Escrever mais uma página de história

Em Vila Nova de Famalicão, o Benfica entra em pista nesta sexta-feira, 16 de maio, às 18h30, para defrontar a Stuart Massamá nas meias-finais da final four da Taça de Portugal feminina de hóquei em patins. As encarnadas estão a dois jogos de conquistar a 11.ª Taça consecutiva – um feito inédito que atesta a hegemonia do Clube na modalidade, mas que não dispensa o rigor nem a concentração de quem sabe que o passado não vence jogos.

A equipa orientada por Paulo Almeida chega a esta final four como detentora do troféu há uma década, dominadora do panorama nacional e com uma mentalidade que não admite outro resultado que não seja vencer.

"O Benfica vai para esta final four com o intuito de chegar à final, e nós aqui costumamos dizer que as finais não são para se jogar, são para se ganhar. O Benfica quer trazer mais uma Taça de Portugal para o Museu Benfica – Cosme Damião e para o currículo destas jogadoras, que já é grande e com muitos títulos", atirou o técnico, sem rodeios, em antevisão à BTV.

Mas mesmo uma equipa com um palmarés tão impressionante não pode dar nada por garantido. O adversário, a Stuart Massamá, já defrontou o Benfica nesta época, e, apesar do favoritismo das encarnadas, Paulo Almeida sublinha que não há espaço para facilitismos: "É uma equipa que o Benfica já conhece, que também já conhece o Benfica, mas é uma meia-final de uma Taça de Portugal, todo cuidado é pouco."

Ouça Paulo Almeida

Se o legado pesa? Não. Pelo contrário, motiva.

"Eu acho que é mais uma motivação elas continuarem, ano após ano, a ganhar todas as competições a nível nacional", garantiu o treinador, elogiando o espírito incansável de superação que define o plantel: "Querem ganhar outra vez a Taça de Portugal, é esse o objetivo delas [jogadoras]."

Os adeptos fazem parte da identidade da equipa, e Paulo Almeida não tem dúvidas de que voltarão a marcar presença em força: "Os Benfiquistas do Norte ainda vivem mais o nosso clube, porque estão longe da casa-mãe."

E acrescentou, com a certeza de quem já viu de tudo: "Onde quer que vamos, em qualquer pavilhão, seja em Portugal ou no estrangeiro, a vermelhinha aparece sempre. Nem que seja um, um faz a diferença."

Ouça Aimée Blackman

A força da bancada, essa sente-se também dentro da pista. Aimée Blackman, uma das caras novas da temporada, rapidamente percebeu o que significa jogar com o símbolo da águia ao peito.

"No fundo, sabemos que os jogos de Taça são mais difíceis porque há mais pressão. Num jogo de Campeonato há mais oportunidades para se ganhar, e sabemos que este jogo vai ser difícil", afirmou, ciente da exigência deste tipo de encontros.

Depois da exigente participação na Liga dos Campeões, o regresso à competição interna impôs uma rápida adaptação. "Estamos a trabalhar muito, depois da Champions foi difícil voltar, mas estamos com muita ambição de poder ganhar este troféu", assegurou a internacional espanhola, dando conta da motivação que atravessa todo o grupo.

Para Aimée Blackman, o calor humano vindo das bancadas é mais do que um incentivo, é parte do jogo.

"A mim dá-me muita motivação ter os adeptos na bancada a apoiar o Benfica. E acho que vamos ter muita gente lá no jogo e também na televisão a apoiar-nos, e isso é muito importante", concluiu a defesa.

Confirmando o favoritismo frente à Stuart Massamá, o Benfica garantirá presença na final da Taça de Portugal, marcada para as 20h00 de sábado, 17 de maio. A decisão será disputada frente ao vencedor da outra meia-final, entre a AE Física e a Sanjoanense.