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Futebol
16 agosto 2024, 15h06
Roger Schmidt
A determinação do treinador ficou bem vincada nas palavras que proferiu na conferência de Imprensa, no Benfica Campus, em que deu conta da necessária "calma" em torno do trabalho realizado e na crença nos "jogadores e na abordagem" da equipa.
Aliás, Roger Schmidt, confessando-se mais do que um treinador e colocando-se no papel que assume ter como adepto, compreende o desejo de sucesso dos Benfiquistas, sublinhando que esse é o propósito do grupo de trabalho que comanda: levar o Benfica às conquistas.
Há uns dias o míster Roger Schmidt disse que a equipa tem de dar outra resposta no jogo frente ao Casa Pia. É importante apenas vencer, ou fazer também um jogo de qualidade?
As duas coisas são sempre os nossos objetivos. Queremos vencer os jogos e fazê-lo com um bom futebol. Como treinador, estou convencido de que, se jogarmos um bom futebol, a probabilidade de ganhar é maior. É sempre o que procuramos, e foi o que fizemos durante a pré-temporada. No Benfica, se perdes um jogo, especialmente se perdes pontos, é sempre uma situação difícil, porque todos nós sabemos quais são os objetivos que temos no Campeonato. Sabemos que temos de ganhar muitos pontos durante a temporada, e já perdemos três pontos. Estamos sob pressão, isso é completamente claro. Temos de estar calmos nesta situação, especialmente eu, temos de acreditar em nós, temos de acreditar nos jogadores e na abordagem futebolística. Usámos esta semana para analisar o jogo, para nos prepararmos da melhor forma para jogarmos um bom jogo e vencer amanhã [sábado, 17 de agosto], pois é a única resposta que conta. Estamos desejosos de jogar no nosso Estádio, queremos mostrar aos nossos adeptos um bom jogo e conseguir uma vitória.
"Temos de estar calmos nesta situação, especialmente eu, temos de acreditar em nós, temos de acreditar nos jogadores e na abordagem futebolística"
Roger Schmidt
A última época não correu como o Benfica queria, e este ano também não começou da melhor maneira. Se estivesse no lugar dos adeptos do Benfica, o que acha que devia mudar? Vai mudar alguma coisa para este jogo com o Casa Pia?
Eu também sou um adepto do Benfica. Sou treinador, mas também um fã. Claro que, como disse anteriormente, queremos ser campeões todos os anos, mas, em Portugal, a competição é difícil. Na última época, lutámos quase até ao fim para nos sagrarmos campeões, mas, no fim, tivemos de aceitar que o Sporting fez uma época melhor e mereceu ser campeão. No entanto, penso que, olhando para as duas últimas temporadas, vemos que aconteceram várias coisas boas. Os títulos que conquistámos, apenas dois, mas, ainda assim, mais do que antes, e o desenvolvimento dos jogadores. A nossa missão também passa por substituir jogadores muito importantes, e, em dois anos, vários saíram, e tentámos ter uma equipa pronta a lutar pelos objetivos do Benfica. Em momentos difíceis, é muito importante ter paciência e acreditar na equipa, nos jogadores e em toda a gente que faz tudo diariamente para fazer os adeptos felizes. É essa a minha convicção. Perdemos o jogo no domingo [11 de agosto], e não era o que estávamos à espera. Jogar o primeiro jogo da Liga num domingo à tarde em Famalicão não é fácil. Não é que não possamos ganhar a partida, mas não é fácil. E depois, com a história do jogo, sobretudo com o golo cedo, eles [Famalicão] estiveram bem, defenderam bem e nós não fomos tão criativos no ataque. No final, tivemos de aceitar, mas ainda há mais 33 jornadas nesta temporada e é nisso que nos temos de focar.
"Eu também sou um adepto do Benfica. Sou treinador, mas também um fã. (...) Há mais 33 jornadas nesta temporada e é nisso que nos temos de focar"
Há desenvolvimentos em relação a Neres e a outros jogadores pretendidos por outros clubes, nomeadamente Kökcü e Morato? De que forma para si, enquanto treinador, é complicado lidar com a situação para que os jogadores se consigam abstrair do mercado?
Não é fácil, claro, mas é normal no futebol. Sempre que a janela de transferências está aberta temos este tipo de situação em que podemos perder jogadores, e, quando perdermos, temos de estar preparados para contratar outros jogadores para manter uma boa qualidade na equipa. Tento ser o mais honesto que posso ser com vocês [jornalistas], na conferência de Imprensa, mas penso que não faz sentido dar-vos sempre qual a situação e o momento de cada jogador. Temos uma transferência ou não? É isto que posso anunciar. Não posso estar sempre a falar de negociações de certos jogadores. Enquanto os jogadores aqui estiverem, são meus jogadores e jogadores do Benfica. Se saírem, saíram. Até ao momento, nada de concreto aconteceu. Há negociações, especialmente em torno de David [Neres], já o disse na semana passada. Temos uma situação clara: o jogador quer sair, mas tenho de dizer que ele é muito profissional e comporta-se muito bem no treino. Mas há negociações muito concretas e, claro, tenho de considerar sempre isso na preparação para os jogos. É esta a situação, e com os outros jogadores é o mesmo. Veremos o que acontece até ao último dia da janela de transferências, mas, claro, nas minhas decisões, também tenho de ver o comprometimento atual de cada jogador e decidir se pode, ou não, ser um jogador para a equipa.
Nos últimos dias surgiram algumas notícias que davam conta da disponibilidade de Sérgio Conceição para treinar o Benfica. Incomoda-o que isso aconteça numa altura em que o Benfica tem treinador?
De todo. Perdemos no domingo [11 de agosto], e, depois de o Benfica perder, ou mesmo empatar, há sempre debate e ruído em torno do Clube. O vosso trabalho passa por pegar nesses temas, mas esse não é o meu trabalho. O meu trabalho é manter-me calmo, focado e preparar a minha equipa. Neste momento, é isso que está na minha cabeça. Estou há muito tempo no futebol e não me deixo afetar por essas discussões. Aceito o que os media estão a fazer, mas, por favor, não pensem que isso me afeta de alguma maneira. De todo.
"Queremos começar amanhã [sábado, 17 de agosto], apresentar um muito bom futebol desde o início, com intensidade, com tudo o que estamos habituados a mostrar no nosso estádio, e, então, podemos dar o primeiro passo e depois muitos outros passos a seguir"
Disse que é treinador do Benfica, mas que também é adepto do Benfica. Colocando-se no lugar dos adeptos do Benfica, compreende esta contestação que vem desde o final da época passada (2023/24) e que passou para o início desta temporada 2024/25?
Claro que entendo. Se perdemos jogos e não temos sucesso, entendo a insatisfação dos adeptos. Porque o que esperam e o que querem é celebrar títulos e vitórias nos jogos connosco, também querem vencer os troféus e as competições. Entendo perfeitamente. É para isso que trabalhamos todos os dias, para atingir essa situação. Claro que a nossa esperança é vencer todos os títulos, mas também temos de ser realistas, e no futebol temos uma competição difícil. Não é fácil vencer títulos em Portugal, nem mesmo para o Benfica. Mas, na minha opinião, a nossa situação não é um desastre. Perdemos o primeiro jogo fora de casa, isso não é bom, torna tudo mais difícil, mas vejo os meus jogadores a trabalhar no treino, vi-os em toda a pré-época, quão bem podem jogar, a forma como se encaixam na abordagem futebolística, e, de momento, estamos a trabalhar para fazer os adeptos felizes de novo. Queremos começar amanhã [sábado, 17 de agosto], apresentar um muito bom futebol desde o início, com intensidade, com tudo o que estamos habituados a mostrar também no nosso estádio, e, então, podemos dar o primeiro passo e depois muitos outros passos a seguir.
Depois de uma temporada que não correu bem, o míster falou dos assobios dirigidos à equipa e que isso até podia prejudicar a sua performance. Após a derrota [em Famalicão] tem receio que isso se repita e que possa prejudicar a equipa frente ao Casa Pia?
Já falei muito sobre esse assunto e não vou falar mais dele. O melhor que temos a fazer é jogar um bom futebol amanhã [sábado, 17 de agosto], ganhar o jogo e estarmos todos unidos.