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Futebol
Primeira conferência de Imprensa do treinador depois de confirmado no comando da equipa do Benfica, em véspera de jogo dos "quartos" da Taça de Portugal.
14 janeiro 2019, 17h40
Bruno Lage
Na véspera de enfrentar o V. Guimarães no Estádio D. Afonso Henriques, nos quartos de final da Taça de Portugal, o treinador apontou caminhos e destacou algumas prioridades. "É muito importante reconquistar o público, tentando jogar com qualidade. Só tendo esta mentalidade, jogo a jogo, treino a treino, com intensidade alta e entrega total é que se pode pensar noutras coisas", salientou, reafirmando a transição para o sistema tático 4x4x2.
O que é que o Presidente lhe disse e que desafios lhe propôs? Olhando para os dois jogos que fez ao comando da equipa principal, o que entende que há para melhorar?
O que Presidente me pediu, e que é normal nestes momentos, é que dê continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos anos pelos vários treinadores e na presente época. Vamos tentar tirar partido do bom trabalho do anterior treinador, Rui Vitória. Vou direcionar a minha comunicação para a tarefa, e a tarefa tem sido uma equipa a tentar jogar futebol em 4x3x3. Nós estamos a tentar entrar num processo 4x4x2, passar de uma dinâmica 4x3x3 para 4x4x2 e dar essa continuidade. Fundamental neste momento é todos sentirmos conforto e estabilidade, começarmos a passar uma imagem do que queremos para o Sport Lisboa e Benfica, de entrega e motivação. É muito importante reconquistar o público, tentando jogar com qualidade. Só tendo esta mentalidade, jogo a jogo, treino a treino, com intensidade alta e entrega total é que se pode pensar noutras coisas.
Qual é a prioridade em termos de objetivos? Que necessidades encontra na afinação do plantel?
Entrega total, toda a gente estar disponível, deixarmos de pensar no "eu" e pensarmos no "nós" e "equipa", naquilo que podemos fazer em cada jogo e em cada treino. Isto tem de ser a base. É o mais importante, a jogar de três em três dias, com pouco tempo para treinar. Em relação ao plantel, é muito cedo para falar sobre isso, estamos num processo de transição de várias coisas: de treinador, de sistema, e quero conhecer todos os jogadores disponíveis para perceber o que podem oferecer.
Chegou às camadas jovens do Benfica ainda muito novo. Foi Campeão e hoje está ao comando da equipa principal. É o cumprir de um objetivo de carreira?
Antes de mais é um enorme orgulho, deixa-me mesmo muito orgulhoso todo o percurso que fiz nesta casa. Agradeço ao Presidente a aposta que é feita em mim, porque é mais um sinal de que a aposta na formação é concreta. Para além dos jogadores, começa a haver treinadores cá em cima. Somos um conjunto de treinadores com enorme qualidade, a oportunidade surgiu a mim, mas, se as coisas correrem bem – e vão correr bem –, existem vários treinadores com enorme potencial para fazerem o mesmo trajeto.
Quando se chega a um determinado patamar profissional e já nos sentimos realizados, tudo o que vem por acréscimo só nos deixa realizados. Tenho 42 anos, apesar de parecer um rapaz – e houve muita gente que me tratou como um rapaz, mas já tenho 42 anos, sou pai... A minha ideia, quando comecei, muito jovem, com 20/21 anos – já tenho outros tantos como treinador –, era apenas ser professor de educação física e preparador físico. A partir do momento em que cheguei ao Benfica, com 30 anos a treinar os Juniores, o percurso que fiz no Dubai, em Inglaterra... Tudo isso corresponde a um percurso natural onde as coisas se foram conquistando. É com enorme orgulho e sentido de responsabilidade que sou treinador do Benfica. Aquilo que me deixa feliz neste momento é eu sentir-me muito à vontade a trabalhar a este nível.
Que mensagem passa ao plantel nesta fase? O que é que os jogadores lhe têm dito? Como tem sido a interação?
A mensagem, neste momento, é a tarefa. Estamos a fazer uma transição de um sistema para outro e o nosso trabalho tem sido esse: preparar aquilo que é um 4x4x2 a atacar e a defender e, simultaneamente, preparar os jogos com os adversários que temos. Os jogadores não têm dito nada, mas eu sinto – e senti logo no primeiro dia – no olhar dos jogadores. São os tais feelings, umas vezes são táticos, outras vezes são emocionais. Desde o primeiro dia que sinto isso. Quando o Presidente me apresentou aos jogadores, eu disse-lhes que olhei para eles e senti que iria ser o líder deles. As coisas têm acontecido de uma forma muito natural.
O Presidente afirma que Bruno Lage é o treinador do presente e do futuro. Quanto tempo é que se imagina como treinador principal do Benfica?
Jogo a jogo, treino a treino: esta é a minha mentalidade. Não há outra maneira de estar nesta profissão. Não adianta estarmos a falar de quanto tempo vou ficar, ou não, porque eu, sem o tal currículo e o tal estatuto que vocês querem que o treinador do Benfica tenha, vivo dos resultados. Vejam o que aconteceu ao treinador do Leicester: foi campeão e, depois, na segunda época saiu. O treinador do Real Madrid: fez dois, três meses e saiu... Independentemente do currículo e do estatuto do treinador, o que interessa é dia a dia, jogo a jogo, treino a treino. Assim é que se conquista e faz um caminho, tanto na construção da equipa como no percurso do treinador.
Rui Vitória, numa entrevista recente, disse que Bruno Lage precisava de ser um treinador protegido no Benfica. Sente essa proteção para vingar e conquistar títulos?
Já tive de ser mais apoiado... Quando estava de muletas precisei de apoio... Vou fazer o caminho de forma natural. O que mais me preocupa é o foco na tarefa e sentir-me confortável com a adaptação e o crescimento da equipa em face das nossas ideias. Se eu tiver esse conforto e os jogadores estiverem tranquilos nas posições e tomarem as decisões que queremos, estou mais confortável e apoiado. É isso que me preocupa: tarefa, treino e jogo.
Texto: João Sanches
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024