Boavista eficaz e com ideias definidas no caminho das águias

Pelo quarto ano consecutivo desde que Rui Vitória é treinador, o Benfica arrancou a Liga NOS com o pé direito. Depois do triunfo com o V. Guimarães, por 3-2, as águias visitam o sempre difícil Estádio do Bessa, às 19h00 deste sábado.

O adversário, o Boavista, também começou a vencer nesta edição do campeonato, na casa do Portimonense, por 0-2, fruto dos remates certeiros de David Simão – Homem do Jogo, segundo a Liga Portugal – e André Claro. O médio-ofensivo desferiu um potente remate com o pé esquerdo de fora da área e bateu Ricardo Ferreira. Já o ex-Estoril fechou o placard no tempo de compensação ao finalizar um contra-ataque, picando o esférico por cima do guarda-redes algarvio. 

A iniciar a segunda temporada como técnico do Boavista, Jorge Simão recebeu vários reforços para 2018/19. Na baliza, Bracali e Helton Leite são novidades, mas há mais sectores com caras novas. Neris e Raphael Silva, dois brasileiros, chegaram para o eixo defensivo; Rafael Costa e Obiora são as contratações no meio-campo, enquanto no ataque André Claro, Matheus Índio, Falcone e Rafael Lopes chegaram para engrossar o leque de opções de Jorge Simão.

Pontapé de saída com quatro caras novas no onze

Algumas das contratações entraram de início na ronda inaugural da Liga NOS. Frente ao Portimonense, o Boavista arrancou o jogo com quatro reforços no onze num 4-4-2 bem definido em losango e assente em Helton Leite na baliza; Carraça e Talocha nas laterais, Raphael Silva e Neris como defesas-centrais; no meio, Idris foi o elemento mais recuado e com preocupações mais defensivas; David Simão jogou no vértice mais adiantado do losango, deixando as alas para Rochinha e Mateus; o ataque ficou entregue a Falcone e Fábio Espinho.

Durante a partida entraram Rafael Costa, Rafael Lopes e André Claro, este último com influência no resultado final. Em Portimão, a exibição dos axadrezados foi analisada pela Imprensa portuguesa, que viu no Boavista “ideias mais definidas” e “maior fluidez no futebol praticado”.

As ameaças: contra-ataque, bolas paradas e eficácia

Outros aspetos elencados foram a “objetividade” e a “eficácia”, situação que se comprova com os números apresentados. Segundo, o portal Wyscout, o Boavista marcou dois golos nos únicos dois remates que fez na direção da baliza algarvia (100% de eficácia).

Nesta partida, ficou ainda patente a força do Boavista nos contra-ataques (dois dos três realizados terminaram com remates) e nas bolas paradas – livres e cantos – onde logrou seis remates em oito lances.

Sem permitir grandes veleidades ao adversário na hora de construir, os homens de Jorge Simão cometeram 27 faltas na partida com os algarvios.

David Simão tentou colocar algum perfume no futebol boavisteiro, com um golo de belo efeito e uma assistência para o tento de André Claro. Nos números do médio formado no Benfica, realce para as quatro interceções nos 90 minutos e as seis recuperações, quatro delas no meio-campo contrário.

Texto: Marco Rebelo

Fotos: Liga Portugal