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Andebol
Central encerra ligação de três temporadas às águias.
14 maio 2020, 12h10
Pedro Seabra
Peça essencial na conquista de uma Taça de Portugal e de uma Supertaça, em entrevista ao Site Oficial o andebolista lamenta deixar o Clube sem a conquista do título nacional.
"Qualquer mudança está associada a um desafio e a novos sentimentos. Por isso recordo o entusiasmo com que cheguei ao Benfica. Estava numa altura da carreira em que queria ser profissional e, de entre todas as hipóteses, escolhi o Benfica para dar seguimento ao meu crescimento enquanto jogador e pessoa. O Benfica é um clube com uma dimensão desportiva muito grande e que oferece condições de excelência para que os atletas das diferentes modalidades possam ser profissionais e ter o foco principal na competição, cabe depois a cada um de nós tirar o melhor proveito disso."
"Escolhi o Benfica para crescer como jogador e pessoa"
"Pela gravidade e pelo timing, a lesão é marcante na minha passagem pelo Benfica. Em termos de gravidade é difícil colocar em palavras a sensação de não se conseguir mobilizar uma parte do nosso corpo, parece simplesmente algo que é nosso por direito e nesse sentido a recuperação foi um desafio psicológico muito grande. Talvez tenha sido a minha maior conquista, recuperar de uma lesão desta gravidade e ainda no mesmo ano representar a Seleção no apuramento para um europeu que viria a ser histórico. Tive todo o apoio da estrutura médica do Benfica e também em Alcoitão, onde realizei terapia ocupacional. Estou agradecido a todos os que ajudaram nesse processo. Esta lesão terá sido talvez o momento mais triste enquanto desportista também pelo timing. Estava prestes a regressar à Seleção e estava há uns bons meses num nível fantástico no Benfica, com as conquistas da Taça de Portugal e da Supertaça e depois das eliminatórias europeias que individualmente foram muito boas da minha parte contra equipas como o Hannover. Mas o desporto tem destes contratempos e temos de saber superar. A verdade é que tinha tanta vontade de ajudar que acabei mesmo por regressar ainda com limitações físicas na mão. Mas tudo isso foi uma experiência que me fez crescer enquanto homem."
"Os melhores momentos são sem dúvida os que partilhei com pessoas fantásticas que conheci. Atletas com quem dividi o balneário e membros do staff, fiquei com uma relação forte com muitos deles e que irá certamente perdurar no tempo. Isso é algo que não tem preço. Desportivamente, como é lógico, as conquistas da Taça de Portugal e da Supertaça, para além do processo de recuperação da equipa nesta temporada. A verdade é que em dezembro a época estava longe dos nossos objetivos e a desilusão era tremenda. Todo o processo invisível que fizemos no balneário para recuperar e ir a tempo de fazer coisas boas foi algo que me deu muito prazer."
"Quando cheguei, olhei para os números das conquistas do andebol que temos à entrada do balneário e propus a mim próprio mudá-los a todos. O da Taça de Portugal e da Supertaça mudaram, infelizmente não conseguimos conquistar o título nacional. Isso é a grande mágoa que levo destes três anos porque sei que era possível e era esse o grande propósito, queria muito ficar ligado a essa conquista. Não consegui e há que aceitar isso, mas saio com a consciência de que o meu compromisso e dedicação foram sempre máximos."
"Os melhores momentos foram os que partilhei com as pessoas fantásticas que conheci"
"No desporto a linha entre o sucesso e o insucesso é muito ténue. No primeiro ano podíamos ter feito melhor como provámos pela forma indiscutível como vencemos o Sporting, que tinha sido campeão na final da Taça. No entanto, essa equipa tinha muitos jovens pelo que penso que poderia fazer parte do crescimento. Quando regressámos e voltámos a vencer o Sporting na Supertaça sem margem para dúvidas, a maioria das pessoas em Portugal dava o Benfica como favorito à conquista do campeonato. Estávamos num momento muito bom. Inclusive no jogo para o Campeonato no João Rocha dominámos o jogo novamente, acabando por perder por um golo mesmo no final, num jogo em que jogar fora de casa foi determinante. É aí que o desporto mostra então o seu lado mais atrativo, a imprevisibilidade. Chegam as eliminatórias da EHF e tanto nós, como o FC Porto defrontámos equipas alemãs. Ficou provado o valor do andebol português, com a passagem brilhante do FC Porto e com a qualidade que nós também demonstrámos ofensivamente frente ao Hannover. Faltou-nos coesão defensiva nessa eliminatória, curiosamente o nosso ponto forte na campanha brilhante deste ano da EHF. E é aqui que tudo começa a mudar para nós, na minha opinião por dois motivos: internamente tivemos a infelicidade de ter lesões sucessivas em elementos-chave do plantel. Primeiro a minha longa paragem; mal regresso, o Alexandre Cavalcanti lesiona-se e não joga mais nessa época falhando toda a fase final e, como se não bastasse, no início da época seguinte o Bélone sofre também uma lesão grave. Foi precisamente um ano sem contar com elementos importantes na primeira linha. Em segundo lugar, essa eliminatória marcou uma transformação grande no nosso rival FC Porto, que, depois de três épocas sem vencer troféus, conseguiu atingir um nível e um patamar incrível. O nível que o FC Porto atingiu é top 10 da Europa e temos de reconhecer esse mérito, sendo que todo o andebol português vai beneficiar e evoluir de forma a acompanhar essa mudança."
"Este final de época foi muito triste para o desporto. No fundo, falámos até agora de três épocas, mas a verdade é que foram apenas duas. Sendo que em desporto tudo é possível, obviamente reconheço que o Campeonato estava muito complicado. Mas a pandemia retirou a possibilidade de lutar por mais uma Taça de Portugal e, mais importante ainda, a possibilidade de chegar à final four da EHF. Estávamos a provar na Europa que, embora no Campeonato as coisas não estivessem a sair de feição, a nossa equipa tinha muita qualidade individual. Não é qualquer equipa que atinge os quartos de final de uma competição como a EHF. Estamos a falar do melhor que há na Europa logo a seguir aos grupos A e B da Liga dos Campeões. Pessoalmente tive a felicidade de ficar na história de conquistas inéditas por todos os clubes onde passei. No Benfica estava prestes a fazer parte da primeira equipa a atingir os quartos de final da Taça EHF neste formato atual, com possibilidades reais de atingir a final four. Foi uma caminhada fantástica e fica o amargo de não se saber o desfecho."
"A paixão pelo desporto é algo que nos une a todos"
"A pandemia abalou o mundo. Até agora falei muito do impacto no desporto, mas ela afetou todos os sectores e isso é muito mais importante do que o que se está a passar no mundo desportivo. A saúde das pessoas virá sempre em primeiro lugar. Tem sido um desafio à humanidade, que nos mostra o quão frágeis são as coisas que tomamos como garantidas, algo tão essencial como a nossa liberdade, por exemplo. Ainda teremos muitos desafios pela frente e não podemos perder o foco na vitória final que será o regresso ao que consideramos a normalidade."
"Gostava de ter tido a oportunidade de me despedir em campo das pessoas que sempre nos apoiaram. Dizer e garantir que nas modalidades há uma vontade enorme de enriquecer o palmarés do Clube e que eles são muito importantes para tornar essas conquistas possíveis. Certamente voltaremos a cruzar-nos pelos pavilhões, porque a paixão pelo desporto é algo que nos une a todos. Obrigado e até um dia!"
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024