Futebol

26 setembro 2018, 17h59

Rui iVitória

Rui Vitória

Na conferência de Imprensa em que fez a antevisão do jogo em Chaves, marcado para as 20h15 de quinta-feira, o treinador do Benfica, Rui Vitória, também abordou a despedida do capitão Luisão, um jogador que "sempre foi um profissional de mão-cheia" e cuja imagem, pela forma como marcou o Clube e o futebol português, "tem de ser perpetuada".

Sobre a visita a Trás-os-Montes para disputar o desafio da 6.ª jornada da Liga NOS, Rui Vitória destacou que a sua equipa, líder do Campeonato com 13 pontos, tem de ser "intensa, convicta, alegre e persistente, a colocar permanentes dificuldades táticas ao Chaves".

Luisão terminou a carreira. Que comentário lhe parece a despedida do capitão?

É uma referência do Benfica. Teve uma carreira lindíssima, com 538 jogos em 15 anos no Clube. Ontem [terça-feira], assistimos aqui a uma cerimónia com enorme dignidade: um estádio inteiro, uma Direção e um plantel para um jogador, algo que o nosso capitão merecia. Dou-lhe os parabéns pela carreira que teve e desejo-lhe que na próxima etapa que aí vem que seja tão feliz como foi como jogador. Para nós, é sempre uma referência. Começou a época connosco, faz parte do nosso grupo, vai estar sempre connosco.

Luisão foi sempre um profissional de mão-cheia, com uma postura correta em tudo o que fez. Tivemos sempre uma relação muito clara e transparente, de mútuo respeito. O que se deve realçar neste momento é a dignidade de uma cerimónia com o simbolismo da que vimos ontem [terça-feira]. Isso é que há para perpetuar, a imagem do capitão, de um jogador que marcou o futebol português e o Clube.

Rui iVitória

O Benfica é a equipa que tem mais bola e que mais remata na Liga NOS, mas agora perante o Chaves, que empatou no Dragão e venceu no Bessa, será preciso vestir o fato-macaco ainda mais do que é habitual?

No sentido figurado, vestimos sempre fato-macaco. Como já tive oportunidade de dizer, podemos ter um dia em que algo não corra bem do ponto de vista da inspiração, mas a dedicação ao jogo, a determinação, a convicção e a postura que se tem em campo são inegociáveis. Temos de vestir o fato-macaco, como acontece em todos os lados. O Chaves vem de bons resultados, é uma equipa que está a absorver as ideias do novo treinador, com jogadores de qualidade.

As equipas do Daniel [Ramos] são sempre organizadas do ponto de vista defensivo e sabem o que fazem quando saem para o ataque. Temos de ser uma equipa intensa, convicta, alegre e persistente, a colocar permanentemente dificuldades táticas ao Chaves. Vamos à procura da vitória. Temos o máximo respeito pelo Chaves, mas vamos a Trás-os-Montes para ganhar.

Rui iVitória

Daniel Ramos, na antevisão deste jogo, disse que o Chaves, ao contrário do Benfica, sentiria muita diferença se perdesse cinco jogadores. Vê nisto uma forma de criar pressão sobre a sua equipa?

Não assisti, mas vou acreditar no que me está a dizer. As equipas que não são teoricamente grandes podem fazer esse tipo de análise, mas não nos focamos nisso. As realidades são como são. O que um clube teoricamente mais pequeno procura fazer é minimizar as diferenças que possa haver. Não é a dimensão do clube, dos jogadores e dos orçamentos que ganham sempre os jogos. Isto é tudo relativo, porque também podemos ter os nossos problemas, mas, seja com que jogadores for, estaremos preparados.

Estes jogos têm características muito específicas. O adversário tem uma motivação extra porque o estádio vai estar cheio e deste lado vai estar um clube com uma dimensão enorme. Espero um jogo dificílimo, mas sabemos que são todos assim. Temos de estar sempre ligados à corrente e ser muito intensos.

Texto: João Sanches

Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica

Última atualização: 21 de março de 2024

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