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Reportagem
Os incansáveis adeptos, sempre presentes, voltaram a empurrar as águias, desta feita em Miami, onde exibiram com orgulho o Manto Sagrado.
17 junho 2025, 04h36
Adeptos do Benfica no Hard Rock Stadium
Um dia histórico! É a primeira vez que o Benfica, oficialmente, defronta o Boca Juniors, da Argentina, na 1.ª edição de uma competição de cariz planetário, no caso, o Campeonato do Mundo de Clubes, e, ainda por cima, num cenário paradisíaco – com temperaturas a oscilar entre os 27 e os 31 graus – que entra no imaginário de muitos pelo contexto cinematográfico oferecido por séries como Miami Vice, com as míticas interpretações de Don Johnson e Philip Michael Thomas nos anos 1980, ou mais recentemente com músicas como a de Will Smith, intitulada Miami, lançada em 1998, e que consta do álbum Big Willie Style.
Motivos que sustentaram uma força maior que levou muitos Benfiquistas a procurar múltiplas formas de dizer, uma vez mais, presente: a paixão inesgotável pelo Benfica!
Uns chegaram na véspera, outros no próprio dia, mas todos, sem exceção, equipados a rigor para se mostrarem vibrantes e determinados no apoio incessante ao Glorioso, mesmo sabendo que o território é marcadamente povoado por hispânicos e que a presença de argentinos seria elevada no Hard Rock Stadium. Como muitos dizem, "Os Benfiquistas ouvem-se sempre mais alto" – e assim foi!
Antes, porém, circularam nas principais zonas da cidade, conhecida pelas suas praias e vida noturna vibrante. Ao longo da Ocean Drive – mítica artéria de 2 quilómetros em Miami Beach –, viram-se Mantos Sagrados vibrantes e robustecidos pela esperança e pela garra.
Nélson Esteves, de 46 anos, viajou da Califórnia e apontou-nos o caminho. "Sigam, sigam, que ali à frente estão mais Benfiquistas! Vamos fazer-nos ouvir! Sabe, o benfiquismo está em todo o lado", atirou, lembrando a forma apaixonada como se vive o Clube na Costa Oeste dos Estados Unidos.
Na zona de South Beach, lá passou um carro modificado ao bom estilo americano, preto e de vidros recolhidos em janelas de onde saltaram braços e um grito familiar: "Vamos, Benfica! Carrega, Benfica!"
Os portugueses, em minoria face aos argentinos, não se acanharam, e mostraram-se. "Veio muita gente connosco no avião, nós viemos por Madrid. Este é um jogo mítico, nunca houve um igual a nível oficial, por isso viemos", revelou o lisboeta Sérgio Lourenço, de 47 anos, ladeado pelos amigos Rui Vaz, de 45 anos, e Sandro, de 43, todos sócios do maior clube do mundo.
Adiante, Rogério Dias recorreu à paixão para justificar o porquê de viajar de Torres Vedras sem os dois filhos, de 17 e de 13 anos, por motivos escolares e profissionais. "É o amor pelo Benfica! Estamos sempre ligados ao Clube e acompanhamos sempre", frisou, lembrando-se precisamente dos seus rebentos quando recorda, aos 44 anos, os momentos mais marcantes que o Benfica lhe proporcionou. "Tal como aconteceu comigo, comecei bem cedo a ir ao futebol com o meu pai, e os momentos mais marcantes que guardo são aqueles em que levei e levo os meus filhos aos jogos do Benfica", acrescentou.
João Ferrão, de 34 anos, também ele lisboeta, viaja para "todo o lado com o Benfica". "É uma paixão que não se explica", afiançou, enquanto Rui Melo, de 30 anos, vai mais longe. "Comecei a acompanhar o Benfica desde pequeno e continuo. Não sei como será esta competição, mas é importante vir apoiar o Benfica. Ser benfiquista no Norte do país é especial, e estar neste jogo, depois de ter ido a todos os estádios, é a cereja em cima do bolo", revelou o portuense, exibindo as duas águias tatuadas no corpo, uma com uns 12 anos e outra a rondar os 4/5 anos, ambas prontas a saltar à vista de quem passa.
Os Benfiquistas, esses, de forma dispersa em função dos interesses, exploraram a cidade e viram o que entra pelos olhos adentro. A luxúria envolta em carros de alta cilindrada e adereços proeminentes dos filmes de Hollywood, as roupas extravagantes que pouco escondem de corpos torneados e bronzeados pelo sol tropical, mas também a pobreza de quem não tem abrigo e vagueia pelas artérias de uma cidade onde nem faltam pequenos carros telecomandados para efetuar entregas de comida ou outros bens a quem os compre à distância. A multiculturalidade numa área metropolitana de 2,8 milhões de pessoas fica bem à vista no espanhol, que concorre com o inglês como a língua mais falada, por força das comunidades cubanas, dominicanas, haitianas, e não só. Comunicar, também por isso, não foi problema para os Benfiquistas que levaram a sua força para bem perto das quatro linhas.
Nas imediações do Hard Rock Stadium não foi possível acolher a equipa da forma como eles bem sabem, carregada de entusiasmo e paixão, por motivos de segurança. Mas nas bancadas, com capacidade para 65 mil espectadores, mostraram incessantemente a força do Glorioso, pese a larga presença de adeptos argentinos.
Dentro de campo, perante as adversidades, a equipa não desistiu, e quem nas bancadas de águia ao peito sofreu, entre os cerca de 55 mil presentes, também vibrou entusiasticamente quando Otamendi, de cabeça, potenciou a força das gargantas lusas, marcando o segundo golo do Benfica no empate com o Boca Juniors. E que força! Ouviu-se até final, como sempre, um apaixonante "Eu amo o Benfica!"
Texto: Rui Miguel Gomes
Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica
Última atualização: 17 de junho de 2025