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Futebol
Treinador do Benfica lançou a receção ao Gil Vicente na 5.ª jornada da Liga NOS, mas também colocou "pontos nos is" com informações pormenorizadas.
13 setembro 2019, 17h10
Bruno Lage
Em conferência de Imprensa no auditório do Caixa Futebol Campus, o treinador projetou o duelo que tem início marcado para as 19h00 de sábado no Estádio da Luz, mas também falou detalhamente sobre opções e atuação no mercado de transferências de verão, além de explicar ao pormenor a mudança e as vantagens do novo figurino dos estágios que precedem os jogos em casa.
Como foi a preparação deste encontro tendo em conta a ausência de muitos internacionais durante semana e meia?
O jogo foi preparado ao detalhe, com menos tempo do que é normal pelo facto de termos tido jogadores nas seleções, mas foi preparado com o maior rigor e detalhe possível, porque vamos defrontar uma boa equipa, que está em construção e que nestas primeiras jornadas já causou surpresas. Temos de estar no nosso melhor para voltar a fazer um bom jogo, uma boa exibição e ganhar os três pontos.
Disse que pretendia um plantel curto, equilibrado e competitivo. Neste momento tem um grupo com 29 jogadores. Isto dificulta o seu trabalho e a gestão de expectativas?
Não. Pela infelicidade que temos tido com algumas lesões, o número é adequado ao que pretendemos. Como tenho boa memória, vou aproveitar esta pergunta para falar de algo que ficou em aberto sobre o mercado de transferências, até para os nossos adeptos perceberem como trabalhámos...
"Vou começar por duas declarações de jogadores: Cádiz e Odysseas. Cádiz, a quem desejo o melhor sucesso, disse isto: 'O treinador chamou-me, disse-me a verdade, foi uma verdade difícil, mas disse-me a verdade, e eu entendi que a melhor solução para a minha carreira era jogar noutro lado.' Isto serve para reforçar que a minha relação com os jogadores é de verdade. O segundo ponto é a questão do Ody. Numa entrevista hoje publicada, ele esclarece que estava a par de tudo, porque foi a primeira pessoa a ser informada que nós pretendíamos mais um guarda-redes para tornar a posição mais competitiva. Vamos falar do que se passou numa posição para que se perceba o que se fez e a maneira como se trabalhou. Sabendo que tínhamos dois jovens valores, Ivan Zlobin e Svilar, entendemos que poderíamos trazer mais experiência para o lugar, dar mais competitividade a Odysseas. Ele ouviu, percebeu e, a partir daí, começámos a atacar o mercado."
"Primeiro jogador a ser abordado: Cillessen. Em dois, três dias percebemos que era muito difícil trazer o jogador, por uma razão: enquanto não formos um Campeonato mais competitivo, há determinados jogadores que não vamos conseguir. Este foi um deles. Preferiu ir para o Valência. Deixámos cair este nome em dois, três dias, mas vejam o que se passou na Comunicação Social... O segundo nome felizmente ninguém soube, é sinal de que trabalhamos bem, mas vou revelá-lo aqui: Fabianski. Num dia percebemos que por questões financeiras, até porque o West Ham tinha acabado de comprar o jogador, seria impossível. Até que surgiu a terceira possibilidade, consequência do facto de Buffon regressar à Juventus e Perin aparecer como solução. Atacámos e conseguimos, mas, infelizmente, o jogador tinha uma lesão que impediu que chegássemos a um acordo final. Faço aqui um reparo: o trabalho competente do nosso departamento médico foi por várias razões transformado em incompetência... Não há nenhum clube que não tenha passado por uma situação destas. Por último: Gulácsi. Recebemos a informação de que o clube dele lhe tinha prometido um projeto diferente, mas depressa ficámos a saber que não havia hipótese de entrarmos em negociações."
"Vejam a forma verdadeira, correta e profissional como trabalhámos, o nível qualitativo que queríamos trazer. Nunca falámos em número um, mas em trazer jogadores de qualidade para que o plantel se tornasse mais competitivo e para nos batermos nas várias frentes nacionais e na Liga dos Campeões. Depois foi passado que estaríamos à procura de um número dois... Também é fundamental os jornalistas perceberem que fontes estão a contactar, que tipo de informação lhes chega e perceber se essas mesmas informações são verdadeiras ou não. Tem de haver cuidado... E vou dar mais um exemplo: alguns de vós, esta semana, informaram que Gabriel estava a treinar e preparado para jogar. Eu não o vi no treino! Quem é que vos informou disso? Eu não o vi no treino!"
Houve notícias sobre possíveis saídas de Zivkovic, Fejsa e Cervi no mercado de verão. Falou com eles?
Vou responder à pergunta, mas o tema fica fechado. No dia em que se encerrou o mercado de transferências, falei com todos os jogadores que tinham perspetivas de sair. E todos contam neste momento. Mas contam mesmo!
Morato foi o último reforço para chegar para o plantel da equipa B. Desportivamente, o que é que este central poderá dar no médio prazo?
Neste período de seleções, estiveram connosco o Morato e também jogadores das equipas B, Sub-23 e de Juniores. Acho que nos pode trazer muito a médio prazo. Tem de crescer e terá o seu espaço, como muitos outros, de jogar na equipa B e de treinar entre a A e a B. O nosso trabalho, em termos de formação, é proporcionar todas as condições para que os jogadores cheguem à equipa B, e depois, nesse patamar, dar-lhes oportunidade de competir na II Liga. Depende deles, do trabalho, do rendimento e das oportunidades que vão surgindo em cima, porque, numa perspetiva de mercado, é para a equipa B que vamos olhar sempre primeiro.
Tem o plantel necessário e forte para todos os objetivos?
Isso só saberemos no fim. O que disse na primeira entrevista da época é que essa tem de ser a nossa ambição, as frentes nacionais e fazer uma Liga dos Campeões à altura do Benfica. Foi com essa ideia que construímos o plantel, com critério. Até há uma frase que usamos aqui dentro: podemos falhar o jogador, mas não podemos falhar o critério.
Contou com muitas ausências nestas duas semanas. De que forma é que as mesmas condicionaram a preparação da equipa para este jogo? Este é também o regresso ao Estádio da Luz após a derrota frente ao FC Porto. A vitória em Braga de alguma forma ajudou a limpar a frustração do clássico?
Procuramos sempre a perfeição e fazer bem no jogo seguinte. Essa resposta foi dada. Da mesma maneira que não podemos levar para dentro do campo aquilo que já ganhámos, também não vamos levar o jogo que perdemos. Temos de dar continuidade ao nosso trabalho, e esse é o foco. Tivemos um período longo de treino, dividido em duas partes. Começámos ontem [quinta-feira] a preparar o jogo com o Gil Vicente. Nós, equipa grande em várias frentes, temos de ter dois, três dias para preparar um jogo, e tudo foi feito da melhor maneira. O facto de termos vários jogadores nas seleções também leva a que os que ficam procurem evoluir individual e coletivamente.
Raul de Tomas e Seferovic marcaram um golo em quatro jornadas. Há preocupação?
Depende do ponto de vista... Se a nossa equipa não marcasse golos, estaríamos todos preocupados. A equipa tem feito golos, e no último jogo tanto o Seferovic como o Raul iriam marcar em lances que depois terminaram com autogolos. A grande preocupação, e vendo a questão de uma forma coletiva, é olharmos para aquilo que a equipa produz. Tem um estilo, uma forma de jogar e cria muitas oportunidades de golo. A análise que temos de fazer é sobre a quantidade de oportunidades de golo que criamos, a quantidade de jogadores preparados para finalizar nesse momento e a quantidade de golos que vamos marcando.
Pode contar com Florentino para o jogo com o Gil Vicente? Taarabt chegou diferente depois de ter representado a seleção de Marrocos ao fim de cinco anos de ausência?
Não, Florentino não pode jogar com o Gil Vicente. Taarabt? Chegou diferente, sim, chegou como capitão da equipa nacional de Marrocos, com uma ambição enorme de continuar a trabalhar bem.
O treinador do Gil Vicente, Vítor Oliveira, diz que a sua equipa não pode entrar na Luz com medo, caso contrário seria vergado por uma derrota copiosa. Como interpreta esta avaliação?
É a avaliação correta de um treinador com enorme experiência, com muitos títulos, uma carreira invejável e que diz apenas a verdade, porque foi isso que eu vi nos primeiros jogos do Gil Vicente: uma equipa com boa organização, a ter cuidados defensivos quando joga contra uma equipa forte como fez contra o FC Porto e com os olhos na baliza do adversário no momento em que recupera a bola. Por isso é que temos de estar ao nosso melhor nível.
"Não há uma pergunta, mas ainda há algo para esclarecer, porque foi muito falado: o Benfica fazer ou não fazer estágios antes dos jogos em casa. Como se falou, e muito, como causa da derrota com o FC Porto, vamos esclarecer... Ao cancelar os estágios, foi com um objetivo: aproximar o trabalho de um grande clube como o Benfica ao trabalho dos grandes clubes por essa Europa fora. Vamos pôr o seguinte cenário: imaginem jogarmos sábado, quarta e sábado, como vai ser agora. Qualquer jogador passa três ou quatro noites em casa. Nós entendemos que o repouso e a recuperação em casa é melhor. Preferimos que, numa véspera de jogo em casa, se mantenham no conforto do seu lar. Como clube grande que somos, temos várias ferramentas do nosso lado que ajudam a que isso aconteça. Existe uma hora de recolher: às 19h00, o jogador está em casa. Se for caso disso, nós proporcionamos daqui a refeição para o jogador e para a sua família. Todos eles, de véspera, usam a pulseira para controlo do sono. Estamos a dar-lhes a oportunidade de estarem com a família e cada um deles poder dormir em casa, no seu colchão, na sua almofada."
"No dia seguinte, a concentração é de manhã, para o pequeno-almoço e reuniões, para jogarmos a partir das 18h00. São medidas para irmos ao encontro do melhor para o jogador. Temos dados objetivos que nos dizem que eles descansam melhor em casa do que fora. Fizemos esse teste nos primeiros 15 dias da pré-temporada. Correu tudo bem. Fizemos o primeiro jogo com o Paços de Ferreira, correu bem. Depois fizemos um jogo que não correu bem, porque dentro de campo não estivemos bem, e começamos a pôr tudo em causa."
"Exceções – e isto é importante as pessoas perceberem: nos dias seguintes aos regressos das seleções, porque tivemos pouco tempo para trabalhar. Falando da preparação para o jogo com o Gil Vicente: temos muita informação para passar e, hoje, temos estágio porque queremos que os jogadores voltem a estar juntos, para voltarmos a falar e trabalhar todos os pormenores."
Texto: João Sanches
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024