A Taça Revelação é nossa!

RESUMO DO JOGO

Já está! Após o triunfo por 2-0, no jogo da 1.ª mão da final da Taça Revelação, a equipa Sub-23 do Benfica bateu o Torreense, por 2-4, na tarde deste sábado, 31 de maio, e conquistou o primeiro troféu do escalão na história do Clube.

O Benfica iniciou a caminhada na Taça Revelação nos quartos de final, ante o Estrela da Amadora, adversário que deixou pelo caminho com uma goleada por 7-0. Nas meias-finais, a duas mãos, os encarnados perderam na deslocação ao reduto do Famalicão (2-0) e deram uma resposta tremenda em casa: mais um triunfo expressivo, desta feita por 6-0, a carimbar o passaporte para a ronda decisiva.

Na final, os comandados por Vítor Vinha tiveram pela frente o Torreense, campeão da Liga Revelação 2024/25. No Benfica Campus, as águias venceram o 1.º jogo, por 2-0, um resultado importante para o duelo que decidia o vencedor da prova, a disputar fora de portas.

Com os olhos postos no troféu, que seria o 1.º do escalão, foi um Benfica determinado aquele que entrou no Campo Manuel Marques na tarde deste sábado, 31 de maio.

Para a partida, o treinador Vítor Vinha escalou um onze inicial composto por Diogo Ferreira, Guilherme Peixoto, Rui Silva, Gonçalo Oliveira, Leandro Martins, Tomás Cruz, Tiago Freitas, Gonçalo Moreira, Rodrigo Rêgo, Olívio Tomé e Jelani Trevisan.

As primeiras oportunidades pertenceram ao Torreense. No minuto 1, Arielson fez o esférico rasar o poste da baliza encarnada, e, aos 3', André Simões rematou ligeiramente por cima. Na resposta (4'), o Benfica aproveitou o adiantamento do guarda-redes Silas Bjerre e tentou o remate, mas a defesa dos da casa afastou o perigo.

No minuto 14, David Kaiki atirou forte para uma grande defesa de Diogo Ferreira. Cinco minutos volvidos (19'), o Benfica inaugurou o marcador, dando início à festa vermelha e branca. Reposição de bola de Gonçalo Moreira, a combinar com Leandro Martins, que cruzou para desvio de Tomás Cruz, a rubricar o 0-1.

Vasco Sousa, aos 34', rematou à malha lateral da baliza encarnada. As águias ampliaram a vantagem para 0-2, aos 35': recuperação de Gonçalo Moreira, a passar a bola para Jelani Trevisan, que, com um grande passe, serviu Rodrigo Rêgo para o golo.

Depois da assistência, Jelani Trevisan também colocou o seu nome na lista de marcadores. Passe longo de Guilherme Peixoto para a entrada da área, onde o avançado das águias, em boa posição, recebeu e se lançou para o 0-3, aos 42'.

Ainda antes do intervalo, aos 45', o Benfica apontou o 0-4, novamente por Rodrigo Rêgo. Gonçalo Moreira soltou-se da oposição e, na pequena área, serviu o avançado encarnado para o seu 2.º golo na partida.

Na 2.ª metade, o Torreense reduziu para 1-4, aos 56', através da conversão de uma grande penalidade, por Arielson. O lance resultou de uma falta de Leandro Martins sobre David Kaiki na área.

Aos 59', Olívio Tomé rematou rasteiro para defesa segura de Silas Bjerre. Dois minutos volvidos (61'), o avançado das águias viu o guardião do Torreense travar-lhe o intento com uma grande intervenção.

O 2.º golo dos anfitriões surgiu aos 78': remate de Caio Silva para defesa incompleta de Diogo Ferreira, com o esférico a sobrar para Gonçalo Monteiro, que cruzou para perto da baliza, onde Rui Silva tocou para o autogolo (2-4). Eduardo Fernandes esteve muito perto do 2-5 aos 83', mas a bola esbarrou na trave.

Nos instantes finais, o Benfica geriu o resultado, por 2-4, e, esgotado o tempo de jogo, festejou a conquista da Taça Revelação 2024/25, o 1.º troféu do escalão Sub-23 na história do Clube!

DECLARAÇÕES

Vítor Vinha (treinador do Benfica): "Sabíamos que tínhamos de entrar fortes para igualar os duelos e a vontade do Torreense. Foi isso que fizemos ao longo dos 90 minutos, igualámos, depois superiorizámo-nos, marcámos 4 golos e, na 2.ª parte, ainda podíamos ter marcado um ou outro. Parabéns ao Torreense, pelos 2 jogos que fez e pela Liga Revelação, que conquistou com todo o mérito. Mas, sobretudo, há que dar os parabéns aos nossos jogadores, ao nosso staff, aos nossos adeptos, a todas as pessoas que estão envolvidas no nosso clube, porque esta é a primeira conquista [dos Sub-23], é muito importante e acaba por ser um marco histórico. O ponto-chave foi a evolução que tivemos desde o primeiro dia, que foi tremenda. Os miúdos são fantásticos, trabalhadores, e às vezes é preciso puxar por eles, como é normal nestas idades, mas compraram muito bem a ideia da equipa técnica, e, sobretudo, tem de se destacar a nossa evolução, o nosso crescimento, a nossa preparação, que culminaram nesta conquista. Estamos todos de parabéns. Desde o primeiro dia que sentíamos que tínhamos um espírito muito bom e qualquer coisa que podíamos capitalizar. Fomos criando as bases e crescemos. Houve momentos difíceis, mas precisamos desses momentos para crescer e evoluir. A partir do momento em que colocámos na cabeça que tínhamos de trabalhar no máximo, de estar sempre ligados à corrente, concentrados, organizados e a honrar o nosso símbolo, fomos dando resposta, e os resultados dos últimos 12 jogos estão à vista. Esta vitória também é para os nossos adeptos, que nos apoiam quer em casa, quer fora. Estão sempre connosco, exigem e obrigam-nos a ser cada vez melhores. Agora, é celebrar e descansar, porque estes jogadores vão ter mais desafios pela frente e têm de continuar a dar resposta."

Gonçalo Moreira (capitão e médio do Benfica): "Foi um jogo muito disputado e muito físico. Mesmo com a vantagem que tínhamos da 1.ª mão, procurámos entrar para ganhar desde o primeiro minuto. Conseguimos fazer 4 golos na 1.ª parte, não abrandámos na 2.ª parte, onde também tivemos ocasiões para marcar, mas o Torreense chegou com mérito à nossa baliza e fez 2 golos. Acho que é um resultado justo. [Título] É um orgulho para nós. Trabalhámos desde o primeiro dia em busca de títulos, porque no Benfica temos de trabalhar para ganhar. É merecido, e agora é aproveitar."

Gonçalo Oliveira (defesa do Benfica): "Tínhamos vencido 2-0 em casa, mas a final tem 180 minutos, e a nossa mentalidade era de entrar forte neste jogo. Estamos muito felizes por termos conseguido isso. Com jogos ganhos e perdidos, o nosso objetivo foi trabalhar sempre no máximo, crescer como equipa e agarrarmo-nos uns aos outros. A nossa equipa é muito unida, somos uma família dentro e fora do campo, e acho que isso foi fundamental para o crescimento dos jogadores. Costumo dizer dentro do balneário que, pelo trabalho e pela identidade, já merecíamos. As coisas começaram a sair, os golos a aparecer, ganhámos confiança e conseguimos o objetivo. Somos formados a ganhar e para chegar a um nível ainda melhor. Entre os jogadores, o objetivo era conquistar a Liga Revelação, mas não foi possível, e tivemos a Taça. A ganhar títulos, o crescimento torna-se mais fácil. Os nossos adeptos foram incansáveis, estiveram sempre connosco, e queremos agradecer muito. Vamos festejar com eles."

Guilherme Peixoto (defesa do Benfica): "Uma época difícil. Trabalhámos desde o início para estarmos o melhor possível. Fizemos um final de época de topo, com boas exibições nestes últimos jogos, a dar resposta, e somos campeões. Acho que ninguém merece ganhar esta Taça [Revelação] mais do que nós."

Rodrigo Rêgo (avançado do Benfica): "É algo que almejávamos desde o início. Sempre quisemos ganhar um título, porque nenhuma equipa [Sub-23] do Benfica o tinha feito, tanto na Liga como na Taça Revelação. O nosso objetivo era ganhar um dos dois, conseguimos e estamos muito felizes com este título. O Torreense entrou mais forte, podiam ter marcado, mas não o fizeram, com grandes defesas do nosso guarda-redes. Depois, nós fomos mais eficazes, tomámos conta do jogo e merecemos esta vitória. Nunca desistimos. A qualidade estava cá, o trabalho estava cá, mas nem sempre o trabalho é recompensado. Mas, lá está, o plantel manteve-se unido e deu o exemplo."