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Museu Benfica Cosme Damião
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Reportagem
O Museu Benfica – Cosme Damião inaugurou uma exposição que celebra e recorda os 50 anos em que a velha Luz foi a Catedral e a casa de um clube lendário.
09 dezembro 2024, 23h22
50 cachecóis, 50 anos em que a velha Luz esteve de pé
Muitos dos troféus que reluzem nas vitrinas do Museu Benfica – Cosme Damião foram conquistados graças a inesquecíveis vitórias de equipas do Sport Lisboa e Benfica no antigo Estádio da Luz, que foi inaugurado no dia 1 de dezembro de 1954.
Nada mais justo do que, numa altura em que se celebram os 70 anos da inauguração da antiga Catedral, a casa da glória benfiquista inaugure uma exposição que lembra, evoca e (ainda mais) imortaliza a antiga Luz: "Um por Todos e Todos pelo Estádio – Memórias do Estádio da Luz (1954-2003)". A Luz onde o Benfica cimentou – em cima do esforço, sacrifício e amor de milhares de adeptos – o estatuto de um dos mais lendários clubes do mundo.
Foi para assistir ao destapar da nova exposição temporária do Museu Benfica – Cosme Damião que várias dezenas de pessoas até lá se dirigiram.
Às 17h30, começaram a chegar as primeiras personalidades ao átrio, junto ao sítio em que se encontra a exposição. Humberto Coelho foi a primeira glória a chegar, seguindo-se elementos dos Órgãos Sociais, e uma verdadeira chuva de craques, entre os quais Shéu, Veloso, Vítor Paneira, José Henrique [Zé Gato], Vítor Martins, Diamantino Miranda, Toni e José Augusto, entre outros.
Mas as caras ilustres não se limitaram apenas ao mundo do futebol. Marlene Sousa, capitã da equipa feminina de hóquei em patins do Benfica, Norberto Alves, treinador da formação masculina de basquetebol, Sofia Nobre, jogadora da equipa feminina de râguebi, e, ainda, Pauleta, jogadora da equipa feminina de futebol, também marcaram presença.
A chegada do Presidente Rui Costa era um dos momentos mais aguardados da tarde, e quando se deu – acompanhada de Carlos Manuel – foi notório o entusiasmo. A todos aqueles que o cercaram, o Presidente saudou, cumprimentou e abraçou. A maioria dos antigos jogadores presentes são seus antecessores no relvado, e, também eles, lhe passaram os valores da mística benfiquista.
Mas há três personalidades que é de peculiar interesse destacar: Abel Xavier, Vítor Paneira e Toni. Os dois primeiros foram companheiros de equipa do antigo camisola 10 e atual Presidente do Clube, enquanto o segundo foi seu treinador. Juntos, em 1993/94, conquistaram o último título de campeão celebrado no antigo Estádio da Luz.
"O BENFIQUISMO É O MAIOR ATIVO DO BENFICA!"
Era então hora de a exposição ver a luz do dia. Antes, o discurso do Presidente abriu o momento. Diante de si, Rui Costa tinha vários Emblemas – prata e ouro – referentes ao número de anos de associado. Ou seja, muitos fizeram questão de levar o seu "troféu" enquanto sócios do Sport Lisboa e Benfica.
Um pequeno compasso de espera e... houve, então, a intervenção do Presidente, que evocou um estádio que teve "um percurso recheado de glória, fruto do empenho e da paixão de milhares de protagonistas e milhões de adeptos". "O benfiquismo é o maior ativo do Benfica!", considerou.
Findado o discurso, com um sempre acutilante e fervoroso "Viva o Sport Lisboa e Benfica!", Rui Costa chamou aqueles que tiveram o verdadeiro privilégio de jogar nos relvados da antiga Luz, sonho de milhões de meninos ao longo dos anos.
Do lado direito, José Augusto e Humberto Coelho, do lado esquerdo o Presidente e Shéu. Tudo pronto, e abriram-se as cortinas de uma enorme ode ao antigo anfiteatro encarnado, que está, desde esse momento, à vista de todos.
UMA VOLTA À VOLTA DA HISTÓRIA
Tendo como cicerone a curadora da exposição, Rita Costa, Rui Costa passeou-se pelo espaço, acompanhado por alguns daqueles que tornaram o Benfica no Glorioso. Compenetrado e visivelmente encantado com o que via, o Presidente só não ficou indiferente às muitas brincadeiras, e partilha de histórias, que, no momento, iam proporcionando os antigos atletas.
Uma foto de José Augusto que passou no videowall foi um dos momentos de grande exaltação, com a figura jovial deste bicampeão europeu de águia ao peito a suscitar as mais divertidas reações. Toni foi o maior impulsionador do momento.
Em curtas declarações aos meios do Clube, José Henrique falou "numa alegria enorme" e "em memórias que perduram e nunca são esquecidas"; Humberto Coelho confessou que a exposição o faz recordar "momentos extraordinários" passados na velha Luz; Toni considerou que estão ali presentes "memórias que nunca mais se apagam".
No fim da visita, foi pedido aos sempre nossos jogadores que tirassem uma foto nos assentos que transitaram da antiga Luz para o Museu Benfica – Cosme Damião. Num clima de boa-disposição, que, aliás, pautou toda a cerimónia, o Presidente Rui Costa pediu a Toni que se sentasse no banco, e não resistiu em brincar com o seu antigo treinador, numa alusão às vezes em que o havia deixado no banco de suplentes. Além de Toni, sentaram-se José Augusto, Shéu e Humberto Coelho. Um quarteto de luxo, que raras vezes conheceu a solidão do banco de suplentes, enquanto jogadores.
Carlos Manuel, Diamantino Miranda, José Carlos, Abel Xavier, Pérides, Vítor Paneira, António Veloso, Armando Sá, José Henriques, Marcelo, Vítor Martins e José Manuel Delgado são os restantes jogadores presentes na foto de uma família gloriosa.
UMA ODE À ANTIGA E GLORIOSA LUZ
No espaço é possível ver várias informações sobre o antigo estádio. Como quantos jogadores do Benfica marcaram (233); o golo 1 (Palmeiro), o 1000 (José Augusto), o 2000 (Diamantino), o 3000 (Poborsky) e o 3158, o último (Simão Sabrosa); há também os registos dos 1095 jogos disputados na velha Luz, 855 dos quais terminaram em vitórias; voltando a tentos apontados, Eusébio da Silva Ferreira, o nosso Pantera Negra, foi o jogador que mais vezes fez abanar as redes (298), enquanto Nuno Gomes foi o 10.º (58).
No centro, pendurado no teto, está uma estrutura que suporta 50 cachecóis, cada um referente a um ano, que, assim, fazem os cinquenta em que o antigo Estádio da Luz esteve de pé [1 de dezembro de 1954 a 22 de março de 2003]. Em baixo, está colocado um exemplar do Manto Sagrado.
Depois, são dezenas de objetos, entre os quais galhardetes, bilhetes, chuteiras, camisolas e troféus, assim como infografias, e placares informativos, com muita da incontável história da velha Catedral, construída com o apoio de sócios e simpatizantes do Clube, numa demonstração única de mobilização, militância e amor benfiquista. Também esse facto real está presente num dos placares informativos.
Na cara dos antigos jogadores esteve bem patente um enorme sorriso, que transpareceu uma mistura de sentimentos. Nostalgia pelos tempos vividos, saudades daqueles que já partiram, e alegria por tudo o que juntos conquistaram para o Sport Lisboa e Benfica. Foi com muita emoção no coração que todos os presentes neste frio final de tarde de dezembro deixaram o Museu Benfica – Cosme Damião. Afinal, como disse, um dia, o Velho Capitão Mário Wilson: "Só nós sentimos assim."
09 dezembro 2024
Uma viagem ao berço da Mística
Texto: João André Silva
Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica
Última atualização: 10 de dezembro de 2024