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Futebol
28 dezembro 2020, 15h29
Jorge Jesus
Para o desafio com os algarvios, o Benfica tem treinado com a intenção de conquistar mais três pontos. Jorge Jesus concordou que quer a equipa a jogar ao nível do início da época e explicou a utilização de Weigl e que aspetos têm sido trabalhados.
O Benfica vai defrontar o Portimonense, último classificado da Liga NOS à entrada para a 11.ª jornada. Como é que este jogo está a ser preparado?
Cada jogo tem uma forma diferente de ser preparada, porque os adversários e as suas estratégias são diferentes. Temos trabalhado com a intenção e com a confiança de nos apresentarmos num bom patamar de forma para vencermos, que é o grande objetivo, e para nos chegarmos ao rival que está à nossa frente, que é o Sporting e que já jogou ontem [domingo]. Defender o segundo lugar e, ganhando, continuar na pegada da liderança, porque o nosso grande objetivo é ficar em primeiro lugar, onde já estivemos durante as primeiras cinco jornadas. Queremos recuperar essa posição!
Após a derrota, as equipas querem rapidamente voltar a jogar. Esta partida é encarada de uma forma ainda mais importante e com motivação, apesar de ser um adversário contra o qual o Benfica não costuma sentir grandes dificuldades?
A motivação é sempre máxima, independentemente das competições em que estamos inseridos. O Campeonato Nacional é o principal objetivo, o nosso e dos nossos rivais. A vitória é importantíssima para conseguirmos continuar ligados ao primeiro classificado. Não há outra forma de pensar. Apesar de virmos de uma derrota que nos custou muito e que sentimos, agora é ter outro jogo com a importância que tem o duelo com o Portimonense. A equipa vai querer jogar a um nível superior para ganhar.
O treinador do Portimonense, na antevisão, afirmou que o Benfica não está no seu melhor nível. Concorda com essa ideia?
Se fizermos um balanço das 10 jornadas, claro que já estivemos melhor, pois fomos primeiros e hoje estamos em segundo, por isso, como é óbvio, não estamos tão bem. Sabemos o que queremos, para onde caminhamos. O Benfica tem uma estrutura onde todos sabemos as nossas responsabilidades. O que queremos agora é ganhar este jogo para estarmos colados ao primeiro classificado. Há dois meses estávamos invictos, com cinco vitórias em cinco jornadas. Não estar tão bem como estivemos tem três jogos, um mês. Queremos voltar ao primeiro lugar, e para isso temos de ganhar ao Portimonense.
Gosta mais do futebol que o Benfica apresenta nesta altura ou do que se viu no começo do Campeonato?
Não quero fazer comparações. O que eu gosto mais é de que o Benfica volte a jogar ao nível com que começou. Tivemos um início forte, com sete vitórias consecutivas. É esse futebol que quero, e melhorando-o, porque temos capacidade para o fazer. Regressar aos nossos patamares e evoluí-los, para jogarmos mais, ficarmos mais fortes e recuperarmos a posição que queremos, que é a de primeiro classificado do Campeonato.
A consistência e a pontuação são o mais importante no Campeonato?
O Benfica teve nota artística no começo, nalguns jogos, por isso é que fomos líderes invictos do Campeonato durante cinco jornadas. O Benfica tem argumentos e capacidade para desenvolver cada vez mais um futebol de mais qualidade. Em Portugal está mais difícil, porque as equipas adversárias, fazendo o seu trabalho, preocupam-se muito em estar fechados e tirar tempo de jogo, mas temos de nos adaptar, estar preparados para isso e arranjar argumentos para essa ideia de jogo. Não é uma nota negativa aos nossos adversários, é um facto e temos de arranjar argumentos para ultrapassar isso. O Benfica procura o primeiro lugar do Campeonato, onde já esteve. Temos a consciência de que se tem falado muito das notas negativas do Benfica, e não me interessa estar aqui a fazer comparações. Queremos jogar melhor do que nas últimas jornadas... O Benfica está em segundo, só há um à frente e temos tempo para voltar ao futebol em que eu acredito. A nota artística... vamos tê-la mais nuns jogos do que noutros. Agora nem é muito importante ter nota artística, porque não temos adeptos e eles é que merecem o espetáculo. Não é por causa disso que não acontece a nota artística, mas tem muito mais valor quando temos o Estádio com 60 mil adeptos, é muito mais brilhante. Estamos a trabalhar para isso, não pondo um sentido tão negativo neste campeonato que estamos a fazer. Somos segundos, mas o que queremos é voltar a ser primeiros classificados.
O que pode dizer sobre a utilização e exibições de Weigl?
De há uns meses para cá que o Benfica, o SC Braga e o FC Porto jogam de três em três dias. É natural e normal que, falando concretamente do Benfica, não joguem sempre os mesmos. É impossível! Se o Julien [Weigl] joga mais e depois não joga, é porque há uma rotatividade da equipa em função das cargas que temos em cada jogo. Não se trata de o Julien – ou outro jogador – estar melhor ou não. Às vezes, até está melhor, fez um jogo excelente, mas não pode jogar no seguinte, tem de jogar outro, porque a carga física foi enorme. Têm de perceber que as decisões do treinador têm que ver com isto. Ele tem vindo a melhorar, a evoluir. Para mim, foi dos melhores em campo na Supertaça, com o FC Porto. Já lhe disse isso pessoalmente. Os jogadores que trabalham comigo, evoluem.
Que aspetos específicos tem trabalhado com ele para o melhorar?
Temos trabalhado mais nos aspetos sem bola. Com bola, é um jogador de nível alto, mas estou a tentar incutir mais agressividade nele sem bola. E agressividade não é dar cotoveladas nos adversários ou pontapés. É uma forma de jogar em que tem de ser mais agressivo. É algo que lhe passo, a ele e ao Adel [Taarabt]. São situações de posicionamento e de pressão.
Luisão vai sentar-se no banco, depois do que aconteceu na Supertaça?
Na Supertaça só sei que aconteceu uma coisa: é que perdemos, com o FC Porto, e doeu-nos muito. É a única coisa factual que eu sei. Tudo o resto que queiram escrever... têm todo o direito. Eu, Presidente, Rui Costa e Tiago Pinto (agora não, porque ele está infetado com COVID-19...) temos conversas regulares, quase diárias, sobre o Benfica e as nossas estratégias. Na nossa estrutura todos sabemos o que temos de fazer. Para ficarem esclarecidos, o Luisão foi para o banco na Supertaça porque o Rui Costa entendeu que naquele jogo, não estando o Tiago Pinto, devia convidá-lo para estar lá. Não quer dizer que vá continuar a ir para o banco, porque essa não é a posição do Luisão. A posição dele é acompanhar-me todos os dias no trabalho com a equipa em vários fatores, e também com o Rui, com o Presidente e com o Tiago, que agora não está cá. O que temos conversado e estipulado é que o Luisão amanhã [terça-feira] vai para o banco.
Sente a confiança do Presidente Luís Filipe Vieira e de Rui Costa?
Não posso responder a perguntas que não existem; não posso responder a perguntas fabricadas. Todos os dias, eu, Presidente, Rui Costa e Luisão, nas vezes em que nós os três achamos que ele tem de estar presente, falamos sobre o Benfica. O Clube tem orientação desportiva. Todos nós sabemos o que queremos e para aonde vamos. A pergunta que está a fazer nunca existiu. Como é que posso responder? Tenho de responder a coisas factuais. Temos conversas sobre a equipa, o mercado, o jogo… é para isso que há a estrutura de futebol.
Vê disponibilidade por parte da SAD para o Benfica ir ao mercado? Falo concretamente de William Carvalho e de Arão...
Quanto ao mercado, ele vai abrir para todos os clubes. Ninguém pode garantir que não entra ninguém ou não sai ninguém. Se o mercado abre, todas as equipas pensam em ajustar os plantéis. O Benfica está no mercado. Podem não entrar ou sair, pode entrar alguém e sair alguém… Se alguém sair, tem de entrar alguém. Na nossa cabeça está o dia a dia e o nosso jogo a jogo, pensando que, quando chegar a janeiro, temos de estar preparados para o que possa aparecer no mercado. Sobre o William e o Arão… foram dois jogadores que orientei. Não preciso de dizer o valor deles. O que tenho de rentabilizar são os jogadores que trabalham comigo, principalmente os daquelas posições [6 e 8]: o Samaris, o Julien [Weigl], o Gabriel, o Chiquinho, o Pizzi, o Adel [Taarabt]. O que me importa é trabalhar todos os dias para que sejam melhores.