Marco Tavares e João Sousa: da falta de competição à Champions

Ainda com idade de júnior, Marco Tavares e João Sousa foram os guarda-redes que permitiram à equipa de futsal do SL Benfica ultrapassar com distinção um ciclo de três jogos em que, num caso sem precedentes, não pôde contar com nenhum dos três principais donos da baliza.

Futsal Minerva, Futsal Azeméis e Candoso. Três vitórias, 22 golos marcados e apenas quatro sofridos. Um cenário aparentemente normal, não estivéssemos a falar de três desafios sem a presença de André Sousa, Diego Roncaglio e Martim Figueira, os habituais guarda-redes da formação orientada por Joel Rocha. O primeiro por lesão, os outros dois por teste positivo à COVID-19.

Do sector de formação, sem competições oficiais nesta temporada, chegaram Marco Tavares (na foto acima) e João Sousa. Os dois jovens ainda não tinham digerido a chamada à equipa principal e já estavam no avião com destino a Berna.

"É um sonho. Acordar com uma chamada a dizer que era para ir para a Suíça jogar a UEFA Futsal Champions League. Tive a oportunidade de jogar, fiquei felicíssimo, passei a semana toda a sorrir, mesmo com máscara estive sempre com um sorriso de orelha a orelha", referiu Marco Tavares, de 18 anos, em declarações à BTV, no final do encontro com o Candoso, destacando igualmente a rápida adaptação ao grupo.

"O balneário é muito forte. São todos muito companheiros e amigos, integraram-nos muito bem. Vim aqui fazer o que mais gosto e com os melhores à minha frente foi tudo mais fácil", reconheceu Marco Tavares.

Também João Sousa (na foto acima), com apenas 17 anos, teve a oportunidade de fazer a estreia como sénior tanto na UEFA Futsal Champions League como na Liga Placard e não escondeu a felicidade.

"Foi fantástico, a equipa recebeu-nos de braços abertos. Desde o treinador, ao capitão, toda a gente… Foi uma experiência espetacular desde o primeiro treino até agora, sempre unidos", assinalou o jovem guardião, que, tal como Marco Tavares, aproveitou a oportunidade para somar minutos de competição.

"Pensava que este ia ser um ano perdido, que não íamos aprender nada, que íamos estagnar, mas o destino provou-nos que nada está escrito", salientou João Sousa.