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Modalidades
"Eu não quero ser pessimista, mas vejo que a natureza dos clubes irá mudar: temos de ser muito mais realistas, não podemos dar passos maiores que a perna", afirma o diretor das modalidades coletivas de pavilhão do SL Benfica.
21 março 2020, 14h00
Rui Lança
Em declarações à BTV, o diretor das modalidades coletivas de pavilhão do SL Benfica alertou ainda para a necessidade de se conseguir encontrar "um modelo que pudesse apurar o campeão de todas as modalidades sem colocar em causa a verdade desportiva" e a "saúde dos agentes desportivos".
"Eu acho que vai haver um antes e um pós-COVID-19. A grande maioria dos clubes e das organizações desportivas – e aqui coloco também as federações e pequenas entidades – não estão preparados para aquilo que é a ausência de receitas diretas e indiretas, que vão ficar um pouco penduradas. A falta de receitas vai fazer com que a capacidade de resposta às necessidades seja menor. Fala-se muito do futebol, mas as modalidades, numa dimensão mais inferior, vão viver com isto de igual forma ou de forma mais acentuada."
"Nós não competimos sozinhos, por isso, precisamos de todo o tecido desportivo em Portugal. Há campeonatos que tinham clubes a mais por causa de algumas mudanças que foram feitas nos últimos anos nos quadros competitivos. Poderá haver um decréscimo do número de equipas em alguns campeonatos. O papel dos grandes clubes de alguma forma é também estarem preparados e com boas práticas para os clubes mais pequenos, numa realidade diferente, poderem aplicar no dia a dia. Sem criticar nenhuma, vejo poucas federações capacitadas para reagir a isto, quer do ponto de vista do número de recursos humanos para este tipo de acontecimentos, quer até da capacidade financeira. Há muitos clubes que vão pedir ajuda. Da parte do Governo, mais uma vez vê-se o papel pouco ativo, o que se deve muitas vezes ao número reduzido de pessoas que têm nestas entidades estatais a trabalhar. Não achando que o Estado deve controlar tudo na área desportiva, agora pedia-se uma maior intervenção, nem que fosse para tranquilizar. A falta de informação mais concreta do que virá nos próximos tempos pode justificar esta ausência, mas nós, clubes, precisamos de orientações. Algumas federações estão a tentar encontrar alguma forma de apurar o campeão e é importante perceber como poderemos salvar o que ainda se pode salvar desta época, não prejudicando a época que vem."
"Sem nunca colocar em causa aquilo que é a saúde e a segurança de todos os agentes desportivos envolvidos nos quadros competitivos, parece-me que a primeira opção era conseguir encontrar-se um modelo que pudesse apurar o campeão de todas as modalidades sem colocar em causa a verdade desportiva. Aqui tem de depender da modalidade. No andebol, basquetebol, voleibol, hóquei em patins e futsal, cada federação tem o seu quadro competitivo já à partida. Algumas são através de play-off, noutras há um misto – como é o caso do andebol –, e depois temos, por exemplo, o hóquei em patins, que é apenas campeonato direto como no futebol 11. Cada solução tem de ser adaptada à sua realidade. Deveríamos estar envolvidos de forma construtiva para chegar a uma solução para encontrar o campeão de forma justa e sem nunca colocar em causa a segurança."
"O diálogo tem acontecido, mais numas modalidades do que noutras. Os clubes têm estado em contacto também no sentido de perceber que existem diferentes níveis de clubes em cada competição, que nunca vai existir uma decisão que vai agradar a todos e temos de pensar que temos de salvaguardar a competição, quer desta época, quer da próxima. Às vezes estamos muito preocupados com o que vai acontecer nesta época, mas a próxima será sempre uma temporada atípica porque a própria preparação não começa só em agosto."
"Acho que isto não é só a realidade das modalidades, mas também do futebol. Mas, sim, as modalidades têm uma característica que o futebol não tem, que é a ausência de receita. A maioria das modalidades suporta a sua aparição na televisão, tem de fazer ginástica para sobreviver com os poucos apoios que existem. É um dirigismo amador, mas muitas vezes superprofissional no que compete a encontrar soluções. Eu não quero ser pessimista, mas vejo que a natureza dos clubes irá mudar: temos de ser muito mais realistas, não podemos dar passos maiores que a perna."
"Estamos otimistas em pensar que, depois do dia 2 de abril, a data de paragem possa não ser prolongada muito mais tempo e que possamos voltar a normalidade no que diz respeito a alguns treinos, e depois, com aquilo que forem as decisões das federações, podermos ter alguns quadros competitivos reatados."
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024