Ambições futuras sustentadas por três décadas de sucesso

REPORTAGEM BTV

Tavira é terra de peixe e de mar, mas também de muito Benfica! Conhecida pelo papel que desempenha no futebol de formação, e com projetos ambiciosos para o futuro, a embaixada n.º 36 do Clube celebrou os seus 30 anos num jantar que reuniu cerca de 250 pessoas.

Numa história que já se faz longa, "com altos e baixos", mas, acima de tudo, de "muito trabalho", a Casa Benfica Tavira completou três décadas de vida no dia 9 de junho. "Um marco histórico" para a embaixada – que atualmente conta com 300 sócios –, como expressou o recém-eleito presidente Osvaldo Severo, em declarações ao programa Pelas Casas do Benfica, da BTV.

"Entrei na Direção há quatro anos. Já conhecia a Casa, comprava aqui bilhetes para os jogos, ia a excursões, e depois fui aprendendo algumas coisas com o senhor Joaquim. Aqui, o associativismo é praticamente de borla. É o amor à camisola", explicou.

"Foi uma transação simples. Fizemos uma eleição há pouco mais de um mês. Só trocámos de posição, eu e o senhor Joaquim. Eu passei a presidente e ele a vice-presidente", acrescentou.

O agora vice-presidente Joaquim Soares, que presidiu a embaixada desde 2019 até 2024, revelou que a mudança foi pensada no sentido de trazer "pessoas mais novas e com outras ideias".

"Sinto-me mais aliviado. Vou continuar para dar apoio e explicar, porque criei alguma experiência nestes anos. Conseguimos, assim que passou a pandemia [da COVID-19], continuar a trabalhar. Queremos cada vez mais. As pessoas mais novas vêm com outras ideias, mas eu não vou desistir, porque isto faz parte de mim. A Casa Benfica Tavira e o Benfica fazem parte de mim", expressou.

As novas ideias passam pela implementação de outras modalidades, para além do futebol de formação, da sueca e do BTT, mas não só...

"Estamos a pensar criar a Casa 2.0. A nossa ambição é fazer crescer a Casa. A nossa ideia é expandir, ser uma Casa para todos, e alargar o leque de opções. Estamos a pensar incutir o padel e uma equipa de golfe", expôs o presidente Osvaldo Severo.

Na mesma ótica, Joaquim Soares partilhou que, quando se começou a trabalhar na Casa Benfica Santarém 2.0 – a primeira a receber o modelo –, não teve dúvidas quanto à necessidade de o mesmo suceder em Tavira.

"A Casa 2.0 cria postos de trabalho, a maneira como funciona é espetacular, e nós podemos dar uma oportunidade às pessoas, a nível social, a nível desportivo... Posso enumerar várias coisas. Desde que seja bem implementada e esteja a funcionar bem, pode criar muitas coisas", apontou.

Ao nível do futebol de formação, a Casa Benfica Tavira foi o palco dos primeiros passos de João Neves no mundo da bola. Um facto de relevância para a embaixada e para a cidade, e que tem atraído cada vez mais jovens.

"Temos uma importância muito grande, através do nosso futebol de formação. Os miúdos querem muito. Nunca chegámos ao limite, mas quase atingimos o limite. Nunca se diz 'não' a uma criança, e o coordenador técnico, o Pedro Neves, nisso, é espetacular", salientou o vice-presidente Joaquim Soares.

Osvaldo Severo referiu que a embaixada tem uma parceria com o Centro de Formação e Treino do Clube em Tavira e que são vários os jogadores que para lá encaminham.

"Temos a nossa escolinha, onde o Pedro Neves, pai do João [Neves], é o nosso coordenador técnico. Onde o João começou a jogar foi mesmo aqui. A nossa ligação direta ao Benfica é pelo CFT, temos mesmo um contrato com o Sport Lisboa e Benfica, em que, na nossa preferência, os miúdos são sempre encaminhados para o CFT", realçou.

Como em todas as Casas Benfica, o bom ambiente é sempre apontado como chamariz para quem as frequenta. Tavira não foge à regra e, pelas palavras do presidente, "o bar está a funcionar muito bem", e há também quem por ali se junte para jogar dominó.

No jantar de comemoração das três décadas da embaixada, estiveram presentes cerca de 250 pessoas. Um número avultado e que levou a que o evento fosse realizado num hotel. O convívio, a união e o amor ao Benfica deram ainda mais cor à festa, onde também esteve a Águia Vitória, muito requisitada pelos presentes.

Domingos Almeida Lima, vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica, começou por dizer que a ambição da Casa é "natural, salutar e desejável", deixando prenúncios de um futuro promissor.

"Felicitar os antigos e atuais dirigentes pelo trabalho notável que têm feito na Casa. Sobretudo, pela formação excelente que têm a nível de futebol. É um exemplo. É reconhecida a nível do país essa qualidade e, depois, com tanta qualidade, é natural que surjam craques como o João Neves. As minhas felicitações, muitos parabéns, e que nos próximos 30 anos tenham ainda uma melhor formação, uma Casa 2.0 a funcionar na plenitude, e que a Casa continue com esta força e dinâmica", desejou.

Estes são apenas alguns capítulos que constroem a história de 30 anos da Casa Benfica Tavira, focada no presente, mas com grandes metas para um futuro de ainda mais dinamismo desportivo e social.