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Futebol
Para sempre um nome inolvidável da história do Benfica, Rui Costa, antigo jogador e atual administrador da SAD, completa 47 anos de vida.
29 março 2019, 01h26
Rui Costa fez o último jogo oficial pelo Benfica no dia 11 de maio de 2008
O ponto final numa carreira de referência aconteceu em 2007/08, época em que decidiu pendurar as botas. Do campo para os gabinetes, passou então a administrador da SAD encarnada. Porém, a ligação ao clube do coração começou muitos anos antes, no início da década de 1980.
Nascido e criado na Damaia, freguesia da Amadora, não muito longe do antigo Estádio da Luz, Rui Costa começou a dar os primeiros pontapés na bola na rua e nos campos do clube do bairro, o Damaia Ginásio Clube.
Com oito anos chegou aos Sub-10 do Benfica, emblema que só deixaria 14 anos depois, com uma passagem por Fafe por empréstimo de uma temporada, logo regressando à casa-mãe.
Destacou-se nos escalões de formação das águias, foi internacional pelas seleções jovens de Portugal e cotou-se como um dos heróis do Mundial de Juniores em Lisboa. Em 1991, o Campeonato do Mundo de Sub-20 decorreu em Portugal, competição em que a equipa das Quinas lutava pela revalidação do título. Rui Costa foi sempre titular – com exceção da 3.ª jornada da fase de grupos – e pertenceu-lhe o golo decisivo que colocou Portugal na final.
Mas a história de Rui Costa no Mundial de Lisboa foi ainda mais rica em protagonismo… No dia 30 de junho de 1991, o calor apareceu na final entre Portugal e Brasil. Estádio da Luz a rebentar pelas costuras no apoio à equipa das Quinas, mas no relvado um jogo muito tático e um nó que teimava em não ser desatado. No final do tempo regulamentar e do prolongamento, o nulo mantinha-se e a decisão do título teria de ser feita através de grandes penalidades.
Este dia marcou o primeiro brilho de um dos mais geniais jogadores que o antigo Estádio da Luz viu. Portugal vencia no desempate por penáltis por 3-2 e Rui Costa dirigiu-se para a bola. Colocou-a a preceito, olhou para a baliza, concentrou-se, visualizou o local para onde enviaria o esférico e correu confiante… Quando o pé direito tocou na bola foi logo percetível que esta só pararia no fundo das redes. Assim foi! Seguiu-se uma explosão de alegria nas bancadas que contagiou o aniversariante. A corrida de Rui Costa à volta do relvado, perseguido pelos colegas de seleção, é épica e inesquecível…
Após o Mundial de Sub-20 regressou ao Benfica – estivera emprestado ao Fafe – e foi aposta de Eriksson. A estreia de águia ao peito aconteceu a 22 de setembro de 1991 nesse mesmo Estádio da Luz. Jogou 20 minutos no 2-2 diante do Estoril. Foi o primeiro de 178 jogos oficiais pelos encarnados.
Médio-ofensivo, um 10 à antiga, Rui Costa brindou os amantes do futebol com verdadeiros recitais de como tratar a bola. Sempre com o esférico colado aos pés – preferencialmente o direito – o Maestro liderou a orquestra e o seu futebol era música para quem observava tamanho talento, tanto nos clubes que representou como na Seleção A de Portugal, por quem fez 94 partidas e apontou 26 golos.
Depois da estreia, faltava o golo. No dia 10 de novembro, diante do Famalicão, o centrocampista foi titular e inaugurou o marcador aos 6’. As águias venceriam, por 2-1. Terminou a época de estreia com quatro golos em 32 jogos realizados.
Juntou-lhe mais duas temporadas de alto nível exibicional e com números a acompanhar. Conquistou um Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal, e viajou para Itália.
Depois do Benfica, esteve mais de 10 anos em Itália, representando Fiorentina e Milan. Na turma viola destacou-se, foi aclamado e adorado e fez com Batistuta uma das duplas mais temíveis do futebol transalpino e europeu. Saiu de Florença com duas Taças de Itália e uma Supertaça, e 50 golos em cerca de 280 jogos. Rumou mais a norte, a Milão.
Pelos rossoneri, assumiu o papel de comandante do miolo e ajudou o clube a ganhar uma Serie A, uma Taça de Itália, uma Supertaça, uma Liga dos Campeões e uma Supertaça Europeia. Em 2004/05 esteve presente na final imprópria para cardíacos com o Liverpool. Em Istambul, os italianos venciam por 3-0 ao intervalo, mas os ingleses empataram e levaram o jogo para prolongamento primeiro e para as grandes penalidades depois. O guarda-redes do Liverpool foi herói na baliza e o título viajou para a cidade dos Beatles. Rui Costa perdia a oportunidade de conquistar a segunda Champions do currículo.
Com o objetivo de terminar a carreira no clube do seu coração, Rui Costa regressou à casa de partida, o mesmo que dizer ao Benfica. Fez mais duas temporadas pelas águias e terminou em beleza. Na época de encerramento (2007/08), o 10 teve o melhor registo pelo Clube: 10 golos em 45 jogos.
O último jogo com o Manto Sagrado foi diante do V. Setúbal (3-0). A 11 de maio de 2008, Rui Costa foi titular e saiu aos 86’ para a ovação. Das bancadas ao relvado, emoção, lágrimas, sorrisos, agradecimento, gratidão e uma tarja… “10: obrigado, Rui!” O Maestro tinha voltado para isto e ninguém merecia mais esta sentida homenagem do que ele. Apareceu no antigo, saiu de cena no novo, mas a casa será sempre a mesma: o Estádio da Luz.
Texto: Marco Rebelo
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024