Honrar o Manto Sagrado e superar as adversidades

No Pavilhão Municipal de Barcelos, onde a pressão é alta e o ambiente pesa, o Benfica entra em pista, neste sábado, 7 de junho, às 21h30, com o objetivo claro de forçar a negra. O jogo 4 das meias-finais do play-off é mais do que uma final antecipada – é um teste de resiliência e de respeito pelo emblema que se traz ao peito.

"Estamos conscientes do que temos de fazer para superar todo o tipo de adversidades, tanto as desportivas como as que não o são. Continuamos a passar a mensagem de acreditar em nós próprios, porque acreditamos mesmo. Acreditamos que vamos conseguir fazer um jogo perfeito em muitas fases, tal como fizemos aqui no outro dia. E esperamos que, no final, eles não consigam aguentar o nosso ataque em dois jogos seguidos – e que o prémio acabe por ser nosso", afirmou Edu Castro, à BTV, de forma clara e convicta.

A eliminatória, disputada à melhor de cinco, tem sido intensa, dura, mas é no acreditar que Edu Castro insiste. É aí que aponta a bússola da equipa, mesmo com ausências de peso como a de Pau Bargalló, o melhor marcador encarnado.

"Sabemos que, ultimamente, o jogo físico se confunde com outras coisas. Em três jogos contra o Barcelos, praticamente não conseguimos sacar faltas – e tivemos bola quase sempre. Sabemos bem o que se passa. Sabemo-lo perfeitamente. E não vai ser diferente agora, porque não foi em nenhum momento deste play-off. Quero deixar uma mensagem aos benfiquistas: que confiem em nós. Vamos dar tudo. Vamos voltar a passar por cima deles em muitos momentos do jogo, como já fizemos. O resultado depende de muitos fatores, mas nós vamos dar tudo para voltar a jogar em casa. Queremos mesmo voltar a jogar em casa. Vamos ver se conseguimos passar esta eliminatória, estamos muito convictos, mas sabemos que as adversidades vão ser muitas", antecipou.

Ouça Edu Castro

Se há algo que Edu Castro nunca esquece é a força que vem das bancadas. Nos momentos difíceis, quando o jogo aperta e as decisões se tornam milimétricas, o apoio dos Benfiquistas faz-se sentir como um impulso vital.

"Já vimos na Taça [de Portugal], que foi um jogo em que veio imensa gente ver-nos e ajudaram-nos imenso a estar dentro do jogo. Sempre o disse, se por alguém temos de pedir desculpa por não conseguir o resultado – porque acho que a equipa tem sempre uma atitude impecável – então o que mais custa é mesmo por causa dos adeptos que nos apoiam. Em Barcelos, na Taça, o apoio foi enorme. Por isso, quero agradecer-lhes desde já, porque sei que vão estar lá novamente, neste momento difícil. Jogamos por eles. Jogamos com a águia ao peito, mas, sobretudo – e vou dizer a segunda expressão em português –, respeitando este Manto Sagrado", concluiu.