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Natação
Campeão do mundo nos 50 e 100 metros mariposa, o jovem nadador encarnado passou pela Catedral mal voltou de Doha. O jornal O Benfica acompanhou-o e conta-lhe tudo.
25 fevereiro 2024, 09h00
Diogo Ribeiro
Pouco depois de o campeão ter aterrado na capital portuguesa, vindo de duas desgastantes viagens de avião, na segunda-feira, 19 de fevereiro, o jornal O Benfica acompanhou Diogo Ribeiro, que passou pelo Estádio da Luz, após a calorosa receção no Aeroporto Humberto Delgado.
"Felizmente, estava cansado o suficiente para dormir durante as viagens. O que custou mais foi a escala, porque tinha acabado de dormir e quase não conseguia abrir os olhos, que estavam inchados", desabafa Diogo Ribeiro, felicitado por todos os que se cruzaram com ele na Luz: "Parabéns! Que orgulho!"
É, por isso, especial estar na Catedral, onde é sempre muito acarinhado. "A mensagem do Presidente Rui Costa é a mais importante que recebo sempre, acima do presidente da República, ou do primeiro-ministro. Pelo apoio que recebo do Presidente e do Clube. Se não fosse o Benfica, não tinha esta preparação nem o andamento necessário para competir a este nível", diz o jovem nadador.
Em competições anteriores, Diogo foi derrotado por alguns adversários, mas ficou a ter uma noção mais exata dos aspetos a melhorar neste Mundial. "O trabalho foi bem feito. Dois ouros superaram completamente as minhas expectativas", admite o nadador, que passou a ter mais 80 mil seguidores no Instagram após a brilhante prestação em Doha.
"A mensagem do Presidente Rui Costa é a mais importante que recebo sempre, acima do presidente da República, ou do primeiro-ministro. Pelo apoio que recebo do Presidente e do Clube"
Diogo Ribeiro
A ASNEIRA DO RIVAL E A LUZ DO TÍTULO
Na final dos 50 metros, Diogo tardou a perceber que era campeão do mundo. O pódio era certo, mas o 1.º lugar era uma incógnita, após ter tocado na parede. A explicação é simples: "Acendem-se três luzes para os primeiros lugares. Vi que tinha acendido. Ouvi o Michael Andrew, favorito à vitória, a dizer uma asneira e percebi que ou não tinha sido medalhado, ou não teria vencido. E o McEvoy (3.º), que ia ao meu lado, deu-me os parabéns. Então, reagi, e que sensação! Era o que queria desde o último Mundial [foi prata]! É um sentimento inexplicável. Tenho ido às provas com fome e ambição para fazer o meu melhor. Acho que mereci. Os atletas abdicam de muita coisa, e sinto que valeu a pena. Não mudava nada do que fiz até hoje, até os momentos maus."
Amigos fora da água, os rivais do nadador encarnado já não se espantam com as provas do português. "Até almoçamos todos juntos. Todos me deram os parabéns, e o mais importante é o desportivismo", realça Diogo Ribeiro, acrescentando que o seu desempenho deixa os oponentes com "medo" para os Jogos Olímpicos, competição na qual tem garantida presença neste ano, em Paris.
FATO-TALISMÃ A PEDIDO DA NAMORADA
Na final dos 100 metros mariposa, Diogo Ribeiro vestiu o fato de banho utilizado na prova dos 50 metros, mas nem era para ser assim… "Era para usar um fato novo, mas há quem diga que a 2.ª utilização é melhor do que a 1.ª, porque o fato está mais flexível. A minha namorada disse-me que queria que fosse com o fato da final dos 50 metros mariposa, e experimentei. Foi curioso e inesperado", revela.
Em Doha, como habitual, Diogo Ribeiro cumpriu o ritual antes de cada competição. Nunca pode falhar... Ao pescoço, o colar tem de estar composto na perfeição e não só. O nadador benze-se ao contrário e aponta para o céu, evocando o pai, já falecido. Já em cima do bloco, o abrir de braços é da praxe...
NOITES MAL DORMIDAS: "QUEM ME DERA SER JÁ"
E, se aparenta sempre uma enorme tranquilidade, Diogo Ribeiro dá-nos conta das dificuldades nas noites que antecederam as finais. "Antes de uma final não dá para estar tranquilo, a ansiedade e o nervosismo tomam conta do corpo e da cabeça. Na noite pós-medalha dos 100 metros mariposa, dormi 5 horas, o que, para quem vai nadar às 10h00 do dia seguinte… Custa a adormecer. Ficamos a pensar 'quem me dera ser já'", diz.
No quarto, tem por companheiro Miguel Nascimento, também ele atleta do Benfica, o que facilita tudo. "Nestes 3 anos, temos estado sempre juntos. Basicamente, somos irmãos. O Miguel era uma referência quando era mais novo. Já dizemos, na brincadeira, que até já sou tio da Magui, a filha dele." A propósito de noites no hotel, Diogo Ribeiro dormiu com as medalhas debaixo da almofada, e a de 50 metros partiu-se, talvez pela ação dos funcionários da limpeza. Felizmente, a medalha foi trocada junto da organização.
"É um prazer enorme representar o Benfica. Vou dar sempre o meu máximo para deixar os benfiquistas orgulhosos. Peço que continuem a apoiar-nos, porque sem eles não temos tanta motivação"
A CAMISOLA DA SORTE DO TIO
Em Doha, Diogo Ribeiro contou com o apoio incondicional da família e da namorada. Porém, o tio Fernando Matos, por motivos profissionais, não pôde deslocar-se ao local. Por isso, mesmo com as notificações desativadas, dadas as mensagens incalculáveis que caíram, houve um primeiro telefonema para Portugal.
"A minha tia disse para ligar ao tio, que trabalha num banco. 'Liga, que ele está a chorar.' Ele tem uma camisola da sorte e, mesmo com fato e gravata, vestiu-a na final dos 50 metros mariposa, e tinha dito ao chefe que eu ia ganhar. Nos 100 metros mariposa, vestiu-a outra vez, mas estava com a T-shirt por dentro do fato [risos]. Amo muito a minha família e sou um privilegiado", conta.
EMINEM PARA DAR GÁS
E que música descreveria esta jornada fantástica? “O We are the Champions”, responde, de pronto. O estilo muda quanto ao som que lhe dá maior motivação antes de nadar. “É o ‘Till I Collapse, do Eminem. Dá-me garra e fome de vencer.”
TATUAGEM EM STANDBY
Na mente de Diogo Ribeiro existe a vontade de marcar as duas medalhas de ouro no corpo. Todavia, a tatuagem desejada ainda não é garantida. "Disse à minha mãe, mas ela não gostou da ideia. A minha mãe manda em tudo, e por isso vou pensar melhor. Vou fazer uma tatuagem alusiva aos Jogos Olímpicos, quando for, mais que isso ainda não sei", refere, bem-disposto.
"DEIXAR OS BENFIQUISTAS ORGULHOSOS"
Ainda tão jovem, já é um exemplo para todos os que ambicionam altos voos. Imune à pressão, Diogo Ribeiro deixa uma mensagem ao universo benfiquista. "Agradeço-lhes, e é um prazer enorme representar o Benfica. Vou dar sempre o meu máximo para deixar os benfiquistas orgulhosos. Peço que continuem a apoiar-nos, porque sem eles não temos tanta motivação. Agradeço todas as mensagens. Ainda não vi todas, mas sei que foram enviadas com muito carinho, e espero continuar neste clube grande para sempre e imortalizar a minha presença aqui."
PROMETIDA DESFORRA COM FERNANDO PIMENTA
Ainda em Doha, Diogo Ribeiro esteve à conversa com Fernando Pimenta, canoísta dos encarnados, outro atleta de excelência. Entre gargalhadas, o nadador explica que caiu numa "armadilha". "Estou bastante desiludido com o meu amigo Fernando Pimenta", refere, antes de detalhar a "picardia". "Fomos dar umas braçadas, e na natação um sprint são 25 metros. Saltámos, e eu fui a brincar, como é óbvio. Parei aos 25 metros, olho para o lado, e o Fernando continua até aos 50 [risos]. E continuaria até aos 100, se fosse o caso, só para dizer que me tinha ganhado. Foi bastante engraçado, e espero que haja mais momentos destes", recorda. No ar está uma corrida de 10 km entre ambos. "Prometo uma vitória", atira, a rir.
Artigo publicado na edição de 23 de fevereiro do jornal O Benfica
Texto: Paulo Nunes Teixeira
Fotos: Victória Ribeiro / SL Benfica
Última atualização: 27 de fevereiro de 2024