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Futebol feminino
Convidada do programa A Carrinha do Bento, da BTV, Filipa Patão, treinadora do Benfica, mostra um enorme orgulho no seu percurso e quer continuar a conquistar mais títulos e êxitos de águia ao peito.
04 maio 2025, 11h29
Filipa Patão com o troféu do pentacampeonato
Orgulhosa do caminho percorrido nos últimos anos no Benfica, a treinadora das pentacampeãs nacionais está convicta de que ainda há muito a ganhar.
CARREIRA COMO DEFESA-CENTRAL
"Sempre tive competitividade enquanto jogadora, era a minha forma de estar, de ir a todos os lances, não dava nenhuma [bola] por perdida. Protegia muito as minhas [colegas] e o meu grupo, mais valia quebrar do que torcer. E é um bocadinho disso que levo enquanto treinadora e aquilo que passo para elas: o não desistir, a resiliência, a forma de estar no futebol de alta competição, querermos ganhar e fazermos tudo para ganhar. Elas sabem perfeitamente que isso vem já da minha veia de jogadora. Era uma central durinha, durinha, durinha. Quando comecei a treinar, a dar treino nas escolinhas do Benfica, foi quando tive o maior upgrade enquanto jogadora, pois não pensava o jogo da mesma maneira, comecei a olhar para o jogo de outra forma, começaram a ensinar-me realmente o jogo."
REFERÊNCIAS COMO TREINADORA
"A professora Helena Costa, que também passou por aqui, ela que também aprendeu muito com o professor Fonte Santa. Ela foi uma pessoa que me influenciou muito noutro registo e noutro tempo. Mas, em termos de papel de liderança, o professor Nuno Cristóvão foi uma pessoa que me influenciou bastante enquanto jogadora, pela sua capacidade de liderança e forma de estar no futebol. Costumo dizer que cada pessoa consegue sempre transmitir-nos algo que nós desconhecemos. Temos de estar abertos a aprender com toda a gente, porque toda a gente vai sempre dar-nos algo. Felizmente, tive a oportunidade de começar a minha carreira enquanto treinadora, a minha formação enquanto treinadora, no melhor sítio do mundo, que são as Escolas Benfica, as escolas de formação com o professor António Fonte Santa. Para mim, o professor Fonte Santa é um mestre e é, para mim, das pessoas mais diferenciadas no futebol de formação, não só de Portugal, mas mesmo da Europa. Já pensava muito à frente aquilo que era a realidade do futebol de formação. Aprendi com os melhores, fui formada pelos melhores."
"Se é falado, se há recordes a serem batidos, se há esta onda de futebol feminino em Portugal, em muito se deve ao Benfica"
Filipa Patão
BENFICA MUDOU O FUTEBOL FEMININO
"O Benfica apostou de forma sustentada naquilo que queria para uma modalidade que na altura não se sabia no que ia dar. E a verdade é que isto para mim é uma aposta, é um desafio, e foi uma aposta ganha por todas as pessoas dentro do Benfica, do passado e do presente. E depois foi a forma como o fez. Começámos por baixo, algo sustentado, e tentámos perceber com quem faz bem o que é que temos de fazer para sermos diferentes, para sermos grandes e para sermos como o Clube quer. Porque a verdade é que as modalidades que o Clube tem, as equipas que o Clube tem e que obriga a ser, e que os nossos adeptos nos obrigam, é que nós temos de ser vencedores. O Benfica soube fazer isso muito bem, desafiou-se na forma como colocou os departamentos todos a trabalhar no futebol feminino, como faz no masculino, também no futebol de formação feminino, e as oportunidades que acabou por dar às atletas de mostrarem que conseguiam fazer o seu papel dentro da modalidade e o seu percurso, que tem de ser diferenciado. Como o Benfica, ninguém o fez em Portugal. Se é falado, se há recordes a serem batidos, se há esta onda de futebol feminino em Portugal, em muito se deve ao Benfica, pelo que conquistou e pelo que o Benfica apostou e fez apostar. Se o Benfica eleva a fasquia, os outros têm de elevar, ou pelo menos têm de tentar apostar mais para conseguir lá chegar. E o que vemos é a modalidade a crescer. E isto é a melhor coisa que nós podemos ver."
PESSOAS COM RELEVÂNCIA NO PROJETO
"O professor António Fonte Santa é uma pessoa muito importante para este projeto, não só no futebol de formação masculino, mas também naquilo que apostou no feminino. O Fernando Pinto, também da Escola de Escolas de Futebol, e também o vice-presidente Fernando Tavares, que um carinho muito, muito grande e uma paixão muito grande pelo futebol praticado por mulheres. E, obviamente, também, o nosso presidente, Rui Costa, que nos permitiu ter a cereja no topo do bolo, que é estar aqui nesta casa [Benfica Campus] que ajuda as jogadoras a terem as melhores condições. Faz toda a diferença, elas estão a funcionar exatamente como todas as equipas que estão aqui, e isso é tudo para nós."
"Se o Benfica eleva a fasquia, os outros têm de elevar, ou pelo menos têm de tentar apostar mais para conseguir lá chegar"
PALAVRAS MARCANTES DO AVÔ
"Lembro. Todos os dias. Sempre que trazia a bola debaixo do braço. Acho que é isso, nós queremos todos ser muito iguais aos outros quando temos de perceber que as nossas diferenças é que nos tornam especiais. E eu todos os dias me lembro disso: 'Não queiras ser igual, sê diferente deles.' Eu acho que é um bocadinho isto, e ser Benfica também é isso. É sentir-nos todos os dias diferentes. Eu, felizmente, tenho um pai e uma mão que sempre foram muito desportistas. Mesmo a minha mãe, em tempos bem lá atrás, também já gostava muito de jogar futebol. E em tempos muito difíceis de aceitar. Eu tenho esta felicidade de ter uma mãe que já é apaixonada pelo jogo, desde muito nova. Um pai que jogou futebol, era guarda-redes."
CAPÍTULO MAIS FELIZ NO BENFICA
"Embora as conquistas sejam muito saborosas, o jogo em Lyon, em que nós fomos eliminadas, para mim foi decisivo para muita coisa. Eu costumo dizer que foi ingrato o resultado para aquilo que nós fizemos nas duas eliminatórias, mas para mim foi um confirmar do que eu já sabia que estas atletas eram capazes, mas principalmente do que o Benfica é capaz de fazer na Europa. Nós, com um orçamento muito diferente daquilo que tem o Lyon, estamos a falar de um Lyon que já tem os títulos que tem, não ficámos nada atrás naquilo que toca às jogadoras, naquilo que toca à competitividade do jogo e não só. A alma que se tem aqui dentro, que consegue transformar muita coisa, e eu ver jogadoras do Lyon com receio de defrontar as nossas jogadoras e com receio daquilo que pudesse acontecer naquela eliminatória, para mim, disse-me que estamos no pontapé de viragem, e, independentemente de neste ano não termos estado lá, tenho a certeza de que na Europa o Benfica vai fazer muita coisa nos próximos anos."
"Embora as conquistas sejam muito saborosas, o jogo em Lyon, em que nós fomos eliminadas, para mim foi decisivo para muita coisa"
DEFRONTOU SÍLVIA REBELO E PAULETA
"A minha team manager neste momento, que era a minha jogadora, a Sílvia Rebelo, chegou a ser minha adversária e colega de seleção. A Pauleta também chegou a ser minha adversária. Há uma situação que ainda hoje brincam com isso. Eu estou farta de dizer que não agredi a Pauleta [risos] no jogo de Braga contra o Clube Futebol Benfica. Espero que existam imagens para comprovar, não devem existir com certeza, que eu não agredi, porque eu fui expulsa nesse jogo. Num livre ofensivo nosso, do Fofó, contra o SC Braga, em que eu vou correr, vou contra a Pauleta, a Pauleta cai no chão, a queixar-se do peito, como se eu a tivesse agredido, e eu não agredi a Pauleta. Ainda hoje a Sílvia, que jogava com a Pauleta no SC Braga, está sempre a dizer 'sim, a míster agrediu a Pauleta, foi bem expulsa'."
A PERGUNTA MAIS DIFÍCIL
"Há uma pergunta que nunca me fizeram e vai ser a pergunta mais difícil que algum dia me podem fazer: quando é que vai ser o seu fechar de ciclo no Benfica? Acho que essa é a pergunta que eu vou sempre evitar. Costuma dizer-se que nós saímos do Benfica, mas o Benfica nunca sai de nós. Já me perguntaram se ia renovar, mas é diferente. Quando é que se sente que vai ser o seu fim de ciclo dentro do Benfica? Acho que nem estou preparada, nem com noção de quando é que isso vai acontecer. Porque mesmo quando ele chegar, acho que vai ser difícil encerrá-lo dentro uma casa como esta, e não só pelos anos há que já estou aqui."
"Não há qualquer tipo de equipa se não tiver algo a que se ligar, mexer com as pessoas, porque o espetáculo é isso"
LIGAÇÃO DA EQUIPA COM OS ADEPTOS
"É muito especial sentirmos que conseguimos chegar aos adeptos, porque não há clube sem adeptos, não há qualquer tipo de equipa se não tiver algo a que se ligar, mexer com as pessoas, porque o espetáculo é isso, é que conseguimos entregar uma emoção a alguém. E nós sentirmos que conseguimos chegar às pessoas, que conseguimos trazer-lhes esta emoção, do chorar, do rir, do querer estar presente, do querer festejar connosco, é especial. E é o que lhes digo, nós só vamos conseguir isso com vitórias, porque a gasolina do Clube são vitórias. Se nós conseguimos ganhar, nós vamos conseguir chamar, chamar, chamar, chamar. E depois é aquilo que lhes digo também, é a forma como se ganha. Porque podemos ganhar, mas há várias formas de ganhar. E a forma como se ganha é muito, muito importante. Ainda não chegámos ao que nós pretendemos, mas estamos a caminhar. É a forma como ganhamos e ganhar. É termos os adeptos, é termos os estádios cheios, é termos cada vez mais pessoas a quererem acompanhar o futebol feminino."
Artigo publicado na edição de 2 de maio do jornal O Benfica
Texto: Redação
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 4 de maio de 2025