NewsBenfica

03 abril 2020, 15h24

José Nuno Martins Jornal O Benfica

José Nuno Martins em casa

O diretor do jornal O Benfica assina o editorial da edição desta sexta-feira da News Benfica, disponível online no Site Oficial. José Nuno Martins analisa como a pandemia do novo coronavírus apanhou muitos países desatentos e, num contraponto, comenta a capacidade de perceção e pronta atuação do Clube.

"Da inconsciência inicial acerca da natureza e do poder maléfico do vírus que por toda a parte foi apanhando os países desprevenidos e impreparados, passar-se-ia a uma conjunção de incredulidade geral: a inaudita virulência progredia a uma velocidade tal que, fosse onde fosse e fossem quais eles fossem, os recursos disponíveis cedo deixavam de parecer suficientes para conter ou retardar o pesadelo", lembra o diretor do jornal O Benfica, em recolhimento na sua residência.

"Inseguros, frágeis e indefesos, alguns – os que continuavam entretidos com as pequenas incidências e competições do quotidiano – só demasiado tarde se dariam conta das fatais vulnerabilidades dos sistemas de defesa individuais e coletivos. Em todo o caso, em órgãos de Estado, como em entidades públicas em que o espírito comum já era forte, houve quem, aqui e ali, tendo sabido ler os sinais que chegavam do extremo oriente, pôde tomar a tempo algumas providências que um realismo prospetivo deles decorrente logo aconselhavam", assinala José Nuno Martins.

"Os sólidos canais de relação que a pulsão universalista do Sport Lisboa e Benfica estabelecera com a grande nação chinesa durante a última década, terão certamente sido contributivos para que a Direção de Luís Filipe Vieira tivesse percecionado a gravidade do cenário desde os primeiros dias de março, antes de qualquer outro clube em Portugal, de modo a assumir um primeiro prudente conjunto de informações e medidas", recorda.

"Poucos dias depois, o Benfica anunciava uma segunda leva de resoluções mais abrangentes e firmes, cujo impacto se revelaria determinante além das fronteiras da Família Benfiquista, e terá ficado como um novo exemplo da vanguarda cívica que o Benfica sempre representou na sociedade portuguesa", complementa José Nuno Martins.

Águia Benfica

"Fosse pela capacidade de mobilização dos recursos adequados, fosse pela determinação adotada em todas as instâncias do Clube e do Grupo empresarial – e em especial na Fundação, como nas Casas do Benfica – ou, até mesmo, ao nível das próprias estruturas competitivas que naturalmente se mantêm em situação de confinamento, o conjunto de medidas adotadas desencadeou e fortalece o mesmo solidário sentimento geral da responsabilidade social que os Benfiquistas sempre avocam nos momentos mais difíceis da nossa História contemporânea", enfatiza o diretor do jornal O Benfica.

Aludindo à intervenção de Carlos Moia num recente editorial da News Benfica, José Nuno Martins entende que o presidente executivo da Fundação Benfica teve uma afirmação sintética e lapidar sobre o contexto que se vive no Clube. "O Benfica reagiu com força, músculo financeiro e dimensão. É admirável a grandeza deste Benfica que, perante a enormidade deste embate universal, mobiliza todas as suas energias e atua a uma só voz, direto, incisivo, grande!", escreveu Carlos Moia no dia 30 de março.

"Se nestes momentos nos sentimos talvez verdadeiramente 'todos juntos' como nunca, porque, por enquanto, ainda é mais urgente estarmos todos no 'mesmo clube', já ninguém tem dúvidas de que, no dia de amanhã, sairemos deste pesadelo ainda mais fortalecidos, mais solidários e mais úteis. Ao Benfica. E a Portugal", termina José Nuno Martins.

Fotos: SL Benfica

Última atualização: 21 de março de 2024