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Bastos – O adeus a uma glória
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Ontem partiu mais uma glória, José Bastos. Tinha 91
anos.
Bastos era o derradeiro sobrevivente entre os campeões
latinos, um dos obreiros de um dos maiores feitos da
história do Benfica.
Corria o ano de 1950 e acabáramos de nos sagrar campeões
nacionais, o que nos valeu o convite da Federação
Portuguesa de Futebol para sermos o representante
português na segunda edição da Taça Latina, uma prova
oficial considerada predecessora da Taça dos Clubes
Campeões Europeus e que era realizada no final da
temporada e organizada pelas federações portuguesa,
espanhola, francesa e italiana.
Na meia-final derrotámos a Lázio, por 3-0. O adversário
seguinte foi o Bordéus, naquela que terá sido uma das
finais mais longas da história do futebol. Ao empate a
três bolas verificado após prolongamento procedeu-se a
um jogo de repetição passada uma semana. A 18 de junho
teimava o empate, 1-1 era o resultado no final do tempo
regulamentar (Arsénio empatou em cima do apito final), o
qual se manteve inalterado no prolongamento. O jogo
prosseguiu até que se encontrasse um vencedor, que
acabou por ser o Benfica, quando Julinho, aos 146
minutos, finalmente desfez a igualdade.
Bastos alinhou nas três partidas, tinha apenas 20 anos e
já merecia a confiança do treinador inglês Ted Smith,
sendo, ainda hoje, um dos mais jovens guarda-redes de
sempre a merecer a titularidade na defesa da baliza
benfiquista. Anos mais tarde chamaram-lhe o rei do sono
por transmitir uma calma impressionante no desempenho da
sua função em campo.
Ao longo de onze temporadas de águia ao peito na equipa
de honra do Benfica, Bastos alinhou em 274 jogos (196 em
competições oficiais) e contribuiu para a conquista de
uma Taça Latina, três Campeonatos Nacionais e cinco
Taças de Portugal. Prosseguiu a carreira no Atlético,
participando, pelo clube de Alcântara, no jogo que
marcou a estreia de Eusébio pelo Benfica, sofrendo, na
Luz, três golos do jovem chegado de Moçambique meses
antes. Diria depois de Eusébio que nunca vira alguém
rematar com tanta potência.
Bastos deixou sempre um lastro de simpatia, humildade e
inteligência por onde passou, deixando saudade a todos
os que tiveram o privilégio de privar com ele. Foi
também um grande benfiquista, fazendo sempre questão de
manifestar o seu benfiquismo e de marcar presença no
Estádio da Luz, só impedido de o fazer nos seus últimos
meses de vida por força da pandemia.
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, em nota oficial,
manifestou "as mais sentidas condolências por alguém que
nos deixa uma profunda saudade" e que se trata de um
"símbolo histórico" do Benfica.
Descansa em paz, José Bastos.
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