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Hóquei em Patins Feminino
Guarda-redes abordou a trajetória vitoriosa na Luz em entrevista ao programa "Protagonista", da BTV.
14 junho 2023, 16h49
Maria Vieira com o taça do Decacampeonato
O encantador acervo de imagens da BTV proporcionou, nesta semana, um regresso a 2013, numa altura em que o projeto da equipa feminina de hóquei em patins do Benfica começava a gatinhar. Na baliza dessa nova equipa, pontificava uma jovem de 16 anos, ainda de aparelho nos dentes e com todo o maravilhoso empolgamento da idade. Há 10 anos, Maria Vieira era uma guarda-redes promissora, que o treinador, Paulo Almeida, considerava ser um grande talento das balizas. À BTV, Maria Vieira, com aquele ar próprio da adolescência, desenhava um imaginário projeto de vitórias com a camisola do seu clube do coração. Não era apenas o fervor de uma noviça, era algo que surgia como antevisão feérica de uma hegemonia que nascia precisamente ali.
E, 10 anos depois, Maria Vieira, em entrevista ao programa Protagonista, relembra esses risonhos dias do início da equipa feminina de hóquei em patins. "Estávamos longe de imaginar isto. E isto são 10 títulos consecutivos para o Benfica, para os nossos adeptos, para nós, para o treinador, que está comigo desde o início e sempre me apoiou, nos bons, mas principalmente nos maus momentos, para o staff e para toda a gente que acreditou em nós e nos apoiou. Foi difícil, porque, na altura, fora do Clube, ninguém acreditava na nossa equipa, ouvimos comentários muito desagradáveis, que o projeto do Benfica estava condenado ao insucesso. Eu era uma jovem menina, de apenas 16 anos, custou-me ouvir as coisas que ouvi, mas o nosso treinador sempre nos incentivou, e a verdade é que, contra todas as expectativas, fomos logo campeãs, nesse ano", recordou Maria Vieira, a decacampeã nacional de hóquei em patins.
"Hoje, cada título, cada troféu conquistado, sei dar-lhe o valor. Há 10 anos, com 16 anos, não sabia"
Maria Vieira
GANHAR À BENFICA
Nos corredores de acesso ao estúdio da BTV, onde o programa foi gravado, a guarda-redes do Benfica, internacional portuguesa, traz consigo um passo firme, ao lado da taça de campeão, um troféu maciço, pesado, mas que permite uma viagem entre a mais recente conquista e a primeira, que deu início a este cortejo de 10 títulos consecutivos. "Não digo que o sabor é igual, porque não é. Hoje, aos 26 anos, sou uma mulher, amadureci, cresci, formei-me e aprendi a ganhar, consecutivamente. Hoje, cada título, cada troféu conquistado, sei dar-lhe o valor. Há 10 anos, com 16 anos, não sabia. Ganhei, mas só alguns anos mais tarde é que aprendi, realmente, a dar o valor às nossas conquistas. Acho que isso se chama amadurecer. Hoje, tenho uma visão diferente da vida, tenho sonhos diferentes. A única coisa igual é o benfiquismo. Esse não mudou e nunca mudará. Há 10 anos, antes mesmo de ser campeã, a alegria de jogar no Benfica, no meu clube, já era uma conquista enorme para mim. Só mais tarde é que me comecei a aperceber de tudo o resto. Do que significa para nós, para os adeptos, para o Benfica. Ganhar, muitas vezes, contra tudo e contra todos, é uma sensação incrível que tenho a sorte de poder desfrutar, como jogadora e como benfiquista", confessou a internacional portuguesa.
BIG TEN
Valorizar as vitórias, sofrer com as derrotas, foi algo que Maria Vieira foi aprendendo a juntar, numa forma representada de ser Benfica. A guarda-redes, considerada uma das melhores do mundo, foi-se habituando à ideia de usar o rótulo de jogadora à Benfica como uma extensão natural da sua paixão pelo Clube e como consequência da forma como sempre o defendeu. "Nesta equipa, neste clube, não existe outra forma de estar, a não ser jogar pelo Clube, pelo símbolo, pelos adeptos. Muitas vezes, é isso que nos dá aquela força de que precisamos para ir mais além. Foi também por isso que doeu bastante a forma como perdemos a Liga Europeia, perante os nossos adeptos. Ainda não tive coragem de rever o jogo. Foi uma desilusão enorme, porque nós queríamos tanto que o Benfica trouxesse a final four para a Luz, e depois não conseguimos. Por um detalhe, porque andamos lá perto. Perdemos sempre por um golo, temos estado sempre perto. É por isso que tenho a certeza de que vamos conseguir outra vez. Já ganhámos uma vez, e numa altura em que o projeto não estava tão consolidado, e vamos conseguir outra vez. Vamos dar esse título aos nossos adeptos e ao Benfica. É uma pedra no nosso sapato, mas logo a seguir ao jogo das meias-finais, no balneário, juntei as minhas colegas e disse-lhes: 'Temos duas formas de reagir a isto: ou nos deixamos abater por este resultado, ou vamos atrás do decacampeonato, que é algo que nunca foi atingido por uma equipa do Benfica'", desvendou Maria Vieira.
"É incrível o ambiente que se vive nas modalidades do Benfica. Festejamos juntos, choramos juntos, somos todos parte de uma grande família"
NOVO RECORDE
A forma como as jogadoras do Benfica se viciaram nas vitórias e em novas conquistas é o primórdio original de cada troféu que conseguem trazer para o Museu Cosme Damião. Impassíveis perante o curso da história que estão a construir, assim que venceram o decacampeonato, traçaram imediatamente novos objetivos. "No jantar em que festejámos a conquista do decacampeonato, fomos ver que nome é que se dá a uma equipa que vence onze títulos consecutivos. Até porque, em Portugal, uma equipa doutro clube também conseguiu 10 títulos consecutivos, em hóquei em patins masculino. Não esquecemos que foi há um ano que demos o primeiro título ao nosso presidente, Rui Costa. Aliás, quero destacar a sua presença nos treinos da equipa, logo a seguir à nossa eliminação da Liga Europeia, para nos dar força e para nos incentivar para o resto da temporada. Tem sido um apoio muito importante para nós, como foi, há um ano, quando ganhámos a Taça de Portugal, na sua presença", reconheceu a jogadora, dias antes de erguer a 9.ª Taça de Portugal, após a vitória do passado domingo, 11 de junho, sobre o CA Feira (1-5).
O BENFICA DENTRO DO BENFICA
Há uma espécie de Benfica dentro do Benfica. Todos os atletas das modalidades do Clube reconhecem esse lugar de comunhão entre staffs, treinadores, atletas e equipas do Benfica. É um universo que exige compromisso, benfiquismo e dedicação. "O espaço das modalidades, no Benfica, é único. É uma família, entre atletas das mais variadas modalidades e que nós levamos para as nossas vidas sociais. As nossas vitórias começam ali, as nossas derrotas também são curadas ali. Quando perdemos a meia-final da Liga Europeia, no mesmo dia, sentimos o conforto de atletas de outras equipas do Benfica, estiveram no pavilhão a apoiar-nos. No dia seguinte, quando nos cruzávamos com atletas e outras pessoas, de todas as modalidades, fomos incentivadas, há sempre uma palavra amiga e de conforto. E nós, no hóquei em patins, fazemos o mesmo. Vamos aos pavilhões apoiar as nossas equipas e, quando não o podemos fazer, não deixamos de incentivar, de outras formas. É incrível o ambiente que se vive nas modalidades do Benfica, e não faço distinções entre equipas masculinas e femininas. Festejamos juntos, choramos juntos, somos todos parte de uma grande família. Vamos a casa uns dos outros, fazemos férias juntos, é realmente indescritível o que se passa nas modalidades do Clube. Depois, claro, quem chega encontra este carinho e sente-se rapidamente integrado. E quando saem, saem benfiquistas para toda a vida. É muito especial. Depois da conquista deste título, chorei, e ainda hoje tenho dificuldade em conter as emoções. Mas chorei com a minha gente, é bom chorar pelo Benfica", admite a decacampeã nacional de hóquei em patins.
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024