Futebol

23 janeiro 2019, 13h51

Carlos Xistra fala com Fábio Veríssimo

Carlos Xistra em diálogo, pelo intercomunicador, com o videoárbitro Fábio Veríssimo

As comunicações entre o árbitro Carlos Xistra e o videoárbitro Fábio Veríssimo relativas à análise e ao julgamento dos lances-chave do recente Benfica-FC Porto, que resultaram em notório prejuízo para as águias na meia-final da Taça da Liga, devem ser tornadas públicas. Esta obrigação foi defendida por Ribeiro e Castro, ex-dirigente dos encarnados, em declarações à Rádio Renascença.

"É a sequência normal do protesto que logo foi feito pelo Presidente do Benfica. Recordo que no primeiro ano em que se aplicou o VAR em Portugal houve uma série de casos em que isso aconteceu, em que as comunicações foram divulgadas. Face à seriedade deste caso, o mesmo deve ser feito. Não pode ficar a mais pequena dúvida sobre os lances capitais", afirmou Ribeiro e Castro ao programa "Bola Branca".

"O golo anulado ao Benfica não era fora de jogo, isso, para mim, é absolutamente evidente, e há dúvidas noutros lances, o primeiro golo do FC Porto, etc. Tudo isso, nalguns casos, pode ter alguma subjetividade, mas o processo das comunicações entre o videoárbitro e o árbitro de campo é fundamental", reforçou.

Se as comunicações não forem divulgadas pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, então aquele órgão estará a contribuir para o "obscurecimento da verdade", argumentou José Ribeiro e Castro.

Ribeiro e Castro

"Estariam a impedir o conhecimento público do processo de comunicações entre os dois árbitros que intervêm numa decisão fundamental. Seria um caso de obscurecimento da verdade. Isso seria negativo... Qualquer dia também é preciso pôr um videoárbitro sobre o videoárbitro e por aí fora. Há aqui um processo de avaliação e decisão que é preciso conhecer", vincou.

Avaliando o clássico, Ribeiro e Castro elogiou a atuação da equipa benfiquista e salientou que as partidas de futebol têm de ser decididas pelos jogadores e não por resoluções de arbitragem.

"O Benfica fez um bom jogo, mas o clássico foi claramente marcado pela influência do árbitro. O Presidente do Benfica já formulou energicamente o seu protesto, salientando uma série de lances decisivos e com influência no resultado. O Benfica lutou, podia e merecia ter vencido. O FC Porto também fez um bom jogo, mas este deve ser decidido pelos jogadores e não por decisões do árbitro, sejam propositadas ou por erros. É isso que é importante esclarecer e apurar", apelou o ex-dirigente.

Texto: João Sanches

Fotos: Isabel Cutileiro / SL Benfica / Arquivo

Última atualização: 7 de fevereiro de 2019

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