 |
Manobras de diversão
|
O pedido do FC Porto, com caráter de urgência, de
uma reunião ao Conselho de Arbitragem, por eventuais
erros de análise em Vila do Conde e Braga – depois
de tudo aquilo a que se tem assistido neste
campeonato! – configura uma das tentativas de
condicionamento mais ridículas e burlescas de
sempre.
Mas igualmente mau – do pior que já se viu e que
confirma bem a cultura de ódio alimentada pelos
responsáveis daquele clube – é a imagem de
humilhação e insulto a que foram sujeitos os seus
próprios profissionais no final do jogo com o Rio
Ave. Aquela imagem diz tudo.
Contestação de adeptos perante maus resultados
existe em todos os clubes. Sem exceção. Mas o papel
que compete a Direções e Administrações responsáveis
é dar o exemplo de moderação, bom senso e equilíbrio
para que certos limites e a autoridade nunca sejam
postos em causa.
Naquele episódio de Vila do Conde está representada,
em todo o seu esplendor, a imagem que explica as
invasões ao centro de treinos de árbitros, as
ameaças permanentes a seus familiares e bens, os
ataques a lojas do Benfica, o apedrejamento aos
autocarros e carros de adeptos do nosso clube, os
petardos de madrugada, a exibição de imagens com
agressões e a recente afirmação do Oficial de
Ligação aos Adeptos (OLA) do FC Porto, ameaçando na
sua página de Facebook que chegou a hora de fazer
justiça pelas próprias mãos.
O sentimento é de total impunidade e permite
perceber o que levou um clube a exibir
correspondência privada roubada a um concorrente,
truncando e falsificando (tal como já foi provado)
muita dessa informação com o único intuito de criar
todo um ambiente de condicionamento sobre os mais
diversos agentes desportivos.
Lembremo-nos que, neste campeonato, o FC Porto já
beneficiou de um número colossal de erros de
arbitragem e que, por isso, tem hoje mais 10 pontos
do que deveria ter.
Lembremo-nos que o FC Porto não teve ainda qualquer
jogador expulso no campeonato. Aliás, é a única (!)
das 18 equipas que não viu qualquer cartão vermelho.
E lembremo-nos ainda que a última vez que o FC Porto
teve um jogador expulso num jogo da Liga já foi há
482 dias.
Ou seja, a ideia de criar uma realidade paralela –
nesta fase final da temporada – visa apenas mais uma
tentativa de pressão e condicionamento sobre as
equipas de arbitragem.
O Sport Lisboa e Benfica não aceita este tipo de
chantagens e, como tal, requereu uma reunião ao
Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de
Futebol para analisar as graves acusações feitas. E
também para garantir que, quem tem aquele
comportamento com os seus próprios atletas à vista
de todos, não se sinta livre para também exercer
qualquer tipo de ameaça junto dos árbitros e dos
seus familiares.
É obrigatório que a verdade desportiva se imponha e
acabe por vencer este confronto face aos que semeiam
o ódio no futebol português. Essa é a cultura que
importa eliminar. De uma vez por todas.
Nota: A News Benfica não se publica amanhã, no
feriado do 1.º de maio, regressando na 5.ª feira.
|