Garra para a final da Supertaça Ibérica

RESUMO DO JOGO

Na final da Supertaça Ibérica! Após bater o Beti-Onak, por 24-25, na meia-final desta sexta-feira, 5 de setembro, o Benfica discute a entrega do troféu ante o Super Amara Bera Bera às 19h00 de sábado, dia 6.

Terceira edição da Supertaça Ibérica feminina de andebol, terceira participação do Benfica, à procura da inédita presença na final. Na primeira meia-final do dia, o Super Amara Bera Bera – único vencedor da prova – bateu as insulares do Madeira SAD, por 31-21.

Para a partida no Pavilhão Anaitasuna, em Pamplona, o treinador Luís Monteiro escalou uma formação inicial composta por Matilde Rosa, Nora Leitner, Carolina Monteiro, Constança Sequeira, Mihaela Minciuna, Ana Silva e Alexandra Shunu.

As tetracampeãs nacionais entraram com intensidade e concentração, e aos 3' já lideravam por 0-3. O Beti-Onak não tardou a reagir, aproximando-se rapidamente e colocando o marcador na margem mínima por duas vezes (2-3 e 3-4).

As encarnadas não se deixaram intimidar. Golo a golo, a vantagem foi crescendo e, aos 12', já eram três os golos de diferença (4-7). O ascendente encarnado manteve-se, com remates certeiros a ampliar a vantagem para 5-9. Mas o Beti-Onak não desistia e, numa reação rápida, reduziu para 8-9, mantendo a tensão no jogo.

O empate não tardou (9-9), no entanto, o Benfica não perdeu o controlo e respondeu com paciência e assertividade, voltando a ditar o ritmo do encontro. Ao intervalo, as comandadas de Luís Monteiro venciam por 10-12.

Na 2.ª parte, o jogo manteve-se equilibrado, a poder pender para qualquer um dos lados. O Beti-Onak voltou a pressionar e reduziu para 12-13. Perante esta nova aproximação, o Benfica arregaçou mangas e, aos 37', já vencia por 13-16, evidenciando a resiliência que lhe pulsa no ADN.

Seguiu-se um período de sucessivos empates (19-19, 20-20, 21-21), até que as encarnadas voltaram a superiorizar-se, abrindo uma vantagem de dois golos (21-23; 22-24). A pouco mais de um minuto do final, o Benfica liderava por 24-25. No último lance, Matilde Rosa – eleita a melhor jogadora em campo – brilhou ao defender o remate de Elsa Blanco, selando a vitória encarnada, por 24-25.

Num jogo equilibrado e intenso, a garra das águias garantiu o tão desejado passaporte para a final da Supertaça Ibérica feminina! A decisão, ante o Super Amara Bera Bera, disputa-se a partir das 19h00 (hora continental) deste sábado, 6 de setembro, no mesmo local.

DECLARAÇÕES

Luís Monteiro (treinador do Benfica): "Foi um jogo duríssimo, como nós tínhamos previsto desde o início. Criámos sempre este objetivo, e as jogadoras estavam plenamente cientes disso. O objetivo era, efetivamente, estar presentes na final da Supertaça. Foram sempre intensas, seguimos o plano de jogo, controlámos o lado direito do ataque, não deixámos [destacar-se] a número 10 [Lucía Rodriguez], ponta-direita, a melhor jogadora, que teve a oportunidade de finalizar uma ou duas vezes. Na inferioridade numérica, na nossa defesa, controlámos e deixámos a ponta-esquerda finalizar. Tivemos várias jogadoras ao nível que pretendemos. Fomos sempre intensos na defesa e, mesmo com muitas contrariedades – algumas completamente absurdas, como a expulsão da Nora [Leitner] –, não marcação de 7 metros, dualidade de critérios nas exclusões, mantivemos sempre a cabeça fria. Ninguém protestou, toda a gente se manteve focada no jogo e, apesar do equilíbrio, somos uns justos vencedores. Justíssimos vencedores. Não esquecendo que estivemos a jogar em Espanha e na casa do adversário, que tem um ambiente fantástico neste pavilhão mítico."

Matilde Rosa (guarda-redes do Benfica): "Foi um jogo bastante difícil. Em termos defensivos estivemos muito bem, muito coesas. A nível de ataque também estivemos bem, houve algumas situações que não foram positivas, mas conseguimos dar a volta. O prémio [melhor jogadora em campo] que recebi resulta de um acumular de situações em que a minha equipa me ajudou e fez com que fosse mais fácil defender. Só tenho a agradecer pelo esforço da equipa técnica e da equipa, no geral, porque foi um jogo decisivo e bastante difícil."