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Futsal Feminino
Poucas equipas conseguem manter o desejo de conquistar títulos como a feminina de futsal do Benfica. Em entrevista ao programa da BTV, a ala Fifó revelou um pouco do segredo que torna estas jogadoras máquinas imparáveis de ganhar.
09 março 2025, 10h00
Fifó
Nesta semana, recebi, no Protagonista, da BTV, uma das jogadoras que mais têm contribuído para essa imparável sequência de vitórias. Em estúdio, pouco se revela da Ana Sofia Gonçalves, mas surge-nos a aura da Fifó, competidora implacável, que se estreou na equipa principal do Benfica aos 15 anos e, desde essa altura, se tornou uma presença imprescindível na quadra.
Percebemos que existe um gatilho emocional nestas jogadoras, e esse gatilho é o apito inicial de cada jogo. E todas elas respondem de uma forma pavloviana, com os olhos raiados por um desejo incontrolável de conquista. Tornou-se quase inato e uma segunda natureza de um pequeno mas buliçoso exército de amazonas no terreno. Entre o que disse em estúdio e o mais que lhe foi possível retirar, já de uma forma mais coloquial, eis o resultado de uma conversa amena e esclarecedora.
MENTALIDADE COMPETITIVA
"É o que nos faz ganhar tanto e querer ganhar ainda mais. Nunca nos satisfazemos com o que ganhámos, começamos logo a pensar na próxima vitória. Somos competitivas porque nascemos neste ambiente, foi a isso que nos habituaram, desde novas. Eu falo por mim, que cresci aqui, no Benfica, e desde muito nova que as jogadoras mais experientes me incutiram isso. Nos treinos, no dia a dia, nos jogos. Não dá para parar. Quem pára, perde o comboio e já não o apanha mais. Os adeptos exigem, o treinador exige, a estrutura exige. E depois as jogadoras são escolhidas em função do seu talento, mas também da sua vontade de ganhar. E isso nota-se nos treinos, onde ajuda bastante termos algumas das melhores jogadoras do mundo, e isso incentiva as mais novas, que querem seguir as suas pisadas. Mas sempre que me fazem essa questão, porque é que mante[1]mos esta fome de vitórias, respondo sempre da mesma forma: ‘porque ainda não ganhámos o suficiente.'"
TAÇA DA LIGA
"Era uma conquista importante para nós, por tudo o que aconteceu na época passada. Foi a única competição que nos escapou e numa altura em que nada o fazia prever. Algumas semanas antes, tínhamos sido campeãs europeias de clubes e, se calhar, houve ali algum deslumbramento da nossa parte, quando fomos disputar a final four da Taça da Liga. Foi um jogo muito disputado, tivemos muitas oportunidades que não conseguimos converter em golo, e, de repente, estávamos nas grandes penalidades, onde tudo pode acontecer. E aconteceu. Doeu bastante, e ainda hoje me questiono sobre o que se passou e como foi possível não termos vencido aquele jogo. Mas foi uma aprendizagem. Que nos custou bastante. Foram semanas muito difíceis, que nos custaram bastante a digerir, porque, por muito que ganhemos, quando aparece uma derrota, é o fim do mundo para nós. Nunca estamos preparadas para isso. Foi com esse espírito que fomos para a Taça da Liga neste ano. O primeiro jogo correu bem, mas a final foi, como se esperava, muito disputada. E, quando chegámos aos penáltis, claro que pensámos na época passada. Mas, por alguma razão, a Ana Catarina é a melhor guarda-redes do mundo.... Saiu-nos um peso de cima, porque, para uma equipa como a nossa, perder duas Taças da Liga seguidas não faz sentido."
O BOLÃO
"A nossa competitividade começa nos treinos, está presente no nosso dia a dia, mas há um momento da semana em que essa competitividade atinge os seus níveis mais elevados. É antes de começar o primeiro treino da semana, no bolão. Aí, sim, podem surgir as picardias entre nós, porque ninguém quer perder. O bolão é um jogo que se joga no campo inteiro e em que apenas se pode marcar golos de cabeça e dentro da área do nosso adversário. E todas as jogadoras têm de estar no meio-campo oposto. O treinador assiste, mas está à margem, porque se trata de algo entre as jogadoras. E as coisas podem aquecer, dentro dos limites que são aceitáveis. Numa equipa, estão sempre as jogadoras mais antigas, e na outra, as jogadoras que chegaram há menos tempo. E as coisas podem tornar-se, realmente, muito renhidas. Mas, para gerir esses momentos de maior intensidade, temos a nossa líder, a nossa capitã. E, claro, depois há jantares em questão, jantares que estão em atraso, devido à sobrecarga dos jogos, mas o bolão é um bom exemplo do caráter desta equipa, porque é esta vontade permanente de ganhar que levamos para a quadra e para os jogos."
ESTREIA AOS 15 ANOS
"Tenho 24 anos, mas já ando nisto há algum tempo. Pensei nisso há pouco tempo, quando a Sofia Calheiros se estreou na equipa principal, com 15 anos frente ao Sporting. Claro que me lembrei da minha estreia, do que significou para mim, da ajuda que tive das minhas colegas. E foi isso que tentei passar para a Sofia, para ela se libertar um pouco do nervosismo, que é sempre habitual nestas alturas. É uma equipa que sempre soube acolher as mais novas, mas com a exigência natural de quem quer continuar a ganhar e não pode facilitar. Elas sabem que podem contar sempre connosco, mas quando é preciso dar nas orelhas, também damos. E isso acontece connosco, também. Temos aqui jogadoras que são verdadeiras instituições no Clube. Mas a estreia da Sofia claro que mexeu um pouco comigo, porque somos duas, agora, a ter a sua estreia aos 15 anos pela equipa principal."
GANHAR A FASE REGULAR
"Falta-nos uma vitória em três jornadas. O Campeonato, agora, vai parar, devido à seleção, e isso acarreta sempre alguns problemas, sobretudo para as jogadoras que ficam. As que vão à seleção, quando regressarem, terão o problema da mudança de chip, mas, para este estágio, são sete joga[1]doras do nosso plantel que vão à seleção e vão sair de umas rotinas de treino e entrar noutras. Mas, claro, todas queremos jogar pelo nosso país, e vamos a Itália disputar a fase de acesso ao Mundial. Depois, regressamos para disputar as três últimas jornadas da fase regular, e esperamos conquistar três vitórias, mesmo que saibamos que nos basta uma para ganhar a fase regular. E isso dá-nos a vantagem para o playoff, de forma a conquistarmos mais um título de campeão e continuarmos a fazer história neste clube."
MUNDIAL À PORTA
"É impossível não pensar no Mundial. Será o primeiro, e todas queremos lá estar. Precisamos de ficar nos dois primeiros lugares do nosso grupo de apura[1]mento, e acredito que o vamos conseguir. Depois, estando no Mundial, será para o tentarmos vencer, sabendo que um Mundial é mais exigente do que um Europeu, porque estarão lá seleções como o Brasil ou a Argentina, por exemplo. Será um momento marcante das nossas carreiras, como será, um dia que a UEFA decida oficializar, a realização de uma Champions de clubes. Acredito que já esteve mais longe, e, quando ela vier a ser criada, será mais um momento para o Benfica fazer história, tendo uma das melhores equipas da Europa e do mundo."
OS MELHORES ADEPTOS DO MUNDO
"É para eles e por eles que jogamos. Pelos que nos apoiam nos pavilhões, e são cada vez mais, e por todos os benfiquistas que vibram com as nossas vitórias. Nos nossos pavilhões, sentimos um calor muito importante, e, naqueles momentos em que nos começam a faltar as pernas, são eles que nos levantam, que nos fazem ir buscar forças aonde pensamos que elas já não existem. Temos o nosso braço armado das modalidades, caras muito conhecidas, mesmo quando as bancadas não estão muito preenchidas, eles não faltam. Estão sempre lá para nós, e por isso é que é importante, para nós, aquele momento em que senti[1]mos o contacto com eles, no final dos jogos. Sentimos que estamos a retribuir o seu apoio. E adeptos como o senhor Zé, que está sempre lá, nos treinos, nos jogos. É alguém que respeitamos imenso, e ele sabe disso."
Artigo publicado na edição de 7 de março do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 9 de março de 2025