João Mário: "Temos de estar ao mais alto nível contra um bom adversário"

ANTEVISÃO

Orgulhoso com o trajeto encarnado na fase de grupos da Liga dos Campeões, João Mário ambiciona uma nova página de êxito já a partir da 1.ª mão dos oitavos de final, que terá início nesta quarta-feira, 15 de fevereiro, diante do Club Brugge, fora de casa, no Estádio Jan Breydel (20h00).

Numa temporada em que tem apresentado um alto nível exibicional, com golos e assistências, o internacional português sente-se mais maduro e frio nas zonas de finalização e garante que o coletivo liderado por Roger Schmidt está "confiante", mas necessitará de estar na "máxima força" para levar de vencida os belgas, como destacou nas entrevistas rápidas à BTV e CNN.

"Muito feliz no Clube" e focado em "ganhar títulos pelo Benfica", já na conferência de Imprensa de antevisão à 1.ª mão dos oitavos de final da Champions League, João Mário reforçou a vontade de entrar em campo "ao mais alto nível" para ultrapassar o próximo adversário.

O Benfica regressa à Liga dos Campeões. O grupo irá continuar a mostrar o perfil europeu evidenciado até aqui?

Acima de tudo é isso que desejamos. Estamos de volta a uma competição importante, a melhor em termos de clubes e sabemos que temos de estar ao mais alto nível para realizar um grande jogo contra um bom adversário. Estamos muito motivados para fazer um grande jogo.

Foi eleito Melhor Médio do Mês (dezembro/janeiro) na Liga Bwin. O que trouxe o treinador Roger Schmidt ao seu estilo de jogo?

Os prémios individuais são sempre bons, fico contente. É fruto do trabalho coletivo e agradeço à equipa, que me tem ajudado bastante. O míster colocou-me a jogar numa posição e numa ideia tática de que gosto muito, com futebol ofensivo, o que me ajuda não só a mim como aos meus colegas. Jogamos um futebol que me agrada bastante e isso beneficia-me muito.

Tem 16 golos marcados e nove assistências nesta época, e pelos números é a sua melhor temporada de sempre. Esta é a melhor equipa em que já jogou? Este é o sistema tático a que melhor se adapta?

É sempre difícil fazer comparações com outros clubes em que já joguei. Sinto-me muito confortável nesta forma de jogar e estou muito feliz neste Clube. A maturidade e o melhor conhecimento do jogo fizeram-me ter estes números, mas podemos sempre melhorar, é aí que está o meu foco. Há muito por atingir e quero ganhar títulos pelo Benfica. É esse o principal objetivo.

Disse que Roger Schmidt o colocou numa posição em que gosta de atuar. Na época passada, jogava como médio-centro e falava-se de uma suposta falta de intensidade sua quando algo não corria de feição. Entende essa crítica? O que mudou?

A falta de intensidade é desculpa para tudo, hoje em dia. Não concordo. A intensidade deve ser colocada sempre de forma coletiva e não acho que tenha que ver com a posição. Estou mais confiante com o passar dos jogos, e, se jogasse a 8 neste Benfica, poderia fazê-lo bem. Em comparação com a época passada, não se trata de falta de intensidade. Há um banalizar dessa expressão.

O Club Brugge mudou de treinador, é agora comandado pelo inglês Scott Parker. Que adversário espera?

É um jogo de Champions e olhamos ao que foi feito na fase grupos. O Brugge tem um treinador diferente, mas tem jogadores com muito talento e uma mescla entre atletas jovens e experientes. É um rival que joga em casa, pratica bom futebol e será certamente difícil vencer o jogo. Só um grande Benfica conseguirá vencer.

Como perspetiva o possível reencontro com Yaremchuk?

É um grande amigo nosso, uma grande pessoa e jogador também. Estamos muito contentes por defrontá-lo. Esperamos que não marque, mas é um excelente rapaz e ajudou-nos muito. Desejo-lhe o melhor.