Conteúdo Exclusivo para Contas SL Benfica
Para continuares a ler este conteúdo, inicia sessão ou cria uma Conta SL Benfica.
Para continuares a ler este conteúdo, inicia sessão ou cria uma Conta SL Benfica.
Futebol
05 outubro 2024, 13h50
Bruno Lage
A vitória clara e marcante sobre o Atlético de Madrid, por 4-0, na 2.ª jornada da fase de liga da Liga dos Campeões, na quarta-feira, 2 de outubro, serviu como pano de fundo para grande parte das questões efetuadas a Bruno Lage, que assegurou "foco total" no Nacional, emblema que possui uma "equipa muito interessante".
Na conferência de Imprensa realizada no Benfica Campus, neste sábado, 5 de outubro, o treinador enalteceu a importância de, no domingo, as águias encerrarem o ciclo de seis jogos em 23 dias com uma vitória.
Na sequência da última vitória do Benfica, a equipa está na melhor fase até agora? Que avaliação faz do Nacional?
Aquilo que eu quero é que a equipa esteja no seu melhor foco de sempre, porque é isso que temos de levar para o próximo jogo. Isso é que é importante, é estarmos focados no Nacional, porque é realmente uma equipa muito interessante. Tivemos a oportunidade de começar a observar o nosso adversário, e, realmente, vemos que é um adversário muito interessante. O seu potencial e o que tem feito no Campeonato não refletem em nada a classificação, por isso temos de estar preparados, porque vamos encontrar uma equipa que, especialmente em termos ofensivos, pode criar-nos vários cenários. Por vezes, tem uma saída a três com o lateral-direito mais baixo, uma saída a três com o médio entre os centrais. É uma equipa que procura muito bem o corredor contrário, não só na largura máxima dos laterais, mas também no espaço interior, ou seja, nas costas dos nossos médios, e, depois, com um ataque muito forte à nossa linha defensiva, por isso, conhecendo o adversário, também a postura do treinador – ao longo dos anos uma subida a pulso, já com um trabalho que sustenta a sua entrada na I Liga –, temos de estar focados nisto tudo que acabei de dizer e preparados para fechar este mês de trabalho, de seis jogos, com uma vitória. Esse é que é o nosso foco.
Perante as recentes declarações de Otamendi – em que disse, há uns meses, que a prioridade era a seleção nacional, a Argentina, e que já chegou ao treino adormecido porque ficou a ver os jogos do River Plate, abordando inclusive um possível regresso ao seu país –, acha que o foco do jogador está em outro lado? Perante o jogo com o Atlético de Madrid, Álvaro Carreras entrou na lista dos indiscutíveis para si?
Sobre o Nico [Otamendi], aquilo que me interessa é que está completamente focado dentro de campo. É aquilo que mais interessa. E, dentro do campo, o que interessa e o que lhe pedi é que ajudasse a alinhar os colegas para estarmos todos concentrados e focados naquilo que temos de fazer. Isso é que é o mais importante neste momento. Indiscutíveis... tem sido a equipa. Ainda no último jogo [frente ao Atlético de Madrid, na quarta-feira, 2 de outubro] lancei o desafio aos jogadores, que a melhor versão de cada um viesse ao de cima para poder ajudar a equipa, e nós vimos isso, quer no onze titular, quer naqueles que entraram para ajudar a equipa, e têm feito isso nestes cinco jogos. E o desafio de amanhã [domingo, 6 de outubro] é no mesmo sentido, mas a melhor versão da equipa. Do que a equipa tem feito nestes cinco jogos. A melhor versão da equipa tem de surgir amanhã [domingo] para fecharmos este ciclo de seis jogos com uma vitória, porque só assim é que faz sentido. Hoje [sábado] faz um mês em que fui apresentado, precisamente nesta sala, e então foi olhar para este ciclo de quatro jogos de Campeonato e dois da Liga dos Campeões. O que tínhamos de fazer no imediato era vencer, e só faz sentido terminar este ciclo com a vitória de amanhã [domingo]. Depois, perceber o crescimento que temos vindo a fazer ao longo deste mês à frente da equipa.
"Aquilo que eu quero é que a equipa esteja no seu melhor foco de sempre"
Bruno Lage
Desde que chegou ao Benfica, a qualidade de jogo aumentou bastante, principalmente a partir de quarta-feira [2 de outubro]. Pensa que os rivais estão agora mais atentos a este Benfica? Há três anos, o Benfica venceu o Barcelona por 3-0, e logo a seguir perdeu em casa com o Portimonense. Sente que há o risco de excesso de confiança frente ao Nacional?
Da nossa parte, não. Ainda hoje falámos com os jogadores sobre dois ou três jogos anteriores em que a equipa veio de resultados muito bons e, depois, no passo seguinte, não aconteceu. Foi apenas de conversa para perceberem o que é o futebol, passamos do 8 ao 80 e do 80 ao 8 muito rápido. Entretanto, com o passar do tempo, são outros jogadores... Ainda do último jogo, em três anos, só um dos jogadores é que passou por isso. O mais importante, e é o nosso foco, é a consistência que temos vindo a fazer. Por isso, repito, a melhor versão da equipa para amanhã [domingo]: consistência, ganhar. E essas duas palavras vêm da personalidade e do carácter de cada um, e pela forma como vejo estes jogadores a trabalhar, e por aquilo que fizeram nos jogos. Ou seja, a seguir a um jogo, perceber o que fizemos de bom e partir imediatamente para o seguinte, porque foi nessa base que fizemos este caminho de cinco jogos. Só faz sentido amanhã [domingo] fecharmos com mais uma boa exibição, consistente da parte de todos, com a melhor versão da equipa e vencer. O nosso foco é em nós mesmos neste momento. Perdoem-me por estar a tocar nesta tecla, mas foi um mês em que quase não tivemos tempo para muita coisa; foi olhar para a equipa, tirar o melhor partido de cada um, como fazer dela uma equipa e olharmos para este ciclo de seis jogos. Estamos contentes pelo que temos vindo a fazer, pelos jogos que vencemos, pela forma como sentimos que a equipa está a crescer, e amanhã [domingo], uma vez mais, a melhor versão da equipa para vencer os três pontos.
Depois de uma goleada, por 4-0, ao Atlético de Madrid, e uma exibição convincente, o grande desafio para este jogo vai ser fazer com que a equipa não entre com excesso de confiança?
A equipa venceu cinco jogos e, no jogo seguinte, não entrou com excesso de confiança, por isso eu não acredito que isso vai acontecer, porque a nossa mensagem passa por termos, quer na nossa carreira, quer na nossa vida, um determinado equilíbrio e uma determinada mentalidade vencedora, e isso é termos sempre a consistência. A cada momento, tenho de dar uma resposta, por isso a preparação para este jogo foi nesse sentido. Uma vez mais, amanhã [domingo], apresentarmos a melhor versão da equipa, para vencer o jogo, e não vamos fugir daqui, porque não tivemos tempo, nem temos tempo, para pensar em mais nada. É fechar um jogo, como temos feito até aqui, e pensar no jogo seguinte da mesma forma.
"A nossa mensagem passa por termos, quer na nossa carreira, quer na nossa vida, um determinado equilíbrio e uma determinada mentalidade vencedora, e isso é termos sempre a consistência"
Aktürkoğlu saiu com algumas queixas no decurso do jogo com o Atlético de Madrid. Vai dar-lhe folga? O jogador está a 100 por cento? Vai a jogo? Que tipo de gestão irá fazer, apesar de o foco ser máximo para esta deslocação à Madeira?
É irmos na máxima força em função da disponibilidade dos jogadores. Temos ainda o dia de hoje e o dia de amanhã [domingo] para decidir. Mas neste momento é preparar o jogo com aquilo que sinto que é o melhor para cada jogo. No último jogo [frente ao Atlético de Madrid], fizemos duas alterações, a de colocar o Tomás [Araújo] a central e o Bah a lateral-direito, porque sentimos que o onze e a estratégia eram o melhor para o jogo. É o que vamos fazer amanhã [domingo], não vamos mudar em nada aquilo que é a nossa forma de pensar e de preparar o jogo do Nacional. Se me perguntar a mim, neste momento, aqui sentado e tranquilo, não me dói nada, mas se começar a correr já me dói alguma coisa. É isso que nós temos de perceber. Ele [Aktürkoğlu] saiu, tem feito um trabalho fantástico. A função que tinha no jogo obrigou-o a fazer corridas de grande intensidade de maiores distâncias. Ele cumpriu, e naquele momento entrou outro jogador para dar continuidade ao trabalho. Hoje [sábado] treinou e sentiu-se bem, mas amanhã [domingo] é que vamos decidir o melhor onze em função daquilo que pretendemos fazer no jogo.
Aktürkoğlu é um jogador que já está a ser apontado como alvo do Manchester United. Preocupa-o o facto de um jogador que acabou de chegar estar já a ser colocado como referência para outro clube? Em relação ao encontro, este é um jogo que lhe provoca algum misto de sensações, visto que frente ao Nacional conseguiu uma vitória histórica, há uns anos, por 10-0, mas também uma viagem à Madeira acabou por ditar a sua saída do Benfica?
[Sorrisos] Olhe, eu quase que lhe perguntava a si é se alguém do Manchester United já convidou o Aktürkoğlu para ir para o Manchester United, porque isso é que é o mais importante... Hoje em dia, à velocidade com que as coisas acontecem e os jogos acontecem, os bons são os que ganharam ontem e os melhores jogadores são aqueles que marcaram o último golo. Ele tem de perceber, e nós todos temos de perceber que o mais importante... Para fazer uma carreira – e eu penso que o principal objetivo que ele tem neste momento é fazer uma carreira bonita ao serviço do Sport Lisboa e Benfica – é ele ser um indivíduo consistente como tem demonstrado. Sobre o outro assunto, eu não olho muito para trás... Do jogo com o Nacional, tenho três boas recordações... A terceira foi porque nesse dia defrontei um grande treinador [Costinha], um bom exemplo de alguém que enquanto jogador começou num clube pequeno e depois conquistou o mundo; a segunda, que me deixa motivo de orgulho, foi a estreia do Tino [Florentino]; e a primeira foi a homenagem que o Sport Lisboa e Benfica fez ao nosso Príncipe, porque se temos o Rei Eusébio, temos o Príncipe Fernando Chalana, e isso é que fica na nossa memória. O resto está guardado, e nós temos é de ir à procura do nosso futuro, e o nosso futuro é já amanhã [domingo] com o Nacional, para fecharmos este ciclo de seis jogos com uma vitória, com três pontos.