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Futebol
18 dezembro 2024, 13h06
Bruno Lage
A interrupção do desafio em 6 de outubro, devido ao nevoeiro, aos 8 minutos, levou a que o mesmo fosse remarcado para esta quinta-feira, 19 de dezembro, dia em que as águias pretendem acertar o calendário da prova com a soma de mais três pontos.
A ambição expressa por Bruno Lage, em conferência de Imprensa, no Benfica Campus, nesta quarta-feira, 18 de dezembro, vai ao encontro do propósito de terminar a competição no 1.º lugar. "O nosso objetivo é chegar ao fim no 1.º lugar. Acredito é que ao dia de hoje, nos últimos 3 meses, nós estamos melhor, estamos numa posição em que dependemos apenas de nós para sermos campeões e acredito muito pela resposta que os jogadores vão dando; ainda hoje, a vontade de querer que o próximo jogo se realize o mais rápido possível, que é com este plantel que a equipa vai ser campeã nacional ou vencer títulos pelo Benfica", disse.
Tendo em conta que este jogo já começou, mas que, entretanto, passaram mais de dois meses, pergunto-lhe: este Nacional é uma equipa diferente?
Sim. É a evolução de dois meses, acredito que, com o tempo e com o treino, e particularmente uma equipa a jogar uma vez por semana, tenha tido tempo para treinar e consolidar processos. O facto de ter vencido, por exemplo, o último jogo, o que traz sempre uma energia muito positiva para a equipa... À partida, os onze estão definidos e nós olhámos muito para aquilo que foram os primeiros três, quatro minutos [do jogo], e olhámos muito também para aquilo que o Nacional fez nos últimos tempos. Por isso, aquilo que é importante referir é que é uma equipa que normalmente joga em 4x4x2, com uma boa dinâmica, quer nas saídas longas, quer nas saídas curtas, com dinâmicas diferentes nos corredores laterais. Um lateral-esquerdo mais profundo, um lateral-direito não tão profundo, mas sempre com uma capacidade de cruzar a meio do meio-campo, a tentar cruzar e colocar bolas na área para a entrada quer do ponta de lança, quer do avançado. Acho que vai ser um jogo difícil, é sempre difícil jogar na Choupana, agora aquilo que é mais importante referir neste momento é que queremos muito jogar o jogo, estamos preparados para jogar o jogo e queremos muito jogar o jogo.
"Aquilo que nós temos na nossa cabeça é jogar, temos muita vontade e muita ambição de jogar o mais rápido possível o próximo jogo"
Bruno Lage
Pergunto-lhe sobre a razão que levou ao adiamento deste jogo, o nevoeiro intenso na Choupana, que está previsto também para amanhã [quinta-feira, 19 de dezembro] pelo IPMA. Como é que o Benfica está a acautelar isto? Estão a prever essa possibilidade? Está a ser pensado algo ao nível de um possível adiamento?
Olhe, nós, com os jogadores, aquilo em que pensámos foi na realização do jogo. Por isso, não pusemos outra hipótese em cima da mesa, preparámos o jogo da forma como temos vindo a fazer e estamos muito determinados para jogar. Aquilo que nós queremos neste momento é jogar. Há um regulamento sobre estas situações, é um facto que é uma segunda vez que se repete, a informação que tivemos é que nos últimos dois meses nada de especial aconteceu e no dia de hoje encontramo-nos nas mesmas situações que nos encontrávamos há dois meses. Não quero estar a dizer algo que não seja real, mas penso que aquilo que o regulamento diz é que se o jogo não se realizar amanhã poderia ter de se realizar no dia seguinte, mas nós não pusemos isso em hipótese. Aquilo que nós temos na nossa cabeça é jogar, temos muita vontade e muita ambição de jogar o mais rápido possível o próximo jogo.
Jogar no dia seguinte?
É uma coisa de cada vez. Primeiro, que o avião tenha condições para sair de cá, aterrar no Funchal, e depois chegar ao estádio, perceber se se pode realizar [o jogo] e aí, sim, depois na altura terei todo o gosto em responder à sua pergunta.
"Temos uma média de aproximadamente três golos por jogo. Isto são factos reais daquilo que nós fizemos nos últimos três meses"
O Benfica vem de dois empates consecutivos, e ainda não tinha acontecido com Bruno Lage. Pergunto-lhe se a equipa está de certa forma abalada, e se sente também que está a passar por uma altura de menos fulgor exibicional. Sente alguma quebra exibicional na equipa?
Olhe, vou pegar na sua última pergunta da conferência [de Imprensa] aqui, em que falou dos últimos três meses. E tenho dito isso algumas vezes, que é: há momentos do jogo que nós ainda não controlamos como gostaríamos. Por isso, você lembra-se da pergunta que fez sobre os três meses? Quando olho para o que foram os três meses – e depois tive a oportunidade de pensar sobre isso –, sinto que reorganizámos a equipa, conhecemos a real posição de alguns jogadores, fomentámos o jogo ofensivo que pretendemos e criámos imensas oportunidades de golo. Temos uma média de aproximadamente três golos por jogo. Isto são factos reais daquilo que nós fizemos nos últimos três meses, e estou a responder à pergunta que você fez anteriormente, mas ainda sinto que há momentos do jogo em que temos de evoluir. E um deles é a forma como nós ainda não controlamos o jogo em certos momentos com a bola. Há momentos em que recuperamos a bola e que em um ou nos dois toques seguintes perdemos a bola, e que isso nos obriga a transitar defensivamente e a correr aquilo que não queríamos, o que traz um desgaste ainda maior à equipa. A evolução desses momentos é em busca... procura-se no treino, procura-se com o tempo de treino, e o tempo de treino é repetir, é repetir, é fazer acreditar os jogadores que podem evoluir. Por isso, é nós termos a oportunidade de treinar alguns momentos do jogo que ainda não controlamos, como este que acabei de referir.
"A nossa exigência é máxima, a minha avaliação sobre os momentos também tem de ser máxima"
O Presidente disse: "Que possamos passar o Natal no 1.º lugar." Essas palavras podem pressionar de alguma maneira a equipa? O resultado obtido a seguir foi um empate.
Sim, mas não é consequência das palavras do Presidente. A ambição deste Clube é enorme. Nós, sensivelmente a seguir ao jogo com o Mónaco... Até foi esse desafio de eu começar a olhar para a frente... Senti que podíamos conquistar o 2.º lugar, aproximar-nos do 1.º, e esses objetivos mantêm-se. A pressão existe sempre, nós estamos sempre pressionados, em particular quando estamos aqui nesta posição, como treinador do Benfica, como jogadores do Benfica, por isso, a nossa pressão é diária, é de vencer todos os jogos. A nossa exigência é máxima, a minha avaliação sobre os momentos também tem de ser máxima. Claro que eu, enquanto treinador, não posso ficar satisfeito com a 2.ª parte que fizemos. Fiquei satisfeito com as 5 alterações que fizemos na 1.ª parte e com as oportunidades criadas, e podíamos realmente ter feito outro resultado ao intervalo; não fiquei satisfeito com a nossa 2.ª parte. Agora, nada disso implica que o nosso objetivo não seja alcançado, e o nosso objetivo é chegar ao fim no 1.º lugar. Acredito é que ao dia de hoje, nos últimos 3 meses, nós estamos melhor, estamos numa posição em que dependemos apenas de nós para sermos campeões; e acredito muito, pela resposta que os jogadores vão dando – ainda hoje, a vontade de querer que o próximo jogo se realize o mais rápido possível –, que é com este plantel que a equipa vai ser campeã nacional ou vencer títulos pelo Benfica.
"Estamos numa posição em que dependemos apenas de nós para sermos campeões"
Pedro Proença anunciou hoje que vai avançar com a candidatura à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Pedia-lhe uma reação, e pergunto: considera que o futebol português, em caso de vitória, fica bem entregue?
Você fez-me uma pergunta... O que posso dizer sobre isso? Não estava à espera dessa pergunta fora do contexto que é o nosso dia a dia. Vejo Pedro Proença como uma pessoa com enorme capacidade de trabalho, por isso, a acontecer, só desejo as melhores felicidades para que tenha sucesso e para que realmente o futebol português continue a crescer e a evoluir.
Luisão trabalhou diretamente com Jorge Jesus e com Roger Schmidt enquanto diretor técnico do Benfica e acaba de anunciar o regresso ao Brasil para assumir um novo projeto na carreira. Ainda não há uma posição do Benfica em relação ao cargo de diretor técnico. Está já a pensar num sucessor para Luisão, ou há, por outro lado, a hipótese de ele ainda continuar em funções?
Olhe, acho que isso é um tema que não entra no nosso dia a dia. Luisão foi uma referência enquanto jogador, foi capitão, foi líder, trabalhou diretamente com as equipas técnicas anteriores, connosco não tivemos essa oportunidade. Acredito é que, com tempo, eventualmente o Benfica irá comunicar, se comunicar, alguém para essa posição. Aquilo que desejo ao Luisão, porque nos cruzámos várias vezes, é que tenha imenso sucesso nesse novo projeto.