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Basquetebol
Depois do Bicampeonato conquistado de águia ao peito, o base da equipa de Norberto Alves já colocou a si mesmo um desafio para a próxima época.
19 junho 2023, 16h48
José Barbosa
Chegou ao Benfica há dois anos, carregado de expectativas e ambição. Era um desejo antigo do clube da Luz, e a contratação de Norberto Alves facilitou a sua entrada num admirável mundo novo. Portas abertas para o paraíso desportivo em que se tornou, nos últimos anos, o Benfica para os seus atletas.
"Por isso é que os jogadores que vêm de fora querem ficar. Adoram o Benfica. Mesmo jogadores como o Toney Douglas, o Makram ou o Broussard, grandes jogadores, estrelas, com enorme experiência internacional, chegam ao Benfica e ficam rendidos. As condições que o Benfica oferece, o ambiente em torno das modalidades, os adeptos, pavilhões cheios... Não há nada para não gostar no Benfica. É um clube incrível e que acolhe muito bem os seus atletas. Eu não fiquei surpreendido, porque era isto que estava à espera de encontrar. Vinha para ganhar títulos, vinha para ser campeão, para estar nos maiores palcos europeus, e tudo tem corrido da forma que eu esperava", disse José Barbosa.
Numa entrevista ao programa Protagonista, na BTV, o base benfiquista foi recordando os momentos mais críticos, mais tensos e mais determinantes de um título conquistado em condições físicas extremas e de grande desgaste mental.
"O nosso treinador, Norberto Alves, preparou-nos muito bem para a dimensão mental. Nós sabíamos que o Sporting iria apostar nessa caraterística que eles têm, de muita agressividade defensiva e de transcendência quando nos defrontam. Ainda por cima, vinham motivados pela forma avassaladora como eliminaram o FC Porto nas meias-finais. Era fundamental estarmos bem preparados mentalmente para estes jogos. Época muito longa, vários jogadores cansados, teríamos de apelar à nossa capacidade de sacrifício. E o trabalho do treinador foi muito direcionado para o lado mental do jogo e desta final", disse.
"Vinha para ganhar títulos, vinha para ser campeão, para estar nos maiores palcos europeus, e tudo tem corrido da forma que eu esperava"
José Barbosa
ARRASADOR NO JOGO 3
Uma preparação mental que ganhou contornos mais vivazes depois da derrota, na Luz, no segundo jogo. O base do Benfica confessou que esse foi um momento decisivo da eliminatória.
"Nós sabíamos que poucas pessoas acreditavam que fôssemos a Alvalade buscar duas vitórias. E também sabíamos que o Sporting, nesses dois jogos em casa, iria apostar tudo em desgastar-nos, em apertar connosco, em criar condições para que fôssemos abaixo animicamente. Apostaram nisso, mas nós demos uma resposta incrível. Ganhámos o terceiro jogo e, da forma como ganhámos, foi avassalador. Uma diferença de mais de 40 pontos e estávamos, outra vez, à frente da eliminatória. Foi um resultado que os intimidou, tenho a certeza. Fizemos um grande jogo, e todos voltaram a acreditar que podíamos ser campeões", relembrou José Barbosa.
IVAN "CALMO" ALMEIDA
Ainda nesse jogo 3, várias incidências marcaram o desenrolar desse encontro e deixariam pistas para o jogo seguinte. Mas a expulsão de Travante Williams, ao intervalo, acionou uma espécie de alarme na equipa benfiquista. Era necessário proteger Ivan Almeida das constantes provocações de que era alvo.
"Ao intervalo, depois de sabermos que o Travante tinha sido expulso, dissemos ao Ivan que teria de resistir às provocações, porque iriam fazer tudo para o expulsar, para o tirar do jogo. O Ivan tranquilizou-nos e fez uma grande segunda parte. Aliás, fez um play-off final exemplar. É um grande jogador, muito importante para a nossa equipa, alguns adversários não gostam do seu estilo mais vigoroso, mais físico, e estão constantemente a provocá-lo. Tentamos reagir a isso como equipa e concentrando-nos no basquetebol e na qualidade que o Ivan acrescenta à equipa."
"Época muito longa, vários jogadores cansados, teríamos de apelar à nossa capacidade de sacrifício. E o trabalho do treinador foi muito direcionado para o lado mental do jogo e desta final"
COM OU SEM TRAVANTE
A expulsão do explosivo jogador do Sporting tornou-se polémica, depois de uma decisão bizarra do Conselho de Disciplinada Federação Portuguesa de Basquetebol.
"Nós preparámos o jogo a pensar que o Travante iria jogar. O nosso treinador antecipou que ele ia jogar, tinha a suspeita de que algo iria acontecer que faria com que o Travante jogasse. Mas, para nós, jogadores, só passou a estar claro mais perto da hora do jogo, quando saiu o comunicado que confirmava a sua presença no jogo. Para nós, começou por não poder jogar, depois já era possível que jogasse, mais tarde era assumido que iria jogar, e depois o comunicado confirmou. Posso confidenciar. Sou, habitualmente, uma pessoa calma, que se foca apenas no jogo e deixa de lado tudo o que é extra-basquetebol. Mas, desta vez, foi diferente. Senti uma frustração muito grande quando soube que o Travante poderia jogar. Tentei focar-me apenas no jogo, no que tínhamos de fazer para o ganhar, mas a frustração era muito grande. Aconteceu algo que eu pensava que não deveria ter acontecido, mas depois fomos para o jogo e conseguimos colocar a nossa estratégia e a nossa capacidade mental para sermos campeões logo ali", adiantou.
APARECE TONEY DOUGLAS
Com Travante em campo, ainda assim, a missão do Benfica era simples e, simultaneamente, clara: ganhar o jogo e festejar o Bicampeonato. Tentando antecipar o que faria o Sporting, depois do vexame anterior, e colocar em campo uma forma agressiva de defender e que voltasse a surpreender o adversário.
"A equipa estava esgotada, vários jogadores estavam nas lonas, na reserva, depois de um ano extenuante, muito desgastante, com os jogos da Liga dos Campeões, mas fomos para ganhar e fechar o campeonato. Desta vez, o nosso treinador apostou em antecipar qual seria a resposta do Sporting ao jogo anterior, que novidades é que traria para o jogo para nos surpreender. E tínhamos de ser muito agressivos na defesa. A verdade é que não conseguiram surpreender-nos, defendemos muito bem, e quando as coisas estavam mais equilibradas, em que o jogo poderia pender para um lado ou para o outro, apareceu o Toney, com a sua experiência, com a sua qualidade, com a sua liderança. Puxou por nós, e, na fase mais crítica do jogo, disparámos mais uma vez no marcador, e aí o Sporting quebrou. Sentimos realmente que íamos ser campeões", confessou José Barbosa, numa memória tocante de um momento de glória.
"A forma como festejou [Betinho] com os adeptos, após o seu segundo triplo, nos momentos finais, é de um jogador completamente dedicado ao Clube"
SEMPRE BETINHO
Já com uma diferença pontual que quase confirmava o Benfica como vencedor do jogo e do campeonato, nos últimos instantes sobressaíram dois triplos de Betinho que tornaram impossível qualquer tipo de reação do Sporting.
"Depois do segundo triplo, pensei 'está feito'. No banco já se festejava o título, e nada melhor que ser o Betinho a dar aquela machadada final. É um jogador icónico, espero continuar a jogar ao lado dele, é um exemplo para todos nós, um dos melhores jogadores da história do basquetebol português e do Benfica, e continua a ser um exemplo de humildade. A forma como festejou com os adeptos, após o seu segundo triplo, nos momentos finais, é de um jogador completamente dedicado ao Clube. No balneário, o meu cacifo é ao lado do dele, partilhamos muitas coisas, é uma figura ímpar do basquetebol, do Benfica, mas que continua a ser de uma humildade incrível. É um campeão, que mantém intactas as suas qualidades, e um exemplo para todos nós."
Texto: José Marinho
Fotos: Victória Ribeiro / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024