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Clube
No dia 1 de dezembro de 1954, era cumprido um velho sonho Benfiquista, um estádio próprio que punha fim a 50 anos de "vida de nómadas". Em 2024, ainda ninguém o esqueceu.
01 dezembro 2024, 09h09
Antigo Estádio da Luz
A necessidade de um espaço próprio para a prática do futebol foi um problema que atormentou o Clube desde o dia zero. Sim, podemos mesmo recuar ao tempo em que a rapaziada jogava à bola no pátio do prédio dos Catataus e partia os vidros da Farmácia Franco. Os terrenos onde se fez o treino do dia 28 de fevereiro de 1904 pertenciam à CP e cedo deixaram de ser solução. E a solução foi difícil de encontrar, moldando a história do Clube. Passou-se, entre muitas casas emprestadas também, pelas Terras do Desembargador, pela Feiteira, por Sete Rios, por Benfica, pelas Amoreiras, pelo Campo Grande. Até que, finalmente, a solução viu a luz. Ou, melhor, a Luz.
O estádio que os Benfiquistas de forma epopeica conseguiram inaugurar em 1 de dezembro de 1954 punha fim a um problema que levou 50 anos a resolver. Finalmente, o Sport Lisboa e Benfica tinha casa própria – o seu primeiro campo relvado – e, sabemos hoje, nunca mais teve de se preocupar com essa questão. E, que bonita ironia, a águia levantou, definitivamente, voo em direção ao lugar mais alto do desporto português assim que passou a ter poiso fixo.
O processo que levou à construção do Estádio da Luz é, em si mesmo, um poema épico. Recordemo-lo brevemente.
Expropriado do Estádio das Amoreiras – que, entre 1925/26 e 1939/40, foi a primeira tentativa de um espaço definitivo –, o Benfica foi forçado a ir temporariamente para o Campo Grande, um velho recinto sem condições usado em tempos pelo Sporting, que se mudara para uma casa melhor em 1937. Aí jogaria durante 13 temporadas.
Quando, finalmente, o ministro das Obras Públicas proferiu a célebre frase "o Benfica é de Benfica e para lá tem de voltar!" (1946), iniciou-se a procura da topografia ideal para o projeto. Só em 1949 a CML avançou com a expropriação dos terrenos entre a Estrada de Benfica, a Rua dos Soeiros e a Azinhaga da Fonte. O financiamento do projeto mobilizou a família Benfiquista de uma maneira impressionante, da metrópole às colónias, e mesmo fora do país. Do aumento voluntário de quotas aos leilões, dos espetáculos pró-estádio aos sorteios monumentais, da disponibilização de um mealheiro gigante no Pavilhão do Benfica na Feira Popular à canalização de prémios de atletas, tudo servia para levar palhinhas para o ninho da águia. Até sacas de cimento e horas de trabalho foram ofertadas. Como alguém disse, foi "um monumento erguido com a vontade de um povo".
A elaboração do projeto do novo Parque de Jogos foi entregue ao arquiteto João Simões, antigo futebolista do Clube, nas categorias inferiores, tendo a inauguração ocorrido na Direção de Joaquim Ferreira Bogalho (eleita em 15/3/1952). Nesse dia emocionante de dezembro, o sol, risonho, quis comparecer com um orgulho muito seu, dando as condições ideais à festa, que começou às 11h00, com o Presidente a proceder à abertura simbólica de uma das portas do – assim foi oficialmente denominado – Estádio do Sport Lisboa e Benfica. A data, Dia da Restauração da Independência de Portugal, foi também coberta de um simbolismo extra, pois, de certa forma, também o maior de Portugal restaurava ali a sua independência.
Originalmente com dois anéis, sem iluminação e isolado, o estádio seria mais tarde dotado de torres de iluminação (1958) e de um 3.º anel construído em duas fases (1960 e 1985, permitindo aumentar a sua lotação para 66 000 e 120 000 espectadores, respetivamente). Palco de inúmeras tardes e noites de glória, contribuiu em todas com a sua monumentalidade para atemorizar adversários, permitindo a afirmação internacional do Glorioso. Serviu o Clube até 22 de março de 2003, já amputado da bancada sul, numa vitória para o Campeonato Nacional.
Era preciso um estádio para o novo milénio, e a solução passava pela demolição da Catedral. A razão impôs-se à emoção. Porém, ninguém ousou propor um novo nome para a nova obra. Era como se a nova Luz fosse a Luz de sempre. Uma Luz para sempre.
Artigo publicado na edição de 29 de novembro do jornal O Benfica
Texto: Redação
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 1 de dezembro de 2024