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Judo
"Sempre fui muito feliz (...) e sempre me senti acarinhada pelos Sócios e pela estrutura…", assim explicou a judoca ao elencar as razões para continuar de águia ao peito até ao fim deste ciclo olímpico.
16 novembro 2021, 19h04
Telma Monteiro com o Presidente do SL Benfica, Rui Costa
"Entrei no Benfica em 2007 e nunca tive razões para sair. Sempre fui muito feliz no Clube, sempre me senti acarinhada pelos Sócios e pela estrutura, sempre me senti ouvida. Só temos de mudar quando não estamos felizes, e eu estou feliz. Por isso é que vou continuar aqui. Tem sido sempre uma decisão muito óbvia a de continuar. Vai ser uma ligação para sempre. Mesmo depois de terminar a carreira, a minha ligação ao Benfica não vai terminar", vincou, em palavras dirigidas à BTV.
"Vai ser uma ligação para sempre, mesmo depois de terminar a carreira, a minha ligação ao Benfica não vai terminar"
Telma Monteiro, judoca do SL Benfica
Caído o pano nos Jogos Olímpicos de Tóquio, muito se pensou que era o fim da carreira desportiva de Telma Monteiro. A atleta explicou por que razão vai fazer o ciclo olímpico de 2024, até aos Jogos de Paris.
"Primeiro do que tudo, dizer que estou muito feliz, foi uma decisão muito pensada. Sinceramente, antes dos Jogos Olímpicos, pensei que a decisão de não continuar como atleta de alto rendimento estava tomada, mas durante as férias não tirava da cabeça a forma como podia derrotar as minhas adversárias. Ainda tinha muita vontade de competir e ainda tenho muito espírito de sacrifício para poder atingir os objetivos. Com 35 anos, a caminho dos 36, vai sendo cada vez mais difícil, mas tenho o que é preciso: capacidade de sacrifício e saber o máximo que tenho de dar para chegar aos objetivos. Ainda tenho essa capacidade e a paixão por querer ganhar, e decidi continuar", esclareceu.
"Já fiz um ano do ciclo olímpico. Era suposto ter acabado no ano passado [o certame foi adiado de 2020 para 2021 devido à pandemia]. Portanto, já comecei. No próximo ano arranca o apuramento olímpico, e se eu alcançar a presença nos Jogos Olímpicos, serei a única judoca do mundo com seis Jogos Olímpicos. Isso é um desafio que me motiva ainda mais", acrescentou Telma Monteiro.
Considerada a melhor judoca portuguesa de sempre, a benfiquista conta já com 15 medalhas em outras tantas participações em Campeonatos da Europa: seis de ouro (2021, 2015, 2012, 2009, 2007 e 2006), duas de prata (2020 e 2011) e sete de bronze (2019, 2018, 2014, 2013, 2010, 2005 e 2004); tem cinco medalhas em Campeonatos do Mundo: quatro de prata (2007, 2009, 2010 e 2014) e uma de bronze (2005); e a medalha de bronze conquistada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
A atleta, que começou a carreira a competir na categoria de -52 kg, mas que alterou para os -57 kg em 2009, tem, também, várias medalhas de ouro conquistadas em Taças do Mundo, Taças da Europa, Grand Prix e Grand Slam.
"Acima de tudo, acho que já ultrapassei essa fase de querer provar. Sinceramente, não tenho mais nada a provar e tenho a certeza do que sou capaz. Ninguém acreditava que chegaria a Tóquio como uma candidata a mais uma medalha olímpica. Cheguei lá como cabeça de série, com a possibilidade de alcançar o pódio olímpico. Chegar aos Jogos de Paris com 37, quase 38 anos, é um desafio que não é fácil, mas acredito que vou lá chegar com esta capacidade de treino… Será um feito histórico, mas vou com o pensamento de que posso ganhar cada combate que vou fazer", considerou.
"Ainda tinha muita vontade de competir e ainda tenho muito espírito de sacrifício para poder atingir os objetivos"
Em abril de 2021, em Lisboa, a atleta conquistou a medalha de ouro, perfazendo 15 pódios em Europeus. Para este feito trabalhou muito e alerta que "a confiança começa antes".
"Fui Campeã da Europa por acreditar, e não foi ter sido Campeã da Europa que me fez acreditar. A confiança começa antes, e eu trabalhei muito. Acreditei muito nas minhas capacidades, sabia que era um título que podia alcançar, ainda que com toda a dificuldade adjacente. Eu não preciso de ganhar para ter essa confiança. Claro que foi uma motivação enorme e surpreendeu muitas pessoas, mas, se há algo que provei, é que não há barreiras para mim. Não sou uma atleta da média, tenho uma capacidade psicológica diferente. Isso tem feito a diferença na minha carreira", reconheceu.
Ao contrário do que acontecia no início da carreira, hoje em dia, o desporto no feminino e os atletas olímpicos são duas realidades bem mais conhecidas e, sobretudo, reconhecidas. Telma Monteiro congratulou essa evolução e assumiu que "o Benfica tem dado o exemplo".
"Ao longo do tempo, as coisas evoluíram muito. Antes, ninguém percebia muito bem o que era o judo. Perguntavam-me se fazia karaté. Entretanto, houve uma proximidade grande à modalidade, ao desporto no feminino e aos atletas olímpicos. As pessoas valorizam mais, porque talvez através das redes sociais percebam melhor como trabalhamos e o esforço que é feito. Isso não tem a ver com o género, tem a ver com a dedicação e com a exigência. O Benfica tem dado o exemplo, veja-se o futebol feminino e as modalidades de pavilhão. Comecei no Benfica com o Projeto Olímpico, o Clube foi pioneiro e agora há outros clubes a seguir este exemplo. Há o aproximar das pessoas ao desporto no feminino e, de facto, não há diferença. Não temos de ser diferenciadas pelo género, e o Benfica tem sido um exemplo. Fico feliz por ter feito parte desta evolução, tem sido um orgulho fazer parte dessa história", enfatizou.
No pretérito dia 5 de novembro, os judocas do Benfica foram surpreendidos pelo Presidente Rui Costa num treino. A benfiquista revelou como tudo aconteceu…
"Tinha falado com o Presidente antes… É bom haver este contacto com os atletas, porque sentimo-nos reconhecidos e valorizados. É diferente saber o que fazemos e ver o que fazemos. É bom e importante haver esta ligação, porque todos queremos dar o melhor para que o Benfica tenha sucesso", elogiou Telma Monteiro.
Texto: Marco Rebelo
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica
Última atualização: 16 de novembro de 2021