Clube

21 setembro 2017, 13h09

Em grande forma no Manchester City – ainda na noite de quarta-feira iniciou o lance de que resultaria o golo do triunfo sobre o WBA (2-1) na Taça da Liga inglesa –, Bernardo Silva sabe que, se tivesse dependido da vontade exclusiva de Luís Filipe Vieira, teria sido devidamente aproveitado e valorizado no Clube que serviu dos sete aos 19 anos.

Nascido e criado para o futebol no emblema da águia, do qual é confesso adepto, o talentoso médio-ofensivo virou uma página na sua carreira em janeiro de 2015 – tendo então o Mónaco como destino – por entender que com Jorge Jesus, o técnico daquela altura na Luz, “não teria futuro no grupo”, como o próprio atleta, aliás, revelaria, em tom de lamento, numa entrevista publicada pelo jornal francês “L’Équipe” a 22 de novembro de 2016.

“Em 2014/15 fiz três jogos pela equipa principal, mas entrei sempre a cinco minutos do fim. Treinava com os seniores, mas a lateral-esquerdo. Percebi que não tinha futuro naquele grupo. Disse ao meu agente que queria sair. Surgiu a proposta do Mónaco e foi a melhor solução”, explicitou Bernardo Silva, confessando ainda que só deu aquele passo depois de uma conversa “esclarecedora” com o treinador.

“Falei com ele [Jorge Jesus] e disse-me que havia muitos jogadores na minha posição, que estavam à minha frente na hierarquia e que eu tinha poucas hipóteses de jogar. Voltei a treinar com a equipa B; uma semana depois estava no Mónaco”, precisou o esquerdino.

Texto: João Sanches

Foto: Arquivo / SL Benfica

 

Última atualização: 21 de março de 2024