Futebol

05 novembro 2017, 21h26

Rui Vitória

Rui Vitória elogiou a postura e a exibição dos jogadores no jogo de domingo (1-3), diante de um V. Guimarães que “cria muitos problemas aos adversários”.

“Quero, antes de mais, realçar o grande jogo que aconteceu aqui, o grande espetáculo de futebol, dentro de campo e por parte dos adeptos. Ganhámos de uma forma justa, frente a uma belíssima equipa, que é capaz de criar dificuldades a qualquer adversário. Sabíamos que o Vitória podia, de um momento para o outro, causar um lance de perigo e tivemos sempre um grande rigor tático e uma grande organização defensiva", começou por dizer o treinador na entrevista rápida, no final do encontro, fazendo questão de destacar a entrega da formação encarnada. “Os jogadores sabiam o que tinham de fazer para ganhar o jogo e passaram isso à prática de uma forma muito clara e vincada”, garantiu. 

"Um dos grandes méritos que a minha equipa teve foi a capacidade de saber como e quando tinha de chegar à frente e aproveitar os momentos do jogo. Foi uma exibição muito consistente contra uma belíssima equipa”, enfatizou. 

Rui Vitória reforçou o meio-campo, assente num 4x3x3, em detrimento do habitual 4x4x2. Uma estratégia pensada tendo em conta o adversário. 

“Este jogo pedia isto porque a equipa do Vitória de Guimarães rapidamente colocava as bolas nas suas faixas laterais, rapidamente saía um cruzamento e nós tínhamos de nos posicionar muito bem em termos de meio-campo. Temos capacidade para jogar de várias formas, temos também a solução de jogar com dois homens na frente, mas hoje o fundamental foi a estratégia que os jogadores levaram para dentro de campo”, analisou.

“Temos consciência de que representar o Benfica é querer sempre ganhar, jogar sempre para ganhar. Ganhar aqui não é fácil. O Vitória é uma equipa que cria muitos problemas aos adversários. Causou-nos também, mas nós fomos superiores”, lembrou.

Já na segunda parte, à passagem do minuto 64, com o Benfica a vencer, Rui Vitória tirou Pizzi de campo para colocar o grego Samaris. Uma substituição baseada em "questões táticas e não físicas", de acordo com o que o treinador explicou na conferência de Imprensa. 

“Foi mais por razões táticas. Naquela altura era preciso um jogador mais de combate, a equipa do Vitória ia arriscar e nós precisávamos de combatividade. Precisávamos de jogadores frescos para chegar ao ataque. Foi isso que aconteceu no segundo golo, uma boa incursão ofensiva do Samaris. Equilibrámos nessa altura diante de uma equipa difícil de contrariar. Era importante entrar o Samaris, foi mais por questões táticas do que físicas”, explicou. 

O campeonato vai parar para compromissos das seleções. Uma pausa que, segundo o técnico, não vai afetar o trabalho diário e vai ainda permitir a chamada de mais jovens da formação para trabalhar com a equipa principal.

“São interrupções que já estão planeadas. Nós temos de ganhar e queremos ganhar. Nada altera aquilo que é a nossa filosofia e a nossa forma de estar. Era fundamental vir aqui ganhar o jogo. Viemos, sabendo muito bem aquilo que tínhamos para fazer. Obviamente que trabalhar em cima de vitórias é bem melhor. Agora temos este tempo de intervalo e vamos continuar a trabalhar como temos feito e aproveitar para chamar mais jovens da formação. É isso que faz parte destes ciclos de trabalho durante estes 15 dias”, revelou o treinador das águias. 

Texto: Filipa Fernandes Garcia

Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica 

Última atualização: 21 de março de 2024

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