Futebol

10 setembro 2019, 13h54

Varandas Fernandes

Varandas Fernandes

DECLARAÇÕES

A recente decisão do Conselho de Disciplina da FPF de apenas aplicar uma multa (1150 euros) ao FC Porto pela exibição de uma tarja gigante "injuriosa" por parte dos seus adeptos, no último jogo da Liga NOS 2018/19, é "difícil de entender", como explica Varandas Fernandes, vice-presidente do Benfica, interpelado pela Rádio Renascença.

O estádio portista poderia ser interditado se o referido delito – visando as mais variadas personalidades políticas, judiciais e da arbitragem – tem sido enquadrado no artigo 118 do regulamento que aborda os casos de grave prejuízo para a imagem e bom-nome das competições de futebol. Em declarações ao programa "Bola Branca", Varandas Fernandes apontou singularidades e incoerências nesta resolução do CD.

"É difícil e singular a decisão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol de aplicar esta punição com uma multa de 1150 euros. No nosso entender, essa tarja é injuriosa para as mais variadas instituições e personalidades, e esse castigo, segundo sabemos, é suportado por uma interpretação de simples comportamento social e/ou desportivo incorreto. O Sport Lisboa e Benfica tem tido punições de jogos à porta fechada por adeptos usarem símbolos de claque... Limitamo-nos a fazer uma análise e a refletir sobre a realidade dos factos. Queremos acreditar que os órgãos de justiça desportiva têm isenção e imparcialidade", afirmou o vice-presidente.

Varandas Fernandes

"Queremos crer que os órgãos de justiça desportiva são isentos e imparciais"

O Benfica continuará "atento e crítico" a tudo o que possa prejudicar os seus objetivos desportivos do Clube, vincou Varandas Fernandes.

"Em todas as competições em que entra, o SL Benfica tem sempre o sentido de vitória, de querer ganhar. É esse o espírito que anima o Clube, que está atento a tudo o que se passa no desporto em Portugal, sendo igualmente colaborador. O Benfica é uma parte interessada em que o desporto em Portugal tenha de facto regras e que sejam respeitadas as decisões tomadas. Obviamente que não deixa de ter o seu sentido crítico. Institucionalmente temos de acreditar nos órgãos que existem na justiça desportiva, na sua isenção e imparcialidade."

É em fazer o melhor dentro de campo, no futebol e nas mais variadas modalidades que moldam o seu ecletismo, que o Sport Lisboa e Benfica está concentrado.

"No futebol e no desporto não há guerra. No nosso entender, o desporto joga-se nas quatro linhas. Os futebolistas e os atletas das várias modalidades é que são o centro das atenções do próprio desporto. É nos campos onde se jogam a vitória, o empate ou a derrota que o Benfica se concentra", rematou o vice-presidente.

Texto: João Sanches

Fotos: SL Benfica / Arquivo

Última atualização: 21 de março de 2024

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