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Futebol
Os treinadores dos Sub-14 do Benfica revelaram à BTV como têm adaptado o trabalho neste tempo de crise pandémica e de isolamento social.
22 abril 2020, 13h07
BTV entrevistou Tiago Lima, Tiago Paiva e Pedro Faria
Os treinadores Pedro Faria (Iniciados B), Tiago Lima (Iniciados C) e Tiago Paiva (Iniciados D) explicaram à BTV como têm acompanhado os seus jogadores à distância e como tem sido a adaptação a esta nova realidade.
Que impacto a COVID-19 teve nas equipas Sub-14 do Sport Lisboa e Benfica?
Pedro Faria: São situações atípicas. Estamos habituados a estar no terreno e a intervir diretamente com os atletas, no entanto, face às condições atuais do País e do mundo, tivemos de nos adaptar, e penso que estamos a fazê-lo de uma forma bastante eficaz, a tentar minimizar ao máximo o impacto que esta pandemia tem criado no nosso trabalho e no desenvolvimento dos nossos atletas. O balanço é positivo, os atletas estão a reagir bem, os efeitos do trabalho têm sido bastante positivos e vamos tentar continuar a evoluir.
Quais têm sido os maiores desafios deste trabalho realizado em casa?
Tiago Lima: Temos tido um feedback bastante positivo por parte de todos os atletas, mas há alguns constrangimentos que saltam logo à vista. Há atletas que estão em casa fechados e não têm espaço para realizarem as atividades, ou não têm material. Apesar de eles serem muito dinâmicos e proativos e arranjarem sempre alguma solução, nem que seja fazer uma bola de papel ou dar toques com outro tipo de bola, essa é uma das principais dificuldades. As tecnologias também... Alguns atletas têm dificuldade nas filmagens porque estão a treinar sozinhos. Fundamentalmente a logística, que pode ser um fator de preocupação para eles. Mas na grande maioria têm cumprido o que lhes temos pedido, têm sido impecáveis.
Como tem sido gerir tantos atletas à distância?
Tiago Paiva: É sem dúvida um desafio, mas que está na linha daquilo que é o nosso trabalho no dia a dia. Desse ponto de vista as coisas não mudaram muito, eles já eram praticamente 50 quando estávamos em campo. Temos uma equipa com vários treinadores que nos ajudam a organizar tudo e a estarmos próximos de todos os jogadores. Semanalmente falamos com eles e entre todos os treinadores conseguimos chegar a todos.
Como têm feito o contacto permanente entre vocês, staff?
Pedro Faria: Temos várias formas de entrar em contacto uns com os outros. Temos reuniões periódicas semanais entre nós, coordenação e todo o staff ligado aos Sub-14. Para além disso temos grupos de WhatsApp. Hoje em dia, com as novas tecnologias, a comunicação é mais facilitada. Temos realizado videochamadas, porque o contacto visual também é importante e ajuda bastante neste processo.
Como têm sido feitos os treinos à distância?
Tiago Lima: É muito semelhante ao que fazemos no Benfica Campus, a única diferença é que não conseguimos estar juntos para jogar. Tudo o que são as ações individuais para o desenvolvimento dos jogadores, mantemos o registo. Tudo o que são ações técnicas, relação com bola, tudo isso fazemos da mesma forma, e agora até de uma forma mais vincada, porque é a única que eles têm de trabalhar.
Que comentário fazem ao cancelamento dos campeonatos dos escalões de formação?
Tiago Paiva: Embora no primeiro momento os campeonatos não tenham sido cancelados, pairava muito a ideia que dificilmente nesta época regressaríamos a uma atividade normal. Na semana em que foram cancelados entrámos logo em contacto com os jogadores numa das nossas reuniões habituais, e quando lhes transmitimos essa informação eles não reagiram com espanto. Em relação ao trabalho que estávamos a fazer com eles à distância, não sentimos que esse tenha sido um ponto de viragem. Na verdade, o que temos sentido desde o início até agora é uma evolução positiva do trabalho que eles têm feito.
Que mensagem passam aos jogadores neste período?
Pedro Faria: Tentamos sempre ser positivos. Temos de passar sempre uma mensagem de esperança, apesar de termos noção que paira a incógnita de quando e como vamos regressar, mas sempre fazendo passar a ideia de que quanto mais rigorosos forem no trabalho, e quanto mais praticarmos (não esquecendo todas as componentes que esta implica no plano semanal de cada um deles), menos impacto irão ter quando regressarem à competição. Perceber também o contexto social em que estão inseridos e tentar ser um pilar na construção de uma base sólida para eles aguentarem este tempo em casa.
Tiago Lima: O que temos dito aos jogadores é para eles imaginarem que estamos a meio de uma segunda parte e que o árbitro por algum motivo parou o jogo, e nós não sabemos quando vai reatar e não podemos estar parados. Não podemos estar no campo quinze minutos a olhar para o chão, a ficar frios e relaxados, temos de nos manter no nível médio alto de competitividade. Não sabemos como e quando vamos voltar, mas temos de estar prevenidos e preparados para, quando chegar o dia, voltarmos ao Benfica Campus.
Tiago Paiva: O nosso trabalho no futebol formação tem os olhos postos no futuro, e num futuro que muitas vezes é a médio/longo prazo. Trabalhamos para que daqui a quatro, cinco, seis anos os jogadores que estão connosco tenham capacidade para jogarem ao mais alto nível. Os campeonatos foram cancelados para toda a gente. O que tentamos transmitir é que aqueles que se esforçarem mais são aqueles que estarão mais preparados para o futuro.
Texto: Márcia Dores
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 22 de abril de 2020