Águias bem alto no topo da Europa

Estrela da Amadora (2-0), Gil Vicente (2-3), Vitória SC (4-0), Vizela (1-2), Portimonense (1-3), FC Porto (1-0) e, no passado sábado, 7 de outubro, o Estoril (0-1). Sete adversários diferentes e outras tantas vitórias consecutivas na Liga Betclic, numa sequência que ilustra a resposta avassaladora e autoritária do Benfica ao único jogo da competição em que não somou pontos, frente ao Boavista, logo à 1.ª jornada. Na Premier League, na La Liga, na Serie A, na Bundesliga e na Ligue 1, todos ficaram pelo caminho na missão de alcançar um registo semelhante.

A melhor série vigente do Campeonato nasceu em 19 de agosto e estendeu-se até à segunda pausa para os compromissos de seleções da presente temporada, ficando, agora, em suspenso até à próxima batalha pelo bicampeonato: receção ao Casa Pia, da 9.ª jornada, no próximo dia 28 de outubro.

O hiato competitivo convida a um ponto de situação, e a janela aberta para a Europa mostra que o momento de forma da equipa de Roger Schmidt a nível interno não é para qualquer um. Tendo em conta a amostra dos 7 principais campeonatos do ranking da UEFA, apenas os neerlandeses do PSV têm uma série melhor que a dos encarnados. Líder isolado da Eredivisie, o conjunto de Eindhoven soma 8 vitórias nas 8 primeiras jornadas da competição (Utrecht, Vitesse, RKC Waalwijk, NEC, Almere, Go Ahead Eagles, Volendam e Sparta Roterdão) e é o único 100% vitorioso na respetiva liga entre a elite do Velho Continente. E é, também, originária dos Países Baixos a equipa que está a morder os calcanhares ao Benfica neste campeonato à parte. Com 6 triunfos consecutivos, 1 a menos do que as águias, o Feyenoord fecha o pódio das melhores séries em curso, nas 7 principais ligas europeias.

Protagonistas de arranques fortíssimos nos respetivos campeonatos, Manchester City (Inglaterra) e o surpreendente Girona (Espanha) não conseguiram ampliar, recentemente, sequências de 6 vitórias seguidas. O campeão europeu e inglês foi derrotado na deslocação ao terreno do Wolverhampton (2-1), enquanto os catalães perderam, em casa, frente ao Real Madrid por 0-3, em partidas disputadas no passado dia 30 de setembro.

MÃO-CHEIA FOI SINÓNIMO DE QUEDA

Para chegar à 7.ª vitória consecutiva, o Benfica sobreviveu à síndrome da "mão-cheia" que vitimou grandes colossos europeus e logo com um triunfo no clássico do Estádio da Luz, diante do FC Porto (1-0). Isto porque, em sentido contrário aos encarnados, Liverpool, Barcelona, Real Madrid, Inter e AZ Alkmaar foram travados quando tentavam chegar ao 6.º triunfo seguido. Na visita ao Tottenham, num jogo marcado por muita polémica com o VAR, os reds perderam por 2-1 na 7.ª jornada da Premier League, enquanto o Barcelona empatou em Maiorca (2-2), e o Real Madrid saiu derrotado do dérbi da capital frente ao Atlético (3-1), na 7.ª e na 6.ª jornada de La Liga, respetivamente. Uma semana antes de receberem o Benfica, em San Siro, os nerazzurri perderam no seu estádio frente ao Sassuolo (1-2), na 6.ª ronda da Serie A.

Por fim, e novamente em terras neerlandesas, o AZ Alkmaar não demonstrou a mesma resiliência que os comandados de Roger Schmidt e cedeu um empate caseiro frente ao Heracles (1-1), num jogo em atraso da 3.ª jornada da Eredivisie, disputado no passado dia 28 de setembro.

No Sudoeste da Alemanha, o Estugarda, mais habituado a puxar da calculadora para as contas da permanência nos últimos anos, ainda se agarra à esperança de mudar essa sina e continuar na luta pelos lugares de topo da Bundesliga: passou a somar 5 vitórias seguidas após bater o Wolfsburgo (3-1) e vai lutar pela 6.ª no terreno do Union Berlim, já após a pausa para os compromissos de seleções.

FRANÇA NUMA REALIDADE À PARTE

Pautado por um grande equilíbrio, o principal escalão do futebol francês (Ligue 1) ainda não registou um período substancial de domínio por parte de nenhuma das 18 equipas que disputam a competição. Atual 2.º classificado, o Nice somou 3 triunfos consecutivos entre a 4.ª e a 6.ª jornada, e é, para já, o dono da melhor série no campeonato gaulês com um registo a alguma distância daquele que figura no percurso do Benfica, na presente temporada.