Primeiro tempo vertiginoso ditou empate

RESUMO DO JOGO

A equipa B do Benfica empatou (2-2) com o Paços de Ferreira neste sábado, 30 de dezembro, no Estádio Capital do Móvel, em desafio da 15.ª jornada da Liga 2.

Num início de jogo frenético, João Rego obrigou Marafona a desviar para canto com um disparo potente de fora da área. Contudo, no lance seguinte, aos 3', foram os anfitriões a marcar, por intermédio de Matchoi, que concluiu um veloz contra-ataque (1-0).

Pouco depois, as águias – que contaram com Gustavo Marques, recém-estreante na equipa A, no sector defensivo – voltaram a socorrer-se da meia-distância para tentar ferir os adversários, desta feita com um tiro de Nuno Félix, mas o guarda-redes oponente segurou a dois tempos.

Porém, à passagem do 14.º minuto, os comandados de Nélson Veríssimo conseguiram mesmo empatar. Nas alturas, João Tomé entregou a Gilson Benchimol, que, em esforço na luta com os defesas, rematou para o fundo da baliza (1-1).

Kokubo, face a uma tentativa de longe de Matchoi, também teve de se aplicar para evitar a resposta imediata dos castores, mas nada podia fazer para impedir o tento de Brian Cipenga aos 24', que recolocou a sua equipa na frente com um belo gesto técnico seguido de um preciso remate em arco (2-1).

O ritmo de parada e resposta não abrandava e os benfiquistas conseguiram igualar novamente o duelo à meia hora de jogo. Adrian Bajrami lançou longo para a frente e Gilson Benchimol, beneficiando da saída em falso de Marafona, atirou para a baliza deserta (2-2), bisando no encontro.

Antes do intervalo, houve ainda tempo para Gerson Sousa, de ótima posição, cabecear ligeiramente por cima, Matchoi abanar o ferro da baliza encarnada e o mesmo atleta pacense receber o cartão vermelho direto por entrada imprudente sobre Pedro Santos.

Na segunda metade, a toada mudou significativamente, uma vez que, em desvantagem numérica, o Paços de Ferreira adotou uma postura mais conservadora. Assim, durante a maior parte destes 45 minutos, não se registaram aproximações de perigo às redes, com exceção para os disparos transviados de João Tomé e Rui Fonte, bem como para um cruzamento traiçoeiro de Francisco Domingues, que embateu na barra.

Na reta final, as águias atacaram com maior intensidade e frequência. No entanto, as tentativas de Gilson Benchimol, Gerson Sousa e Rafael Luís foram sustidas pelo guarda-redes adversário, e João Rego errou o alvo. Deste modo, o placar não se voltou a alterar e houve mesmo divisão de pontos no Estádio Capital do Móvel.

Na próxima jornada da Liga 2, a 16.ª, o Benfica recebe o Belenenses, no Campo n.º 1 do Benfica Campus, num embate agendado para as 15h30 de sábado, 6 de janeiro.

DECLARAÇÕES

Nélson Veríssimo (treinador do Benfica): "Assistimos a um bom jogo, aberto, as duas equipas queriam ganhar o jogo. O Paços criou-nos muitos problemas, porque também teve essa mentalidade de procurar ganhar o jogo, é muito forte em casa. Começámos em desvantagem muito cedo num golo que não podemos sofrer, numa saída em transição num canto. Ainda assim, mais uma vez, a equipa demonstrou caráter, atitude, demonstrou que tem capacidade para ir à procura do resultado, e foi isso que aconteceu. Fizemos o golo do empate, voltámos a sofrer o segundo golo numa situação de um contra um, e depois um grande golo do jogador do Paços. Tivemos de correr atrás do prejuízo. A partir do momento em que o Paços joga com menos um, naturalmente adota outra estratégia, mas, ainda assim, sentimos a necessidade de manter a equipa sempre equilibrada, porque sabíamos que o Paços ia procurar saídas em transição. A nossa perspetiva foi de refrescar, mas sempre com o intuito de procurar o golo da vitória, que podia ter acontecido."

Gilson Benchimol (avançado do Benfica, Homem do Jogo): "Demos tudo em campo, trabalhámos imenso em busca da vitória. A primeira parte foi muito dividida, ambas as equipas a criarem oportunidades e a jogarem muito bem. Já na segunda parte, devido à expulsão, estivemos claramente por cima, mas, mesmo assim, eles ainda tiveram uma ou outra oportunidade. A segunda parte foi de sacrifício e luta para tentar ir buscar a vitória. Este prémio [Homem do Jogo] é claramente o esforço de toda a equipa, porque sem ela não o receberia."

Rafael Rodrigues (defesa do Benfica): "Foi um resultado justo. A cair para algum lado, seria para nós, criámos mais oportunidades devido à expulsão. Devíamos ter criado mais oportunidades na segunda parte, arriscado um pouco mais, foi isso que nos faltou."