Futebol feminino

06 setembro 2025, 17h58

Supertaça

Ivan Baptista e Rute Costa

No arranque oficial da época 2025/26, o Benfica mede forças com o Torreense em jogo da Supertaça, agendado para as 17h15 deste domingo, 7 de setembro, no Estádio António Coimbra da Mota. As pentacampeãs nacionais procuram erguer o seu 4.º troféu da prova.

Na conferência de imprensa conjunta, realizada este sábado, 6 de setembro, o treinador Ivan Baptista anteviu um jogo de "particularidades" e destacou o valor do Torreense, vencedor da Taça de Portugal na época transata.

"É uma competição única, na medida em que não existe um percurso até cá. Pelo menos nesta época. Existiu na anterior. É, no fundo, um momento, um jogo que vai ditar um troféu, e isso tem a sua particularidade. A forma como vamos abordar o jogo será a mesma que adotaremos em todos os jogos desta época. Vamos tentar ser protagonistas, mas sabemos que não depende só de nós. Do outro lado também está uma equipa forte, que não perde há muitos encontros oficiais e que foi, precisamente, a última em Portugal a conquistar um troféu [Taça de Portugal]. Será sempre um jogo de forças. A dinâmica e o jogo ditarão para que lado penderá, mas a forma de encarar e entrar será sempre essa, seja para a Supertaça, o Campeonato ou outra competição", projetou o técnico.

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"Acreditamos que estamos num bom momento para competir e disputar já uma competição"

Ivan Baptista

A equipa do Benfica encara o jogo como uma oportunidade de colocar em prática os processos trabalhados, tendo em conta a mudança da equipa técnica e as mexidas no plantel. O objetivo é vencer, mas também consolidar ideias.

"Sem dúvida que é melhor começar a ganhar do que a perder, ainda para mais para alguém que chega a um novo contexto. Não tenho dúvidas disso, embora não queira individualizar nada. É sempre para o coletivo, para o grupo. É o plantel feminino que quer começar com a vitória, e não o treinador. Sem dúvida que tem o seu impacto momentâneo, mas não acredito que tenha impacto a médio-longo prazo. Sabemos que estamos num ponto inicial, num processo que começou há 7 semanas, com a mudança da equipa técnica e com um plantel relativamente reformulado em comparação com o ano transato. Não se pode esperar que em 7 semanas a equipa esteja no seu auge. Acreditamos que estamos num bom momento para competir e disputar já uma competição, mas, independentemente do resultado final, não nos podemos esquecer de que estamos ainda no início do desenvolvimento de um novo projeto", explicou Ivan Baptista.

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"Quando as pessoas estiverem a ver o jogo, que consigam reconhecer claramente a identidade do Benfica"

Rute Costa

Às palavras do timoneiro, Rute Costa acrescentou que o coletivo tem bem presente a sua identidade e o ADN Benfica.

"É um jogo que tem uma particularidade: não tem um percurso. Nós temos uma identidade. O Clube e a equipa têm uma identidade bem definida, assente na ambição em todos os jogos. Sabemos também que não é este jogo que irá ditar o decorrer da época, mas queremos entrar bem. Portanto, nem lhe dou muita, nem pouca importância. Estivemos a adquirir um processo e este é um bom jogo para o colocar em prática. Não é a garantia de uma época esplêndida caso vençamos a partida. É apenas cumprir os nossos objetivos, manter a nossa identidade e sermos nós próprias. Quando as pessoas estiverem a ver o jogo, que consigam reconhecer claramente a identidade do Benfica", asseverou.

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As pentacampeãs nacionais querem reconquistar um troféu que escapou em 2024/25, mas esse não é um fator que acrescente pressão à equipa. Ivan Baptista explicou o porquê e afirmou não sentir favoritismo.

"A pressão que sentimos todos os dias é a dos nossos mais de 400 mil associados e dos muitos milhões de adeptos. É uma pressão diária de trabalho, de brio profissional, de estarmos bem todos os dias e de os representarmos da melhor forma possível nas competições. Isso traduz-se sempre em tentar ganhar. Se vai acontecer, ou não, na Supertaça e nas restantes competições? Nunca o saberemos a priori, mas essa pressão é inerente a quem está na modalidade, ainda mais para quem representa clubes como o Benfica. A palavra favoritismo nunca entrou no nosso dia a dia, muito porque não altera em nada a nossa forma de encarar o jogo. A nossa abordagem frente ao Torreense será exatamente com a mesma ambição de querer ser protagonista no primeiro jogo do Campeonato ou na Liga dos Campeões. Depois, é um duelo de forças. O adversário dirá se conseguiremos, ou não, ser protagonistas. Do outro lado também está uma equipa que quer ter os seus momentos. O favoritismo interessa mais a quem trabalha com estatísticas do que ao treinador. Não interfere em nada com o nosso trabalho ou com a mensagem transmitida às jogadoras", escrutinou.

Ivan Baptista

Assim, os desafios estão ligados ao que o adversário pode causar nos vários momentos do jogo e à reação das encarnadas perante as circunstâncias.

"O desafio estará dividido entre o mérito que o adversário poderá ter e as dificuldades que nos poderá causar, mas também na nossa capacidade, enquanto grupo, de reagir a cada circunstância que o jogo nos trouxer. Os jogos podem levar-nos por caminhos diferentes, consoante as situações que forem surgindo. Esse é um grande desafio para um grupo que se está a habituar a novos processos, novas ideias e novas formas de estar. É um grande desafio para elas adaptarem-se mental e estrategicamente ao que o jogo pedir. Isso, aliado ao que o próprio adversário nos trará dentro de campo", concluiu.

CONVOCADAS

Anna Gasper, Beatriz Cameirão, Catarina Amado, Carolina Tristão, Carole Costa, Caroline Møller, Cristina Prieto, Chandra Davidson, Christy Ucheibe, Diana Gomes, Diana Silva, Lena Pauels, Letícia Almeida, Lúcia Alves, Marit Lund, Nycole Raysla, Neide Guedes, Rakel Engesvik, Rute Costa e Salomé Prat.

Texto: Redação
Fotos: FPF
Última atualização: 6 de setembro de 2025

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