Futebol
19 janeiro 2019, 00h00
Festejos da equipa do Benfica
A primeira vintena de minutos da partida foi acima de tudo discutida, com as equipas à procura de espaços e de combinações que provocassem desequilíbrios e por isso estéril em oportunidades de golo. Ainda assim, o lance mais quente nesta fase do desafio pertenceu ao Benfica, com André Almeida a avançar pelo corredor direito e a derivar a bola para a zona central, onde João Félix, fora da área, armou um pontapé para defesa de Douglas (12').
Numa fase em que as aproximações à grande área do Vitória já eram uma realidade, o Benfica teve uma boa chance num tiro de meia distância de Pizzi, após recuperação de bola de Castillo, mas o guarda-redes Douglas foi capaz de se estirar e sacudir para canto (27').
Os primeiros dois remates enquadrados tiveram assinatura de jogadores do Benfica e o terceiro mais perigoso também saiu dos pés de um benfiquista: aos 41', depois de um cruzamento executado na direita do ataque, Castillo (titular na frente ao lado de João Félix) descobriu uma nesga na área para disparar, mas Osorio, in extremis, ofereceu o corpo ao esférico e desviou-o pela linha de fundo, evitando o 0-1.
Antes do intervalo, Odysseas parou um remate de meia distância de Tozé (44') e ainda um chuto de Guedes, que se infiltrara pelo eixo da zona ofensiva (45'+1').
As equipas recarregaram energias, mas o cenário não se alterou. O V. Guimarães, com um futebol positivo, bem arrumado taticamente, dificultou a missão do Benfica, tendo bola, mas sem criar sérios embaraços a Odysseas. Os minhotos optavam sobretudo por remates de zonas exteriores.
Bruno Lage procurou dar mais profundidade e rotação aos encarnados, lançando Rafa por Pizzi (62'). Aos 71', nova alteração no xadrez benfiquista, com Seferovic a render Castillo.
Sempre compacta e conjuntada nos momentos de maior empertigamento do Vitória, a equipa benfiquista acercou-se com muito perigo da baliza contrária na sequência de uma excelente arrancada de Rafa, que serpenteou com bola e entregou-a a João Félix na direita, de onde o jovem atacante cruzou para Douglas resolver de qualquer maneira.
[GOLO: 0-1] O momento que decidiu a partida aconteceu aos 81' e nasceu de um triângulo perfeito, que teve Gabriel (passe a rasgar), André Almeida (cruzamento e assistência à direita) e Seferovic (toque para as redes ao segundo poste) nos vértices. O internacional suíço é o melhor marcador do Benfica na Liga NOS com oito golos apontados e André Almeida o segundo no ranking das assistências com seis passes para finalização, atrás de Pizzi (sete).
Na derradeira fase da partida, a gestão de jogo do Benfica, com e sem bola, foi impecável. Gedson ainda rendeu João Félix (90'+2'), ajudando na tarefa de juntar três pontos à contablidade dos encarnados, que seguem firmes na vice-liderança da Liga NOS, com os olhos na reconquista.
Texto: João Sanches
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica