Voleibol
12 outubro 2021, 11h31
Ivo Casas e Marcel Matz
O treinador dos encarnados admitiu que tem agora um melhor conhecimento do adversário, mas alerta que a equipa terá de "trabalhar bem" para poder seguir em frente.
"Para este jogo há mais dados de parte a parte para definir a estratégia. O Bigbank Tartu é uma equipa nova, que explora melhor os pontos fortes quando está na frente do resultado, mas não são tão experientes como a nossa equipa. Não é uma equipa forte de marcar, porque varia o jogo. Mesmo estudando mais, não quer dizer que tenhamos mais sucesso. Teremos de trabalhar bem e tentar colocar pressão no jogo deles. Temos de conseguir ganhar dois sets, mas vamos entrar com uma equipa forte para ganhar", garantiu.
Bilhetes para o jogo
Este vai ser o quinto jogo em 11 dias para a equipa de voleibol. Marcel Matz assumiu que o grupo ainda não está na forma física ideal, explicou o porquê, mas confia no crescimento exibicional.
"A temporada é muito longa. Temos uma situação diferente das outras equipas em Portugal, porque, nos últimos anos, jogámos a Supertaça. Ou seja, temos de subir rápido de forma sem ter adaptação em relação ao ritmo de jogo. A nossa equipa conhece-se bem e isso é positivo. Estamos com uma rotina forte, com jogos, viagens e apenas a descansar o que dá. Isso prejudica a evolução da equipa e de quem não joga tanto. É uma realidade. Temos de gerir para não assumir um risco grande. Mas a equipa vai crescer, tenho a certeza. Temos conseguido bons resultados", frisou.
O plantel recebeu várias caras novas em 2021/22, alguns atletas ainda bastante jovens. Estão a integrar-se, são elementos em quem Marcel Matz deposita grandes esperanças.
"Há tudo para trabalhar. Os mais novos estão a chegar agora, têm uma faixa etária mais jovem e este grupo é muito experiente. Eles têm de se sentir à vontade, mas têm potencial. Têm de ter paciência, porque agora estão a jogar os atletas mais estruturados com o Benfica. Ao longo da temporada vão ter mais oportunidades, nomeadamente ao nível de gestão, dependendo de como corre a Liga dos Campeões. Aí, vou ter de lançar os mais jovens e serão boas oportunidades para eles aproveitarem", alertou.
O jogo com os estónios é na Luz e os adeptos do Benfica estão convocados para apoiar a equipa.
"Temos uma cultura dentro da equipa em que não estamos aqui só para ganhar jogos. Temos uma responsabilidade maior, como treinadores e como atletas de um clube grande, que é tentar trazer adeptos e jogar com o pavilhão lotado. Temos tido resultados também nisso, mas é nossa responsabilidade trazer pessoas aos jogos e promover as modalidades", destacou o técnico.
Líbero das águias, Ivo Casas perspetivou o embate desta quarta-feira a contar para a segunda mão da 1.ª pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. O calendário tem sido duro, mas o internacional português recusou qualquer tipo de gestão.
"A vantagem de ter um grupo como o nosso é que é possível ter opções para todas as posições. Dá para gerir o desgaste dos jogadores, apesar de ser um grande volume de jogos num curto período de tempo. Em relação à gestão da eliminatória, não tem de haver gestão. Tem de ser a melhor equipa para o momento, porque temos de ganhar dois sets para seguir para a próxima fase. A gestão é fazer tudo para ganhar o jogo. Dois sets chegam, mas o foco está em ganhar o jogo e queremos fazer isso o mais depressa possível", considerou.
"Estamos bem, somos fortes fisicamente e estamos habituados a viagens. Claro que existe desgaste acumulado, mas a equipa está bem e vai apresentar-se bem. Temos de eliminar os pontos fortes do adversário. Eles servem bem e os pontas são muito bons. A nossa equipa é experiente e não os podemos deixar galvanizar", avisou o camisola 7.
"O voleibol atual passa muito por jogo de serviço. As equipas focam-se nisso e tiram dividendos de servir bem. As equipas que jogam contra nós sabem que têm de servir bem para não facilitarem o nosso side-out, porque, se assim for, é difícil jogar contra nós. As equipas sabem que, contra nós, têm de forçar o serviço. Não acho que seja uma coisa que esteja menos bem. É fruto, também, da qualidade do adversário e temos de aguentar a pressão. São momentos do jogo", analisou ainda Ivo Casas.
O Pavilhão n.º 2 da Luz pode contar com os Benfiquistas nas bancadas. O líbero espera casa cheia e apoio incessante, porque, assim, será mais fácil ganhar.
"Faz toda a diferença. É um fator impulsionador para nos galvanizarmos em momentos mais difíceis. Os nossos adeptos interagem e puxam por nós. Estão connosco nos bons e nos maus momentos. No domingo, com a Fonte do Bastardo, estávamos a perder no 1.º set e os adeptos não se calaram e continuaram a cantar para nos motivar. Isso, depois, é notório dentro de campo. Ajuda sempre tê-los por perto, os adeptos identificam-se com a equipa de voleibol e com a mística do grupo", reconheceu.