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Andebol
Em entrevista à BTV, o treinador de andebol do Benfica apontou as metas para a época 2019/20.
29 julho 2019, 18h45
Carlos Resende
O técnico benfiquista falou dos reforços para a nova temporada, das metas a atingir e, recuando uns anos, ainda abordou momentos do tempo em que era andebolista.
"O desporto sem adeptos não faz sentido, não é a verdadeira essência do espetáculo, e é isso que nós queremos: proporcionar um bom espetáculo às pessoas, porque de facto os adeptos são muito importantes para qualquer equipa que, como nós, quer ser campeã."
"Durante a época passada tivemos algum défice no que diz respeito à lotação do nosso Pavilhão. Leva 1500 pessoas e dificilmente o conseguimos encher. Então temos de lutar, começando no treinador e nos jogadores, no sentido de conquistar as pessoas. Essa é a nossa responsabilidade também, temos de trabalhar no sentido de em cada jogo proporcionarmos um espetáculo que seja uma mais-valia para qualquer pessoa vir ao Pavilhão. E se conseguirmos que as pessoas venham, que nos apoiem, e ainda de alguma forma conseguirmos educar para aquilo que são as necessidades de apoio para uma modalidade como o andebol, então aí o público do Benfica seria não o oitavo jogador, mas o primeiro."
"Quando estamos a chegar e vemos um pavilhão cheio é um sentimento de pertença e de apoio tão grande que dificilmente é explicado por outra atividade qualquer. É como se tivéssemos ali alguém a empurrar-nos para uma corrida que queremos muito ganhar. É um 'doping' desportivo e perfeitamente autorizado por todas as instituições."
"Terminámos em terceiro, empatados pontualmente com o Sporting, mas temos de reconhecer que os principais responsáveis somos nós, começa pelo treinador, pelos jogadores, a responsabilidade é sempre de quem tem a bola e de quem trabalha diariamente. É claro que dentro da sorte ou azar, o facto de termos tido muitas lesões, e algumas delas em jogadores da mesma posição, foi algo limitativo."
"Os candidatos a vencer diria que são o Benfica, o FC Porto e o Sporting. Este ano, naquilo que são as movimentações, o Madeira SAD está-se a apetrechar desportivamente muito bem, por isso, será com certeza uma equipa a ter em consideração, mas o Benfica, o FC Porto e o Sporting, até pelos seus orçamentos, partem com uma responsabilidade maior sobre todas as demais."
"A equipa mais forte à partida será a croata [RK Dubrava], até porque a Croácia é um país com muita tradição no andebol e com certeza que será uma equipa, que em termos teóricos, será mais forte que a equipa de Malta [Swieqi Phoenix]. Quem quer ganhar uma competição europeia não pode olhar para uma segunda ou terceira ronda com receio do adversário; tem de olhar para mais um adversário que temos de vencer."
"Cedemos a outras equipas os jogadores mais novos para lhes poder dar mais espaço em campo, espaço esse que estava limitado se ficassem aqui no Benfica. Essa estratégia tem revelado resultados muito positivos dos quais o Gustavo Capdeville e o Francisco Pereira são dois bons exemplos. Agora estão cá e vão ter o seu espaço para poderem atuar. A nossa equipa tem espaço para os jovens virem treinar. Aliás, temos alguns espaços matinais onde alguns jovens, que têm à partida um potencial maior, poderão treinar com os treinadores e alguns jogadores da equipa principal."
"O Petar Djordjic é um excelente atirador, é o lateral-esquerdo da equipa, e aquilo que nós necessitamos dele é que procure ajudar na nossa capacidade de remate exterior. Estamos a falar de um atleta com uma experiência muito grande. O Carlos Molina é de um andebol muito interessante, que é o espanhol, tem uma escola de formação fantástica, tem jogadores com uma garra que normalmente é reconhecida em todo o lado; é um excelente defensor, aliás, a nossa necessidade de ir buscar o Carlos Molina é consolidar a nossa defesa e o nosso bloco central. O René foi capitão daquela que foi uma das melhores equipas do mundo. Todos eles serão uma mais-valia, e um desafio que nós lhes vamos propor é que eles também colaborem na formação dos nossos atletas com toda essa experiência internacional."
"Com a equipa que estamos a construir só faz sentido falar numa coisa, que é vencer. O nosso objetivo tem de passar por vencer cada jogo, ou seja, se vencermos todos os jogos conseguimos o que é tão esperado, que é conquistar o Campeonato Nacional. Internamente temos o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal, e depois vamos ter a EHF. Na época passada tivemos uma equipa portuguesa brilhantemente na final four, portanto, não faz sentido nenhum com a equipa que estamos a construir, com a mais-valia de atletas nacionais e internacionais, falarmos de não vencer; o objetivo é também conquistar a EHF."
"O meu pai trabalhava num cabeleireiro com o meu tio e, um dia, um dos clientes disse-me que eu tinha de ir experimentar treinar andebol. Eu não fazia a mínima ideia do que era, nem como se jogava, mas depois comecei a treinar no Ateneu da Madre Deus. Fui jogar aos 17 anos para o norte, pela primeira vez na equipa sénior, e desde essa altura mantive-me por lá. Costumo dizer que há três fases: a primeira é a da curiosidade, depois passa pela etapa das amizades e depois há uma terceira etapa que é quando descobrimos mesmo que gostamos mesmo de jogar, e a partir daí não há nada a fazer."
"Sinceramente não sei por que começou esta alcunha e quem a utiliza. Já ouvi várias vezes, mas julgo que estará associada ao facto de ter tido uma carreira de andebol onde na Seleção A iniciei aos 17 anos e terminei aos 34, 35. Foram muitos anos a representar Portugal, daí que a imagem da nossa geração tenha sido uma imagem mais forte, porque tivemos em muitas competições internacionais."
"Não quis por diversos motivos, mas salientaria aqui dois. Numa primeira fase tive a oportunidade, principalmente quando estava a jogar no ABC, de jogar ao mais alto nível. Tive a felicidade de ser um dos melhores marcadores da Liga dos Campeões em dois anos seguidos e então dava-me um prazer acrescido jogar numa equipa portuguesa e ganhar às outras equipas, é indescritível."
"Nunca fiquei com muitas saudades de jogar porque continuei ligado ao andebol como treinador. Numa fase inicial da minha vida não equacionava a hipótese de ser treinador, mas depois, com o evoluir e com o relacionamento que fui tendo com os meus colegas, decidi continuar ligado à modalidade. Jogar é o melhor, foi o que mais prazer me deu, é o mais fácil. É muito mais fácil ser jogador do que ser treinador, mas sabemos que não podemos jogar para sempre. O meu ponto de honra foi terminar a carreira enquanto jogador quando ainda era desejado."
"Somos uma sociedade onde a diferença entre o futebol e outras modalidades é muito grande, e não importa tentar lutar contra isto de uma forma cega. Contudo, há sempre algum espaço de crescimento e o andebol tem esse espaço. E grande parte deve-se a nós, aos nossos resultados. Devemos procurar boas equipas para que os resultados possam crescer. Deve-se também à estrutura na medida de melhorar o evento em si. Recordo-me que no meu tempo olhávamos para a Espanha e pensávamos que, para quem gosta de andebol, se tivesse nascido do outro lado da fronteira tinha mais oportunidades, porque a aposta nas modalidades era maior. Hoje, existe um conjunto de países e de equipas com uma aposta no andebol fortíssima. As oportunidades que os jovens têm ainda é diferente perante o sítio onde nascem, mas isso é que nos dá esta riqueza, nascer num país que tem algumas dificuldades e depois ter alguns resultados interessantes."
Texto: Márcia Dores
Fotos: Isabel Cutileiro / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024