"Jogar um futebol ofensivo e vencer"

ANTEVISÃO

No lançamento do Benfica-Qarabag desta terça-feira, 16 de setembro, válido para a 1.ª jornada da fase de liga da Liga dos Campeões, Pavlidis vê a equipa preparada para abrilhantar a estreia na competição – aprazada para as 20h00, no Estádio da Luz – com os ambicionados 3 pontos.

Na zona de entrevistas rápidas, em declarações à BTV e à Sport TV, antes da conferência de imprensa, o internacional grego revelou que as águias querem impor o seu futebol ante um adversário que, à semelhança de todos os outros integrados na elite do Velho Continente, tem armas para dificultar a missão da turma comandada por Bruno Lage.

"Penso que vai ser um bom jogo. É claro que é noite de Champions League e é sempre diferente, porque, nesta competição, todas as equipas são boas, todas podem jogar bom futebol e todas querem ganhar. Não há equipas fracas na Liga dos Campeões, estamos à espera de um bom adversário, mas, acima de tudo, temos de nos focar em nós", disse.

Garantindo sentir-se confortável em qualquer sistema, o avançado das águias referiu que a equipa ainda precisa de tempo para ter outra efetividade, defendendo, porém, o trabalho realizado desde o início da presente temporada.

"Temos de melhorar a olhar para as coisas positivas e não para as negativas. Estamos a jogar num estilo de jogo novo em comparação com a última época, e, claro, temos alguns jogadores novos. E não tivemos pré-época. Temos jogado a cada 3 dias, já disputámos 9 jogos oficiais e ainda estamos a meio de setembro. São tantos dias e tantos jogos que não temos tempo para treinar. As outras equipas, que não estiveram no Mundial [de Clubes], tiveram férias e pré-época. Tudo isso conta", sublinhou.

O Benfica é favorito frente ao Qarabag. Qual é a mensagem para o jogo?

Queremos começar bem a Liga dos Campeões, e, claro, vamos, como sempre, para jogar um futebol ofensivo e vencer o jogo. Isso é o mais importante para nós. Conseguir os 3 pontos e continuar bem nos jogos.

Bruno Lage disse que Pavlidis e Ivanovic têm jogado mais tempo juntos do que treinado em conjunto. Sente que essa ligação pode demorar muito tempo para funcionar?

Não. O treinador sabe muito bem – penso que toda a gente sabe – que não tivemos a pré-época, nem o tempo de que precisamos. Até agora, disputámos 9 jogos oficiais, e adicionalmente tivemos 10 dias de paragem para os jogos das seleções. É normal que não tenhamos o tempo de trabalho que queríamos, mas claro que treinaremos mais e teremos mais jogos. A equipa... eu e Ivanovic podemos jogar juntos igualmente para apoiar a equipa e ajudá-la a praticar melhor futebol.

Depois de Pavlidis ter terminado bem a temporada passada, os adeptos do Benfica esperavam que continuasse a marcar muitos golos neste início de época. Pergunto-lhe quais são as dificuldades que está a sentir? O que é que lhe falta para ser a sua melhor versão?

Não acho que não esteja a jogar bem ou algo do género. Acho que estamos a jogar bem como equipa. Claro que o último jogo não foi tão perfeito, mas, se você vir como jogámos na Supertaça, como jogámos nas eliminatórias da Liga dos Campeões, eu discordo da sua opinião. É claro que os adeptos querem sempre o melhor para a equipa. Não penso que os adeptos estejam só à espera de que eu marque golos. Mas é claro que quero ajudar a equipa, quero marcar golos, e eles virão. É como eu disse: não tivemos tantos dias de recuperação, e temos jogado de 3 em 3 dias. Penso que você entende que é muito difícil, para nós, trabalharmos em alguns aspetos, e também quando há muitos jogadores novos na equipa. Precisamos de tempo, é normal, mas não concordo [no que você diz] no que os adeptos esperam de mim.

Qual foi o impacto do último jogo, frente ao Santa Clara, não só pelo resultado – o empate –, mas especialmente pela forma como foi, no final?

Nós não fizemos um bom jogo. Queremos ser mais agressivos na vertente ofensiva. Não jogámos assim tão bem, claro que toda a gente consegue ver isso, mas é 1 jogo mau nos primeiros 9. Fizemos apenas um empate, e vejo as pessoas a falarem como se não fôssemos bons jogadores, ou como se não jogássemos bom futebol. Foi um jogo mau, e amanhã [terça-feira] vamos ver novamente como a equipa consegue jogar bom futebol e mostrar a qualidade dos jogadores.

Na época passada, Pavlidis foi um dos melhores jogadores do Benfica. Com a contratação e a utilização de Ivanovic, o treinador deu-lhe o papel de estar mais dentro da área, ficando o seu colega com a missão de baixar mais no terreno de jogo, como segundo avançado. Sente-se confortável com essa dinâmica?

Penso que as duas formas são muito boas, e posso jogar das duas maneiras, com apenas um avançado ou com dois. Falámos com o Ivanovic sobre a forma como queremos atacar, o treinador explicou-nos como quer que ataquemos e as posições que temos de assumir. Toda a gente pensa no último jogo. Como eu disse, não foi um bom jogo, mas, se virem outros jogos em que jogámos com Ivanovic, como em Nice, fizemos um bom jogo, e o Ivanovic marcou. Contra o Tondela, o Ivanovic também marcou, criámos muitas oportunidades, e eu não marquei... É uma questão sobre sensações e a forma como trabalhamos sobre isso. Como o treinador já referiu, não tivemos tempo para treinar, fizemos muitos jogos e não tivemos pré-época. As pessoas têm de entender que o futebol nem sempre é tão simples. Às vezes é simples, mas noutras vezes nem por isso. De dia para dia, vamos melhorar e entender-nos melhor.