Resiliência para vencer dérbi

Neste sábado, 14 de outubro, às 21h30, a equipa de futsal do Benfica mede forças com o Sporting, no Pavilhão Fidelidade, num compromisso da 4.ª jornada da 1.ª fase da Liga Placard. Mário Silva, treinador das águias, e Arthur, jogador benfiquista, anteviram o encontro.

O técnico considera que "um dérbi é sempre um jogo de equilíbrios de várias ordens", desde a "qualidade das equipas", à "forma como trabalham o processo ofensivo e defensivo" e "como abordam o jogo estrategicamente", e também "do ponto de vista físico".

O líder encarnado definiu ainda outro paralelismo entre os dois conjuntos: "São duas equipas que vivem o mesmo constrangimento, que é receber atletas para preparar um jogo 48 horas depois. Para quem é treinador, é o maior handicap sentido, não poder preparar e adaptar estrategicamente o jogo da melhor forma."

Ouça Mário Silva

"Infelizmente, não é fácil tentar surpreender desta forma. Tentaremos fazê-lo e adaptar algumas situações para que isso se possa evidenciar em campo, mas a capacidade de sofrimento será sempre o mais determinante nestes jogos. Não fizemos tudo bem [na Supertaça], mas soubemos jogar quando estivemos por baixo e jogar bem e aproveitar quando estivemos por cima. Essa capacidade de sofrimento tem de ser ainda mais exacerbada neste dérbi, em virtude das condicionantes com que os atletas chegam", completou Mário Silva.

"A única diferença que temos face ao primeiro jogo [Supertaça] é que, por infelicidade de um atleta [Jacaré], que foi só quem fez três golos nesse jogo, não vai poder jogar, porque, hoje em dia, acabamos por andar a privilegiar mais quem finge do que quem quer jogar, e isso tem-se pagado caro", enalteceu o treinador das águias.

O técnico sublinhou que Jacaré "não merecia não poder jogar este jogo" e "que tem tido um comportamento excecional dentro de campo, mesmo após as expulsões", por isso, tem "pena por ele", e admite que se trata de um jogador com "influência em vários e determinados aspetos de jogo".

O timoneiro também não escondeu a singularidade que um dérbi representa: "Apesar de sabermos, de parte a parte, que o jogo não vai representar qualquer tipo de consequência em resultado desportivo final, porque esta competição decide-se em jogos a eliminar no final da época, sabemos que existe um cariz especial, porque é um Benfica-Sporting, em que queremos mostrar que estamos melhor do que eles, e o nosso adversário o mesmo."

"Por parte dos adeptos, o que espero e desejo é exatamente o mesmo. Um apoio incondicional do primeiro ao último minuto, quando estivermos por cima e por baixo, porque sei que é esse apoio que nos faz sempre dar algo mais", apontou ainda Mário Silva, dirigindo-se aos Benfiquistas.

Ouça Arthur

Embora confesse que "todos os dérbis são difíceis", Arthur vincou que o Benfica tem de "jogar sem medo".

"Perdemos um pouco por não termos todos os jogadores ao dispor durante a semana. Complica um pouco, mas já retornámos e temos de ter mais atenção ao que o Mário [Silva] pede, para chegar à hora do jogo e executar com excelência o que temos trabalhado", projetou o ala.

O internacional brasileiro revelou também o que tentará acrescentar ao jogo individualmente: "Venho fazer o meu trabalho, dar o meu melhor, fazer o que o Mário [Silva] tem encaminhado para nós, para entrar lá dentro, executar da melhor maneira e tentar sair com a vitória."

"Já soube que os bilhetes estão esgotados, isso anima-nos muito. Espero que todos os nossos adeptos venham encher o pavilhão. Eles são o nosso sexto jogador e, com certeza, vai ser uma excelente festa", apontou ainda Arthur.