Futebol
18 outubro 2019, 23h43
Bruno Lage
“Não coloco a segunda parte num nível melhor do que a primeira porque a equipa teve um comportamento sério ao longo dos 90 minutos e é isso que nos deixa felizes e realizados. Era esta reentrada forte que queríamos. Tivemos várias oportunidades de golo na primeira parte, inclusive duas ou três situações de jogadores completamente isolados em que podíamos ter feito o nosso golo mais cedo. Tivemos uma reentrada muito forte na segunda parte. A vitoria é importante porque nos permite passar à fase seguinte, mas quero destacar a seriedade e o comportamento tático e coletivo que a equipa teve. Estamos satisfeitos com aquilo que fizemos durante os 90 minutos.”
“Qualquer uma das equipas perde com golos. Nós, até esse momento [primeiro golo], temos várias oportunidades e três muito claras – duas do Vinícius e outra do Pizzi – perante o guarda-redes. São três oportunidades muito boas que nos poderiam ter dado o golo muito mais cedo, mas o futebol é isto. Um golo a terminar a primeira parte e o segundo a reabrir deixaram-nos mais confortáveis. O adversário, a perder, nunca abdicou de defender no bloco baixo, e nós fomos controlando o jogo, criando as nossas oportunidades.”
“As duplas são isso, termos uma ideia daquilo que queremos em termos coletivos e depois perceber o que é que, em termos de contributo individual, os jogadores podem trazer. O coletivo vive disso, da dinâmica de dois avançados, da dinâmica dos dois médios, de laterais com alas… O mais importante é, a cada momento e a cada oportunidade que qualquer um deles tenha, darem uma resposta como a de hoje.”
“Não. Garantiu aquilo que tem feito, quer ele, quer o Raul, quer o Seferovic, quer o Jota… a cada oportunidade fazerem aquilo que fizeram. Estou satisfeito com o Vinícius assim como estou satisfeito com Raul de Tomas. Fizeram um jogo muito forte, muito competente, os dois a pressionar durante 90 minutos. Claro que os golos vão trazendo cada vez mais confiança a um Vinícius que perdeu parte da pré-época. O mais importante para os jogadores que têm as suas oportunidades é terem rendimento para a equipa, só assim vão tendo novas oportunidades. Não sei se vai ser titular ou não, mas vai ter mais oportunidades ao longo da época.”
“O favoritismo não se altera [com a eliminação do Sporting]. O Benfica é sempre favorito a chegar a uma final e a vencê-la, independentemente do nível do adversário. O que trouxemos para este jogo foi a seriedade que tínhamos de trazer. Foi uma paragem longa, mas os jogadores foram sérios, tiveram uma atitude tremenda e temos de dar continuidade a isto, a este registo, a esta reentrada para os jogos que aí vêm, que são, como sabem, de três em três dias.”
“Não penso nisso. Independentemente do adversário, temos de ser – e somos – sérios candidatos a vencer este troféu. Queremos vencê-lo, por isso, independentemente do sorteio, o nosso objetivo é chegar à final e ganhar.”
“Repito: até ao momento não fizemos gestão de nada. Fizemos, sim, aquilo que eu achei que era sempre o ideal para cada partida. O tempo entre o final de uma época e o início de outra é muito curto, principalmente para estes atletas que depois de terminarem a temporada ainda ficam ao serviço das seleções. Agora temos o Rafa lesionado, sem poder dar o contributo quer à Seleção quer ao Clube. Amanhã [sábado] nenhum destes jogadores estará em condições para jogar. Daqui a três dias, uns estarão, outros não. Daqui a quatro, eventualmente estarão todos. O Rafa está bem, já está no campo e temos mais quatro dias para continuar a trabalhar e perceber qual é o seu momento no dia do jogo.”
“É o próximo jogo. Falámos com os jogadores no último treino antes da paragem para as seleções, voltámos a falar no regresso, temos de ter uma reentrada muito forte nas competições: Taça de Portugal, Liga dos Campeões e Campeonato. É nesse sentido que vamos encarar o jogo seguinte, sabendo da importância do momento em que estamos na Liga dos Campeões.”
“É para eles que nós também jogamos e a quem dedicamos esta vitória. Foram 90 minutos a cantar e a puxar por nós. Sentimos o apoio, percebemos as desilusões e as frustrações, mas, com o apoio deles e com a nossa seriedade, temos de ser um Benfica cada vez mais forte e unido.”
“Lembro-me mais no Vitória de Setúbal. Ainda hoje passou um golo na televisão em que ele fez dois ‘cabritos’ e encostou. Recordo-me perfeitamente de estar com o meu pai na bancada e de ver esse golo ao vivo.”
Texto: Filipa Fernandes Garcia
Fotos: Isabel Cutileiro / SL Benfica