguma coisa". Já a média teve um chamado dos pavilhões: "Comecei no futebol quando era uma criança, devido aos meus dois irmãos mais velhos, que jogavam nas ruas. Na escola cheguei a praticar basquetebol, e o treinador até dizia que eu era muito boa, mas preferi o futebol."
OS SEGREDOS PARA AS CAMISOLAS 1 E 23
Número 1 e número 23, estas são as camisolas envergadas pelas duas jogadoras alemãs. No caso da guardiã, há pouca surpresa no dígito, mas, mesmo assim, tem uma história: "Oh, não há um significado particular… Mas, antes de a época começar, perguntaram-me que número e nome queria, fiquei um pouco confusa, porque na Alemanha todos usam apenas o último nome. No meu caso é Pauels, porque perguntam [risos]? Se queria ficar com o 1? OK, porque não?" Para Anna Gasper, foi a escolha possível. "Quando jogava na Alemanha, usei sempre o 7, porque era o número favorito do meu pai, mas, quando cheguei, não estava disponível. Gostei do 23, não sei porquê…", diz.
COMIDA LUSA COM VISTAS DIFERENTES
A adaptação à comida portuguesa tem tido formas diferentes para cada uma das atletas do Benfica. A guardiã, por exemplo, não come carne. "Sou vegetariana, espero não desiludir quem gosta da comida portuguesa… Mas já provei alguns doces, como os pastéis de nata… Já tentei peixe uma vez, era bom, mas… Talvez tente de novo no futuro, não sei", refere, antes de passar a bola à média: "Já provei alguns pratos portugueses e gosto. Algum em especial? Bifanas [risos]."
Este artigo faz parte da edição de 22 de novembro do jornal O Benfica