Presidente

31 outubro 2018, 09h51

Luís Filipe Vieira Imagem 15 anos

Luís Filipe Vieira

Luís Filipe Vieira completa, esta quarta-feira, 15 anos à frente dos destinos do Benfica. Eleito com 90,4% dos votos, tornou-se, a 31 de outubro de 2003, o 33.º presidente da história do Clube.

Renovou os mandatos e é hoje o presidente há mais tempo em funções de sempre. Entre obra feita, títulos conquistados no futebol e nas modalidades, aposta no futebol de formação através do forte investimento no Caixa Futebol Campus e a aproximação do Clube aos Sócios através das Casas, o presidente teve de enfrentar as trágicas mortes de Fehér e Eusébio, bem como os ataques recentes à instituição e que desencadearam em Luís Filipe Vieira uma acérrima luta pela verdade desportiva.

Preservando sempre o passado rico do Clube, o atual presidente tem os olhos postos no futuro, projetos por concretizar e sonhos por cumprir. Mangas arregaçadas, mãos à obra e… o sucesso é já ali!

Inauguração Estádio da Luz

1. Construção do Estádio da Luz

No dia 25 de outubro de 2003 virava-se mais uma página na centenária história do Sport Lisboa e Benfica. Erguia-se a Nova Catedral! Com capacidade para 65 647 espectadores, o Estádio da Luz é o maior Estádio de Portugal. Foi construído em tempo recorde, sob os princípios das técnicas mais inovadoras, o que lhe conferiu o estatuto de estádio cinco estrelas para a UEFA (categoria de Elite).

Em 15 anos – feitos recentemente – o Estádio do SL Benfica recebeu vários jogos do Clube e da Seleção Nacional, foi palco da final do Campeonato da Europa de 2004 e da final da Liga dos Campeões de 2014; recebeu, ainda, a cerimónia das 7 Maravilhas do Mundo em 2007. No total, são mais de 17 milhões de espectadores nas bancadas do recinto.

O novo Estádio da Luz festejou, ainda, a conquista de seis títulos nacionais, onde se inclui a sequência que resultou no inédito Tetracampeonato.

Com três pisos, o Estádio conta com 156 camarotes, 2 ecrãs gigantes, salas de apoio exclusivas, health club, restaurante panorâmico, business e corporate center, Hublot e Marquês Lounges.

Eusebio e Luís Filipe Vieira

2. Sócios no centro da estratégia

A criação do projeto inovador Kit Sócio é uma das imagens de marca dos 15 anos de Luís Filipe Vieira. Ao acrescentar valor ao cartão de Sócio do Benfica, os associados têm acesso privilegiado a uma alargada rede de parceiros com descontos muito vantajosos.

A ambição e visão do presidente permitiu ao Benfica atingir, em 2006, a marca dos 160 mil Sócios, o que lhe valeu a entrada no Guiness Book of Records, como o Clube com mais Sócios do Mundo, deixando, na altura, para trás outros colossos como Bayern Munique, Barcelona e Manchester United.

Homenagem a Feher

3. A morte de Miki Fehér

O dia 25 de janeiro de 2004 é um dos mais tristes da vida de Luís Filipe Vieira enquanto presidente do Benfica e dos mais trágicos da vida do Clube.

Jogava-se a 19.ª jornada do Campeonato Nacional, na época 2003/04. Em Guimarães, uma noite fria de Inverno trazia a chuva que encharcava o relvado. Jogo difícil, num terreno pesado, com Camacho, treinador das águias, a ir buscar a solução da vitória ao banco. Aos 90’, Fernando Aguiar tirou da cartola o disparo dos festejos. Tão efémeros como a vida, um minuto depois, o árbitro Olegário Benquerença mostrou cartão amarelo a Miki Fehér. O húngaro sorriu, agachou-se sobre os joelhos e… caiu.

Caiu inanimado e rapidamente todos os intervenientes se aperceberem de que algo não estava bem. As primeiras tentativas de reanimação foram ainda no Estádio Dom Afonso Henriques. A ambulância entrou no campo, levou o benfiquista para o hospital, mas em vão. Perto da meia-noite, confirmou-se o pior cenário: falecia Miki Fehér, aos 24 anos.

Imediatamente, se levantou uma onda de solidariedade em torno da família do jogador e do Sport Lisboa e Benfica, com milhares de adeptos de todas as cores clubísticas a deslocarem-se ao Estádio da Luz para uma última homenagem ao camisola 29, número que ficou imortalizado nos encarnados.

Cerca de um ano e meio após a sua morte, a 22 de julho de 2005, o Benfica inaugurou o busto de Fehér. O motivo em homenagem ao antigo jogador encontra-se na porta 18 do Estádio da Luz.

Tetracampeonato

4. Sucesso desportivo no futebol

- O REGRESSO AOS TÍTULOS: A TAÇA DE PORTUGAL. Foi já com Luís Filipe Vieira ao leme dos destinos do Clube que o Benfica interrompeu o pior jejum da história no futebol. Tornou-se presidente em 2003 – fora diretor desportivo entre 2000 e 2003 – e arrancou a conquista de títulos em 2003/04, no Jamor. No dia 16 de maio, o Estádio Nacional transbordava de adeptos do Benfica e do FC Porto para mais uma final da Taça de Portugal.

Os azuis e brancos iam atrás da dobradinha; as águias atrás do primeiro título da era Vieira. Ganharam os de Lisboa! Derlei inaugurou o marcador para os portistas em cima do intervalo (45’), mas no segundo tempo, aos 58’, Fyssas, numa jogada de insistência logrou o empate. Seguiu-se o prolongamento. O jogo mantinha-se equilibrado e o resultado teimava em não mexer. Até que surgiu Simão. Zahovic trabalhou já dentro da área, percebeu que não poderia alvejar a baliza de Vítor Baía, decidiu pelo cruzamento, que encontrou o camisola 20 que, de cabeça, atirou para o 1-2.

Festa encarnada nas bancadas, que rapidamente foi replicada para as imediações do Jamor, para a cidade de Lisboa e… para o País inteiro.

Simão Sabrosa Festejos no Bessa

- O 31.º CAMPEONATO NACIONAL. Na temporada seguinte, em 2004/05, encerrou-se o hiato de 11 anos sem festejos no Campeonato Nacional. Com o italiano Trapattoni à frente da equipa, o Benfica celebrou o 31.º título do palmarés.

Com um leque de jogadores algo limitado, o treinador fez uso da sua experiência e astúcia para focar o grupo num objetivo, daí o Velha Raposa. A época foi periclitante e teve de tudo um pouco… Houve Mantorras, houve a cabeça de Luisão (no dérbi) e houve o Bessa, epicentro da festa benfiquista, com réplicas que se espalharam por todo o território nacional e ultrapassaram as fronteiras lusas.

Ali, a 22 de maio de 2005, os adeptos libertaram 11 anos de festejos, de alegrias, de tristezas, de emoções acumuladas desde 1993/94. Escrevia-se na cidade Invicta o primeiro capítulo de um livro que regista a já rica panóplia de títulos de Luís Filipe Vieira.

David Luiz

- O 32.º CAMPEONATO NACIONAL E A MAIOR ENCHENTE NA LUZ. O Benfica parecia lançado para regressar a um lugar que é seu por direito: o topo da hierarquia do futebol português. Porém, as conquistas do campeonato só voltaram à Luz em 2009/10. E logo em grande estilo! A partir daqui, começou a mudança na hegemonia do futebol luso. Depois do bom trabalho evidenciado no Belenenses e no SC Braga, Jorge Jesus subia ao patamar mais alto da sua carreira para abraçar o ambicioso projeto do Benfica.

O presidente queria voltar a celebrar e não se poupou a esforços. Em Lisboa, aterraram Javi García, Ramires e Saviola, que se juntaram aos talentos de Aimar, Luisão, Cardozo e Di María. A orquestra estava completa e no aquecimento da pré-época foi logo notório o entusiasmo em torno da equipa. A mesma correspondia com brilhantes exibições e golos. Quando foi a sério, a coisa não só não esmoreceu, como amadureceu.

No Campeonato Nacional e na Liga Europa, o Benfica espalhava nota artística e sedimentava a sua posição de candidato. Ainda assim, um super SC Braga não largava os calcanhares da águia, empurrando tudo para a derradeira ronda.

A 9 de maio de 2010, perante 65 467 espectadores – maior enchente do estádio – o Benfica recebeu o Rio Ave. O bis de Cardozo respondeu ao tento de Ricardo Chaves e ficava carimbada a festa do 32.º título. A festa foi mais do que muita, mas na retina ficaram os comentários de muitos jogadores do plantel aquando da aproximação do autocarro à Praça do Marquês de Pombal, momento que se tornou inolvidável por muitos anos que passem.

Final Liga Europa Amesterdao

- AS DUAS FINAIS DA LIGA EUROPA. As temporadas de 2012/13 e 2013/14 marcam o regresso do gigante europeu às finais europeias. Depois de Viena, em 1990, com o Milan, o Benfica não mais apareceu nos jogos decisivos das competições da UEFA.

Sempre com o sonho de um título europeu em mente, Luís Filipe Vieira trabalhou e batalhou para ver a águia voar entre a elite europeia. Na edição 2012/13 da Liga Europeia, o Benfica foi um dos nomes que resvalou da fase de grupos da Champions. Deixou o Bayer Leverkusen pelo caminho nos 16 avos de final e fez o mesmo ao Bordéus, nos oitavos. Na ronda seguinte, os quartos de final! Os encarnados apanharam o Newcastle, mas os ingleses nada puderam fazer perante o poderio português. Faltava uma etapa para Amesterdão…

Na meia-final, os turcos do Fenerbahçe. Em Istambul, o Benfica perdeu, por 1-0. Na segunda mão, numa Luz a rebentar pelas costuras, Gaitán abriu o marcador aos 9’ e foi a loucura! Uma grande penalidade de Dirk Kuyt acalmou os ânimos benfiquistas até que apareceu o inevitável Cardozo. O paraguaio marcou dois golos e o Benfica carimbava o passaporte para a final, 23 anos depois.

Aí, a falta de sorte bateu à porta. Torres inaugurou o marcador e colocou o Chelsea em vantagem, aos 60’. Oito minutos depois, através de um penálti, Cardozo empatou a contenda. O resultado ia-se mantendo empatado, já todos pensavam no tempo extra, até que Ivanovic, de cabeça após um pontapé de canto, bateu Artur e deu o título europeu aos londrinos.

Final Liga Europa Turim

Perante a adversidade de quem perdeu tudo nos últimos segundos, o Benfica levantou-se ainda mais forte. Em 2013/14 começava a ser trilhado o caminho que redundaria no Tetracampeonato. Noutras latitudes, na Liga Europa, o conjunto da Luz dava cartas.

Uma vez mais, o Benfica viajou da Champions para a Liga Europa. O PAOK foi o primeiro adversário. Vitórias em Salonica (0-1) e em Lisboa (3-0) colocaram a equipa nos oitavos de final, onde encontrou o Tottenham. Em White Hart Lane, as águias dançaram ao som do triunfo, por 1-3; na segunda mão, na Luz, houve empate a duas bolas. Seguiu-se o AZ Alkmaar. Salvio na Holanda e Rodrigo, com um bis, em Portugal, carregaram o Benfica até às meias-finais com a poderosa Juventus.

O Benfica tinha umas contas a ajustar com os transalpinos e foi isso mesmo que fez. Na primeira mão, no Estádio da Luz, Garay e Lima responderam ao golo de Tévez; em Turim, Oblak segurou o empate a zero e as águias marcavam encontro com o Sevilha. Na final uma vez mais, o Benfica bateu de frente com uma série de circunstâncias que o afastaram do troféu. Os andaluzes venceram nas grandes penalidades (4-2) depois do 0-0 ao fim de 120 minutos.

Luisao

- O TRIPLETE. A final perdida em Turim foi a única mancha numa época quase perfeita. Em 2013/14, o Benfica conquistou o inédito Triplete, sendo o primeiro emblema a fazê-lo em Portugal. Ao campeonato conquistado ante o Olhanense a três jornadas do fim, juntaram-se as Taças da Liga e de Portugal frente ao Rio Ave. Foi já com o título no bolso, a 7 de maio, que as águias se deslocaram a Coimbra para tentar conquistar a 5.ª Taça da Liga – tem sete no palmarés. Rodrigo e Luisão fizeram os golos.

Dias depois, no Estádio do Jamor, novo frente a frente com os vilacondenses e novo triunfo. Aos 20’, um remate de pé direito de Gaitán bateu Ederson, guarda-redes formado no Benfica e que volvidas algumas temporadas assumiria a baliza encarnada.

Festejos Bicampeonato

- O BICAMPEONATO. Na temporada seguinte ao Triplete, o Benfica cimentava a hegemonia que começara a construir épocas antes. No final de 2014/15 era alcançado um feito que estava ausente da Luz há 31 anos: o Bicampeonato! A campanha do 34.º título começou a construir-se desde a ronda inaugural e teve a confirmação na segunda volta, sempre com os indefetíveis adeptos ao lado da equipa. Com 15 vitórias nos primeiros 17 encontros (primeira volta), o Benfica criava alicerces para uma temporada sólida.

O nulo no clássico no Estádio da Luz deixou os encarnados mais perto da revalidação do título, que cumpriram numa reta final com várias goleadas e festejaram no Alto Minho após um 0-0 no Estádio Dom Afonso Henriques, com o V. Guimarães. Após o apito final, a festa tomou conta das ruas, com especial destaque para a invasão dos adeptos ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, cujo ambiente ficou registado em vídeos nos telemóveis de muitos dos jogadores que compunham o plantel.

- O TRICAMPEONATO. Com um novo treinador à frente dos destinos da equipa encarnada, Rui Vitória manteve o barco no rumo das conquistas. Em 2015/16 escreveu-se mais uma inesquecível página na centenária história do Clube. Após 39 anos sem festejar um Tricampeonato, o Benfica fez a festa na última jornada após golear o Nacional, por 4-1.

Ao arranque tremido, o Benfica respondeu com o assentar do seu futebol e o solidificar de novos processos inerentes a uma metamorfose necessária com novo treinador. As dinâmicas haviam sido passadas para o grupo, era preciso pô-las no relvado. Assim foi! Com uma segunda volta onde se registaram 16 vitórias e um desaire, o Benfica foi recuperando lugares até ao mais alto do pódio, e logo com recorde de pontos num campeonato a 34 rondas: 88!

O novo técnico chegava à Luz em grande estilo e ganhava crédito para o que aí vinha.

- O TETRACAMPEONATO. Luís Filipe Vieira já ficará na história do Benfica por vários motivos, mas em 2016/17 juntou-lhe mais um galardão, este, inédito na instituição: a equipa de futebol conquistara o Tetracampeonato, e com ele o 36.º título da história.

Rui Vitória provou que o campeonato anterior não fora obra do acaso e juntou-lhe mais um ao currículo. Com menos pontos (82), mas com mais estabilidade, as águias voaram até ao lugar mais alto da classificação. Foi o deleite de uma massa adepta que esteve sempre ao lado da equipa e que, também ela, ficará na história.

5. Caixa Futebol Campus

A 22 de setembro de 2006 começou o futuro do Benfica. O Centro de Formação e Treinos do Seixal tornava-se uma realidade e dava-se início aos alicerces que tornariam a formação do Benfica numa das mais reconhecidas da Europa do futebol.

Em 12 anos, o Benfica tornou-se no Clube mais representado nas Seleções jovens Nacionais, o emblema mais titulado (13 conquistas nacionais) a par do Sporting, o único clube português presente em duas finais da UEFA Youth League e lançou uma série de talentos que alimentaram – e ainda alimentam – a equipa principal: Oblak, Ederson, João Cancelo, Nélson Semedo, Lindelöf, Rúben Dias, Yuri Ribeiro, André Gomes, Gedson, Renato Sanches, Bernardo Silva, Rony Lopes, Ivan Cavaleiro, Hélder Costa, João Carvalho, João Félix, Diogo Gonçalves e Gonçalo Guedes são alguns dos casos de sucesso, mas o caminho vai continuar a ser trilhado como referiu Luís Filipe Vieira: “A aposta na formação é para manter. Não altero um milímetro do meu pensamento. Por isso, no próximo ano teremos mais quatro jovens no plantel.” São eles: Ferro, Florentino, Jota e Willock.

Luis Filipe Vieira

Com infraestruturas ao nível dos melhores e dotado de tecnologia de ponta, o Caixa Futebol Campus recebeu, em 2015, a distinção de Melhor Academia do Mundo nos prémios “Globe Soccer Awards”. Na 7.ª edição, realizada no Dubai, Luís Filipe Vieira recebeu o galardão que consagrou o centro de estágio como um projeto de sucesso e premiou o trabalho desenvolvido pelo Clube em prol do futebol de formação. “É um grande orgulho e um reconhecimento do trabalho de todos”, referiu o presidente na hora de receber o prémio.

"É um prémio para a visão que tivemos e para o forte investimento na formação. É um prémio para a vontade grande que temos de, cada vez mais, termos jovens formados no Seixal na nossa equipa principal, coisa que já não acontecia há décadas. O Benfica tem hoje grandes talentos devido ao grande investimento na competência. Cada vez mais vamos investindo em inovação. O grande sucesso que temos deve-se ao capital humano, ao investimento em inovação e à maneira como abordamos o mercado", rematou Luís Filipe Vieira no momento.

Uma das metas preconizadas por Luís Filipe Vieira é o investimento no Seixal, com vista ao aumento do Caixa Futebol Campus ao nível das suas infraestruturas. O presidente, que já revelara a construção de um colégio com capacidade, para já, com um máximo 650 alunos, que poderá ser aumentada até aos 1200 numa fase mais adiantada, acrescentou mais recentemente o acordo com a Quinta do Álamo que dará capacidade ao Clube para ter uma unidade hoteleira e mais seis campos.

Casa do Benfica na Terceira

 6. Casas do Benfica – “O Braço Armado”

As Casas do Benfica presentes no território nacional ou mesmo além-fronteiras são o símbolo do benfiquismo presente pelo mundo. Através das Casas do Benfica, os adeptos e Sócios estão mais perto do Clube, podem acompanhar o dia a dia das equipas de futebol e das modalidades e viver a Mística como qualquer adepto que viva na capital.

Levar o Benfica aos Sócios foi uma das primeiras e mais importantes missões que Luís Filipe Vieira abraçou e tem-no feito com sucesso. Através da Uniformização da Imagem das Casas (com um layout mais jovem e atrativo) e com a ligação das Casas do Benfica em rede, hoje, o adepto pode fazer num destes espaços do Clube em qualquer ponto do globo o mesmo que faria se se dirigisse ao Estádio da Luz: comprar bilhetes, merchandising, pagar quotas… Desde que chegou à presidência, inaugurou 150 Casas (registo alcançado na Ilha Terceira, nos Açores).

Apelidadas de Braço Armado do Benfica, as Casas têm, ainda, um importante papel nas regiões em que se inserem, nomeadamente na promoção de atividades lúdico-desportivas ou divulgação da marca Benfica.

No congresso das Casas, Filiais e Delegações de 2013, o Clube anunciou a criação do Comboio Benfica num protocolo com a Comboios de Portugal. Desta forma, os Benfiquistas do norte, centro e sul têm uma possibilidade mais cómoda e barata de se deslocarem ao Estádio da Luz para assistirem aos jogos do Clube do coração.

Luís Filipe Vieira

7. BTV

A atual BTV nasceu como Benfica TV a 10 de dezembro de 2008, e como um projeto ambicioso. Porém, a primeira transmissão até ocorreu antes, a 2 de outubro desse mesmo ano, com o jogo Benfica-Nápoles (2-0), da segunda mão da 1.ª eliminatória da Taça UEFA.

As emissões regulares arrancaram, então, a 10 de dezembro, com o canal a ser gratuito em todos os operadores de cabo até 2013. Sempre com a preocupação de fazer chegar a melhor informação sobre toda a atualidade do Clube aos adeptos, o canal foi crescendo até se tornar premium.

No decorrer da época 2013/14, o canal passou a ser pago nos diversos operadores, disponibilizando, em exclusivo para Portugal, os jogos dos campeonatos espanhol e italiano; juntou-lhe o conteúdo da UFC e tornou-se no primeiro canal de clube a transmitir em direto os jogos realizados em casa para o campeonato da principal equipa de futebol. O primeiro a ser transmitido com a chancela BTV – designação atual e que foi oficializada por esta altura – foi o clássico dos Eusébios com o FC Porto (2-0).

Aniversário Estádio da Luz

A 10 de dezembro de 2015, e de forma pioneira em Portugal, o Benfica, comandado por Luís Filipe Vieira, renegoceia os direitos da transmissão dos jogos da equipa de futebol com a NOS, bem como o futuro do canal de televisão do Clube. Numa cerimónia realizada no Estádio da Luz, o presidente do Benfica e Miguel Almeida, CEO da NOS apresentaram os detalhes do acordo que teve o pontapé de saída em 2016/17, e que poderá ter sucessivas renovações até à duração máxima de 10 anos.

No total, o Benfica receberá 400 milhões de euros, sendo que 75% deste valor é correspondente a direitos televisivos e 25% à distribuição da BTV. De referir que o acordo rubricado entre o Clube da Luz e a operadora abriu a caixa de pandora e permitiu que todos os clubes da Liga NOS revissem em alta os contratos de direitos televisivos que detinham com as várias operadoras a atuar no País.

Fundacao SLB

8. Fundação Benfica

Criada a 27 de janeiro de 2009, a Fundação Benfica é um dos mais importantes pilares do Clube e um dos motivos de orgulho de Luís Filipe Vieira. Com vários projetos de caráter social, educacional, ambiental e de saúde, a instituição de solidariedade social do Clube atua, preferencialmente, junto de crianças em contextos sociais adversos.

Entre os projetos mais conhecidos da Fundação Benfica, destaque para o Para ti Se não faltares!, ligado ao combate ao absentismo e abandono escolar, com entrega de prémios aos melhores alunos; o Benfica Faz Bem, em parceria com a Terra dos Sonhos, e o KidFun. Realce, ainda, para a sinergia com a Make a Wish, que tem permitido a vários adeptos do Clube poderem conviver com os seus ídolos, nomeadamente os jogadores e treinadores da equipa de futebol do Clube.

A estes projetos, juntam-se: Fica Bem Seguro, Faz da tua Escola um Viveiro!, Walking Football, Desporto Adaptado, Hat-Trick - Treinar, Jogar e Vencer, Uma Casa, Um Futuro e Benfica Solidário.

Jogo contra a Pobreza

Logo no ano a seguir ao da sua criação, a Fundação Benfica justificou a sua existência. A 25 de janeiro de 2010, a Fundação Benfica e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento organizaram a 7.ª edição do Jogo Contra a Pobreza, evento solidário que reuniu “Amigos de Ronaldo e Zidane” e “Benfica All Stars”. Eusébio celebrava 68 anos e foi do King o simbólico pontapé de saída da partida. O valor das entradas reverteu para as vítimas da catástrofe (terramoto) no Haiti e o Estádio da Luz registou uma assistência de 51 312 espectadores, que ajudaram a angariar mais de meio milhão de euros.

Poucos meses depois, em julho, a Fundação Benfica e Luís Filipe Vieira entregaram três habitações a famílias desalojadas pelo temporal que ocorrera em fevereiro de 2010. A cerimónia teve lugar na Câmara Municipal da Ribeira Brava, Madeira.

Mais recentemente, a 26 de julho do corrente ano, a Fundação Benfica, através de Carlos Moia (presidente executivo), entregou as chaves da casa de Agostinho Barroso e de Maria de Fátima Sousa, em Vila Facaia, concelho de Pedrógão Grande, reconstruída após os incêndios que assolaram a região centro do País no Verão de 2017.

Centro Conservação e Resaturo

9. Recuperação e projeção da História do Benfica

- RESERVA, CONSERVAÇÃO E RESTAURO. Inaugurado em novembro de 2010, o Centro de Conservação e Restauro foi distinguido em 2011 pela Associação Portuguesa de Museologia com o prémio “Melhor Intervenção de Conservação e Restauro”.

Criado para dar o melhor tratamento ao vasto espólio de conquistas do Sport Lisboa e Benfica, tem como missão a valorização, gestão, conservação e restauro dos objetos que compõem o acervo de bens culturais do Clube.

Com um espaço de cerca de 800 metros quadrados, o departamento contém quatro salas de reserva, onde estão guardadas, organizadas e corretamente acondicionadas todas as peças que compõem o espólio de troféus e ofertas; uma sala com câmara anoxia, onde é feita a recolha de imagens antes, durante e depois das intervenções de restauro, ação essencial para a identificação e estudo de cada peça; um laboratório e sala de conservação, onde são desenvolvidas intervenções de conservação e restauro em objetos compostos por materiais tão diversos como: madeiras, metais, cerâmica, couros e têxteis, bem como documentos gráficos e fotografia.

CDI

- CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO. Na mesma altura da Reserva Conservação e Restauro, o Clube, com a presença de Luís Filipe Vieira, inaugurou o CDI, departamento que tem a missão de preservar, gerir e disponibilizar o acervo documental das águias.

No Centro de Documentação e Informação, as tarefas passam por organizar, digitalizar, catalogar e descrever toda a documentação histórica, situação que garante a atualização diária de toda a informação relativa ao Benfica. O espaço está dividido em dois espaços e tornou-se um departamento incontornável como ferramenta de trabalho para múltiplos propósitos, o principal dos quais alimentar os meios internos – Site Oficial, Jornal O Benfica e BTV – para a mais correta divulgação das notícias do Clube.

Museu

- MUSEU BENFICA - COSME DAMIÃO. Uma das grandes metas de Luís Filipe Vieira sempre foi a construção de um museu que preservasse a história do Clube e que fosse um orgulho para todos os Benfiquistas, e para todos os que são apaixonados pelo desporto em geral.

A 26 de julho de 2013, o presidente tornou o sonho em realidade e inaugurou o Museu Benfica – Cosme Damião, nome dado em homenagem a um dos fundadores do Clube. O espaço abriu ao público três dias depois, que assim, diariamente, podem usufruir de três pisos percorridos por uma vitrina com cerca de 500 troféus numa área total de 4000 metros quadrados. Os visitantes do espaço de história e cultura têm acesso a 29 áreas temáticas, mais de 1000 troféus de todas as modalidades, bem como uma coleção de mais de 30 mil peças.

A história do Benfica confunde-se com a do País e do mundo, e o Museu faz esse contexto sociocultural ao longo dos corredores que ligam os pisos. Os visitantes têm uma área específica dedicada a Eusébio, com objetos pessoais do Pantera Negra e podem visualizar também o vídeo de 18 minutos intitulado “Viagem ao Coração Benfiquista”. Há, ainda, ecrãs táteis com uma breve história de todos os jogadores que vestiram de águia ao peito, numa clara valorização das referências desportivas da Instituição.

Em 2014, o Museu Benfica – Cosme Damião foi distinguido com o Prémio Museu Português, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia. Até ao momento, já visitaram o espaço cerca de 440 mil pessoas.

  Eusebio Funeral

10. Morte de Eusébio

O dia 5 de janeiro de 2014 é, talvez, o mais triste dos 114 anos de história do Sport Lisboa e Benfica. Nessa madrugada de domingo, Portugal recebia a notícia do falecimento de Eusébio da Silva Ferreira, figura ímpar do Clube e do futebol português e mundial, devido a uma insuficiência cardíaca.

A poucos dias de completar 72 anos, a morte do Pantera Negra deixou todo um País de luto. As manifestações de pesar foram imediatas, nomeadamente no Estádio da Luz, em torno da estátua que eterniza o Rei. Milhares de adeptos de todas as cores clubísticas fizeram questão de prestar a última homenagem a um homem que transvazava muito para lá da mais cerrada rivalidade.

Cachecóis, camisolas, peluches, cartazes ou com um simples silêncio, todos e cada um à sua maneira respeitaram o luto que era mais do que dos entes mais próximos de Eusébio, era o luto de todos nós, de um País em lágrimas, porque, como alguém disse um dia: “Eusébio é de todos”. Perante tantos motivos a homenagear o King, Luís Filipe Vieira decidiu a construção de um Mausoléu que os preservasse.

O corpo do antigo futebolista chegou ao Estádio da Luz na tarde desse domingo e a romaria de pessoas que passaram pela porta 1 do estádio foi de muitos milhares. A emoção era o espelho turvo nos olhos de cada um. Entre as presenças, destaque para as mais altas patentes da sociedade e do desporto português, bem como de todos os atletas e dirigentes do Clube.

Urna Eusébio

Todos os clubes da Primeira Liga e vários emblemas em todo o mundo assinalaram o falecimento de um nome incontornável do futebol. Já passava da 1h00 da madrugada quando as portas fecharam, com o corpo a permanecer em câmara ardente no Estádio da Luz.

No dia seguinte, um dos momentos mais simbólicos da Nova Catedral. A urna que transportava o corpo de Eusébio deu a volta ao relvado aplaudida por milhares de adeptos nas bancadas e foi ao centro do relvado para uma última homenagem daqueles que serão para sempre os adeptos que estarão no seu coração.

O cortejo fúnebre de Eusébio saiu do Estádio da Luz rumo à Praça do Município num trajeto que passou pela Segunda Circular-Campo Grande-Avenida da República-Saldanha-Av. Fontes Pereira de Melo-Marquês de Pombal-Av. da Liberdade-Restauradores-Rossio-Rua do Ouro-Rua do Arsenal-Praça do Município e que foi acompanhado por milhares de portugueses.

Em julho de 2015, o Pantera Negra teve honras de Panteão Nacional, onde descansam, atualmente, os seus restos mortais. Eusébio da Silva Ferreira foi o primeiro e é o único futebolista a merecer tal distinção, numa cerimónia que contou com a presença do presidente do Benfica e da família da Glória.

11. Aposta na Formação

A partir de 2015/16, Luís Filipe Vieira apontou a um novo paradigma no Sport Lisboa e Benfica. Desde então, a aposta seria em jogadores formados Made in Caixa Futebol Campus. Os frutos de tal arrojada aposta não se fizeram esperar.

Para comandar esta demanda, o presidente chamou Rui Vitória para liderar os destinos da equipa de futebol do Benfica, homem que passara pelo futebol de formação do Clube antes de lançar, nomeadamente no Paços de Ferreira e no V. Guimarães, vários jovens que acabaram por despontar. “O futuro do Benfica passa por atletas formados nesta casa. Este é um ponto de honra”, disse Luís Filipe Vieira na apresentação do técnico no Museu Benfica – Cosme Damião.

O efeito na equipa foi imediato. Logo na época 2015/16, o Benfica promoveu à equipa principal Ederson, Nélson Semedo, Lindelöf, Renato Sanches, com Gonçalo Guedes, que já se havia estreado, a ser aposta cada vez mais regular; em 2016/17, André Horta regressou ao emblema onde se formou para se assumir no meio-campo encarnado; na terceira temporada de Rui Vitória na Luz, em 2017/18, Varela, Rúben Dias, João Carvalho e Diogo Gonçalves foram aposta regular do técnico nas várias competições; na época que ainda decorre, João Félix e Gedson são os talentos que germinaram no Seixal e que estão a crescer na equipa principal, e que se juntam aos regressos de Alfa Semedo e Yuri Ribeiro, dois nomes que passaram pelo Caixa Futebol Campus.

Só na última década de Luís Filipe Vieira como presidente, houve 500 jogadores do Clube chamados aos trabalhos das Seleções Nacionais e 34 futebolistas formados no Caixa Futebol Campus jogaram na Seleção A. Só na última convocatória de Fernando Santos para os jogos com Polónia e Escócia, o Benfica foi o Clube mais representado, com quatro futebolistas, sendo que, dos 25 chamados, 10 foram formados ou passaram pela formação das águias: João Cancelo, Rúben Dias, Mário Rui, Danilo, Pizzi, Bernardo Silva, Renato Sanches, Gedson, Gonçalo Guedes (entretanto, substituído pelo também benfiquista, Rafa) e Hélder Costa. Nos Sub-21, nota para a presença de Yuri Ribeiro e João Félix.

Afonso Jesus

O retorno financeiro e desportivo com tal aposta no futebol vai ser, segundo Luís Filipe Vieira, replicado para as modalidades de pavilhão. De forma a garantir o futuro, o Clube está a investir numa base de jogadores jovens formados no Benfica para serem aposta nas equipas seniores no andebol, basquetebol, hóquei em patins, futsal e voleibol.

Miguel Espinha, João Pais, Pedro Corte-Real, Alexandre Cavalcanti, Tiago Costa, Francisco Pereira, Gonçalo Nogueira, Davide Carvalho, Paulo Moreno e Pedro Loureiro (andebol); Rafael Lisboa, Aljaz Slutej, Gonçalo Delgado e Tomás Barroso (basquetebol); André Correia, Cristiano, Silvestre Ferreira, Afonso Jesus e Bruno Graça (futsal); Miguel Rocha, Diogo Rafael e Pedro Henriques (hóquei em patins); Miguel Sinfrónio, Manuel Rodrigues e João Simões (voleibol). 

Taça Intercontinental

12. Ecletismo

Historicamente, o ADN do Benfica é ligado ao ecletismo, promovendo o desporto como um todo e não apenas uma modalidade. Sintomático, o símbolo tem presente uma roda de uma bicicleta – alusão que nasce em 1908 quando o Sport Lisboa se fundiu com o Grupo Sport Benfica.

Desde os primeiros anos de vida que o Clube demonstrou todo o seu ecletismo. Logo em 1925, altura em que o Benfica adquiriu os terrenos onde nasceu o Campo das Amoreiras. Já nesta altura, o Clube criara as secções de hóquei em patins, hóquei em campo, râguebi, basquetebol, andebol, bilhar e voleibol. A estas modalidades, juntou-se o ciclismo onde José Maria Nicolau espalhava admiração nos anos 30 com a vitória em duas Voltas a Portugal.

Estava dado o mote para o que se seguiria nas décadas vindouras. Na década de 1950, as águias criaram as secções de boxe, badminton, patinagem artística e caça submarina, expandindo assim o seu ecletismo. A ganhar a toda a linha dentro e fora de portas, o Benfica crescia exponencialmente. As infraestruturas tinham de acompanhar e assim foi nos anos 60 e 70, com a construção das piscinas e do Pavilhão Borges Coutinho, que juntavam ao Pavilhão n.º 2. O andebol, basquetebol, hóquei em patins e voleibol tinham as suas casas para crescerem e vencerem títulos. Assim foi até à mudança de século.

A viragem para o Século XXI é a viragem do Clube que, com Luís Filipe Vieira, voltou a escrever uma história de sucesso, com a recuperação das modalidades de sempre, com a construção de um Complexo Desportivo, onde, para além do Estádio, se contemplou dois pavilhões e piscinas. O 33.º presidente recuperava o ADN do Clube, respeitando a centenária história. “Quem não respeita o passado, não tem futuro”, disse o líder dos encarnados.

As cinco principais modalidades de pavilhãoandebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol – e o atletismo foram crescendo devagar, mas de forma sustentada e os títulos eram, apenas, uma questão de (pouco) tempo. O futsal e o voleibol mostraram o caminho das conquistas nos primeiros anos da primeira década de 2000, para as restantes arrancarem em força logo a seguir.

A aposta no feminino também é uma das marcas da presidência de Luís Filipe Vieira... e com muitos títulos! Neste momento, o Benfica tem equipas seniores femininas nas cinco modalidades de pavilhão, râguebi, pólo aquático e Futebol. Único!

Em 12 anos de presidência, em 19 modalidades – excluindo o futebol –, o Clube conquistou 818 títulos: 18 internacionais, 457 nacionais e 343 regionais.

Todos os anos há conquistas a festejar, mas a época mais profícua foi a de 2014/15, quando, ao título nacional do futebol, se juntaram os campeonatos de Hóquei em patins (também campeão europeu), futsal, basquetebol e voleibol. 

Canoagem

- BENFICA OLÍMPICO. O projeto nasceu em 2008 com os Jogos Olímpicos de Pequim, consolidando uma aposta em atletas olímpicos que começara em 1936. Na China estiveram cinco atletas do Benfica, sendo que Vanessa Fernandes, Nelson Évora e Di María conquistaram medalhas. A representação de atletas do projeto nas Olimpíadas teve um trajeto em crescendo. Em Londres (2012) estiveram 11 e no Rio de Janeiro (2016) duplicou.

Os 22 atletas do Clube em representação de Portugal é o novo recorde do Clube em missões Olímpicas lusas. Destaque, neste particular, para a medalha de bronze de Telma Monteiro no judo e para as recentes medalhas conquistadas pela canoagem, com especial nota para Fernando Pimenta.

Fly Emirates

13. Internacionalização da marca

Com adeptos em todos os cantos do mundo, o Benfica não pode confinar a sua marca ao território nacional. Sempre na vanguarda e com a janela aberta, o Clube assinou, a 19 de maio de 2015, um contrato de patrocínio com a Emirates, companhia aérea do Dubai, válido por três anos – entretanto renovado.

Este acordo mexia, de forma incontornável, com a forma como o mundo olharia para o Benfica doravante. "Este é um acordo que nos projeta a nível global", disse Luís Filipe Vieira em 2015, acrescentando: "O Benfica passa a fazer parte de uma restrita elite mundial."

A Fly Emirates juntava-se a outros parceiros internacionais do Clube: adidas, Coca-Cola, Repsol, Huawei, LeasePlan, Betclic, Norauto e Hublot.

Porém, Luís Filipe Vieira sabia que a marca Benfica teria de saber entrar em mercados internacionais sem ser a reboque dos patrocinadores. E foi isso que aconteceu! Através das Casas do Benfica e das Escolas de Futebol, a marca Benfica está hoje representada nos vários continentes.

Relativamente às Escolas de Futebol do Benfica, para além da abrangência no território nacional, os jovens têm oportunidade de aprender e crescer com os métodos de treino implantados pelo Clube em Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, Canadá, Espanha e China; no que concerne às Casas, pode encontrá-las nos cinco continentes: 13 na Europa, 3 em África, 1 na Ásia, 1 na Oceânia e 13 na América.  

Domingos Soares Oliveira

14. Profissionalização

Com Luís Filipe Vieira, o Sport Lisboa e Benfica deixou de ser apenas um clube desportivo e passou a ser também um grande grupo empresarial, com os melhores profissionais em cada área, e os resultados estão à vista. Segundo o último Relatório e Contas, o Grupo Sport Lisboa e Benfica é constituído pela Benfica Multimédia, Benfica Seguros, Benfica SGPS – tem a seu cargo a Benfica FM e a Red Up Sports –, Benfica SAD – tem a seu cargo a Benfica Estádio e a Benfica TV –, Clínica Benfica, Benfica Parque, Fundação Benfica e a Identiperímetro.

A boa gestão e a constante inovação preconizada pelo presidente têm recebido amplos elogios e isso vê-se nas contas apresentadas aos Sócios e constantemente aprovadas por larga maioria. No último Relatório e Contas, em setembro, o Clube apresentou lucros de 20,6 milhões de euros; no mês seguinte, a SAD também apresentou lucros na ordem dos 20 milhões, “o segundo melhor resultado de sempre”, sendo que este foi “o quinto exercício consecutivo em que a Benfica SAD apresenta lucro”. A SAD encarnada foi mesmo a única dos chamados três grandes a apresentar lucros.

Assembleia Geral

Para além dos lucros apresentados, a boa gestão vê-se no abatimento do passivo. Em fevereiro último, na Casa do Benfica de Braga, o presidente revelou que dos 400 milhões do contrato com a NOS, "100 milhões de euros vão ser pagos ao sistema financeiro português para abater parte da dívida do Benfica". Esse trabalho já arrancou como foi apresentado no último Relatório e Contas da SAD, com o passivo a baixar 40,1 milhões de euros para um total de 398,3 milhões de euros.

Abrindo o espetro à Europa, segundo o relatório da Deloitte para 2018, o Benfica está no top 30 de clubes com maior faturação: 157,6 milhões de euros, e é o único emblema português presente neste estudo.

 Luís Filipe Vieira

15. Luta pela verdade desportiva

Mal chegou a presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira abanou o futebol português. O caso “Apito Dourado” rebentou e esta acabou por ser uma luta travada pelo líder dos encarnados. A partir daqui o futebol português não mais seria igual.

O escândalo de corrupção emergiu em 2004. Começou por relacionar o Gondomar, clube de divisões secundárias, com eventual vantagem desportiva, mas rapidamente resvalou para o Boavista e FC Porto. Através de escutas telefónicas, Pinto da Costa, Valentim Loureiro, presidentes do FC Porto e Boavista nesta altura, Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem, vários dirigentes e árbitros e até empresários foram apanhados a combinar jogos através de códigos. As escutas não foram aceites pela justiça civil, mas acabaram por ser pela desportiva, e, posteriormente, disponibilizadas na internet, através do YouTube.

Entre os vários casos, os mais mediáticos acabaram por ser os jogos do FC Porto com o Estrela da Amadora e Beira-Mar, em 2003/04, em que se ouve Pinto da Costa a falar em “fruta e café com leite” (nomes de código para prostitutas) com o empresário António Araújo de forma a aliciar o árbitro do encontro com o Estrela da Amadora, Jacinto Paixão; diante do Beira-Mar, o juiz escolhido fora Augusto Duarte, que, supostamente, visitou a casa de Pinto da Costa, na zona da Madalena, sem que tenha saído daqui qualquer tipo de prova (Caso Envelope).

Fábio Coentrão

Mais recentemente, com a Santa Aliança, o Benfica viu-se atacado por FC Porto e Sporting CP. Os dois clubes, teoricamente rivais, uniram-se para derrotar as águias. “O Benfica não estava preparado para lidar com o crime organizado”, foi uma das frases proferidas por Luís Filipe Vieira perante os ataques sem precedentes ao Clube.

Os ataques iniciaram-se com os Vouchers caso entretanto arquivado –, oferenda do Benfica aos árbitros que apitam jogos dos encarnados na Luz e que foi exposto por Bruno de Carvalho, antigo presidente do Sporting, no programa “Prolongamento” da TVI. O antigo dirigente pôs em causa a oferta dos vouchers para a equipa de arbitragem usufruir de uma refeição no restaurante Museu da Cerveja, em Lisboa, para além de serem agraciadas com o Kit Eusébio. Este caso acabou por ser apresentado à UEFA que não considerou tratar-se de uma tentativa de corrupção, mas sim de uma forma de bem-receber por parte do Clube da Luz.

Não recuperado do caso dos Vouchers, a Santa Aliança virou agulhas para o caso dos E-Mails. Alegadamente, através do hacker Rui Pinto, português que vive em Budapeste e confesso adepto do FC Porto, os dois clubes tiveram acesso aos e-mails profissionais de vários funcionários do Benfica nos últimos anos. Francisco J. Marques, funcionário do departamento de Comunicação dos azuis e brancos, foi tornando público o seu conteúdo através do programa semanal onde intervinha no Porto Canal.

Em paralelo, o Sporting, através de perfis das redes sociais, Artista do Dia e Mister do Café, fazia a mesma divulgação de conteúdo da esfera privada do Benfica. Em fevereiro deste ano, o Tribunal da Relação do Porto, através de uma providência cautelar colocada pelos encarnados, proibiu o FC Porto e Francisco J. Marques de divulgarem os e-mails do Clube da Luz. Porém, os mesmos continuam a ser tornados públicos através do blogue Mercado do Benfica.

Texto: Marco Rebelo

Fotos: Arquivo / SL Benfica

Última atualização: 21 de março de 2024

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