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Voleibol Feminino
Angélica Malinverno, capitã da equipa do Benfica que venceu o Campeonato Nacional 2024/25, despede-se da Luz com 3 títulos conquistados em 2 temporadas.
04 junho 2025, 14h30
Angélica Malinverno
Na entrevista de despedida, concedida à BTV, a central brasileira recordou cada um dos 3 títulos conquistados ao longo das 2 épocas em que competiu com o Manto Sagrado, bem como a "maravilhosa" primeira impressão da Luz.
Angélica Malinverno doou ainda um par de ténis autografados ao Museu Benfica – Cosme Damião, gesto que enriquece o legado deixado pela atleta. Entre outros temas, a voleibolista enalteceu a importância das Marias e dos Benfiquistas no sucesso da equipa, revelando o que leva da sua passagem pelo Benfica.
PRIMEIRO IMPACTO DA LUZ
"Lembro-me de que cheguei no início de agosto, havia um jogo de futebol, e convidaram-nos para assistir ao jogo. E claro que não há uma maneira melhor de entrar num clube de futebol do que assistir a um jogo. Fui a esse jogo, e os adeptos já sabiam o meu nome, já sabiam a modalidade. É um choque de realidade, então a minha primeira impressão foi essa e foi maravilhosa. Fui superbem recebida."
ERGUER A TAÇA DE PORTUGAL VOLVIDO MEIO SÉCULO
"Foi colocar o Benfica de volta no lugar de onde não deveria ter saído, 50 anos depois. O sentimento era esse, tínhamos uma grande responsabilidade para jogar contra um adversário que já nos tinha ganhado algumas vezes durante a época, também num lugar neutro. Apesar de termos o apoio dos nossos adeptos, era no Norte, então havia mais adeptos deles, mas era uma coisa que ninguém imaginava qual seria a repercussão. Conseguir vencer o jogo da maneira como foi, a ganhar 2-0, tomar um empate em 2-2 – gostamos de um pouquinho de emoção –, ir para um tiebreak e conseguir sair vitoriosa na época. A Fernanda [Silva] era a capitã e fez questão de que eu a ajudasse a levantar a Taça, porque tínhamos feito muitas coisas para chegar ali. Foi uma emoção indescritível. Já ganhei outras coisas na minha vida, felizmente tive outras conquistas, mas uma conquista de peso, que é levantar uma Taça 50 anos depois, para um clube tão vitorioso, foi um sentimento único. Foi realmente muito maior do que imaginávamos."
"Ter um pavilhão cheio mostra que o trabalho está a ser bem feito e faz com que nos sintamos motivadas e apoiadas o tempo inteiro, o que faz muita diferença"
Angélica Malinverno
PRIMEIRA SUPERTAÇA DO PALMARÉS ENCARNADO
"Era uma nova época, com grandes objetivos, ambiciosos, contra um adversário que sempre nos deu muito trabalho, que era o FC Porto, num campo neutro. Tínhamos todas as possibilidades de sermos campeãs, assim como elas tinham. Tínhamos jogado uma semana antes contra elas na Copa Ibérica e tínhamos perdido, então também não havia muito tempo para conseguir reerguer a equipa e reorganizar, mas acho que todo o trabalho que foi feito – não tanto o vólei, mas o trabalho extraquadra – foi muito importante, e pudemos começar a época saindo campeãs. Não há uma maneira melhor de iniciar uma época. É muito emocionante, passa um filme de tudo o que trabalhamos, de tudo o que temos de fazer para lá chegar. Conseguir levantar uma taça e olhar para as minhas colegas e entender que ali era o início, era o primeiro passo... não tenho uma palavra para definir o sentimento, mas é um sentimento maravilhoso."
CONQUISTAR O CAMPEONATO 50 ANOS DEPOIS
"Fizemos uma grande meia-final contra o FC Porto, e, claramente, a equipa fica empolgada e motivada. O SC Braga fez uma meia-final muito dura contra o Sporting, com muito mérito conseguiu chegar à final, e tínhamos consciência de que iam ser jogos muito difíceis. Claro que todos os atletas pensam no melhor cenário possível, ganhar a série rápido, ganhar os jogos tranquilamente, mas tínhamos consciência – e até falei isso em algum momento – de que cada jogo tem uma história, e a final não era diferente. Conseguir chegar a um 5.º jogo, perdendo uma série por 2-0, tendo de ganhar o 3.º jogo da maneira como foi, o 4.º jogo na casa delas, e podendo trazer a possibilidade para a Luz, é muito do que foram estas 2 épocas: alguns altos e baixos, alguns momentos melhores e outros piores. Ninguém entra num jogo a achar que vai perder, mas tinha uma sensação dentro de mim de que jamais perderíamos aquele jogo. E mesmo na negra, quando estava 9-12 ou 10-12, ainda tinha esse sentimento de que íamos vencer. A equipa tinha-se preparado para isso, e não podia acabar a perder dentro da Luz um título que há 50 anos não era conquistado. Então, quando terminou, passa um filme, e, na hora, não caiu a ficha. A ficha vai caindo conforme os dias vão passando, mas foi inacreditável. Um 5.º jogo, 15-13, da maneira como foi, foi inacreditável."
PRESENÇA EMOCIONANTE DAS MARIAS
"Achei uma atitude incrível do Clube realmente mostrar que o passado anda sempre atrelado com o futuro, e tê-las ali connosco, algumas já com um pouco mais de dificuldade, mas a querer fazer parte, a contar e a perguntar as coisas, foi incrível. A partir do 3.º jogo, que foi quando elas foram para o pavilhão connosco, e até à final, e poder tê-las ali durante a comemoração do título, foi incrível. É uma coisa palpável tê-las ali, e ouvi-las contarem as histórias e como era na época, que era muito mais difícil do que é hoje, é emocionante."
BENFIQUISTAS DIFERENCIADORES
"O adepto pode achar que só está ali para prestigiar a equipa, mas, muitas vezes, ele consegue empurrar num momento difícil, consegue fazer uma pressão, consegue desconcentrar um pouco o adversário, então ter um pavilhão cheio, primeiro, mostra que o trabalho está a ser bem feito, porque normalmente as pessoas vão ao pavilhão quando os jogos estão a ser vencidos, e, segundo, faz com que nos sintamos motivadas e apoiadas o tempo inteiro, o que faz muita diferença."
"Tenho muito carinho pelo Clube, muito respeito pela história do Clube, e ainda mais pela maneira como as pessoas me trataram aqui"
DEIXAR UM LEGADO
"Na Rotunda Cosme Damião, está escrito 'Ousem fazer parte da nossa história', e essa frase ficou muito gravada dentro de mim, porque queria realmente sair daqui com a sensação de fazer parte da história, não só de ser uma equipa que vencesse jogos, mas uma equipa que vencesse títulos e fizesse história. Poder deixar estes ténis e saber que, daqui a uns anos, com certeza, vou voltar para passear e vou chegar aqui ao Museu e ver os meus ténis, e outras pessoas também, e vão ver as taças e as nossas fotos. E, quem sabe?, daqui a 50 anos, haja outras meninas que possam olhar para nós e ter esse sentimento de que dá para chegar. É um legado, é deixar uma história, e isso não tem preço."
DE CORAÇÃO CHEIO
"O meu coração é do Benfica, e vou estar a acompanhar, a torcer, de vez em quando a mandar uma mensagem para brigar com alguma delas, tudo dentro do normal. Tenho muito carinho pelo Clube, muito respeito pela história do Clube, e ainda mais pela maneira como as pessoas me trataram aqui. Uma equipa muito aguerrida, muito trabalho, seriedade. Foram 2 anos de muita resiliência, pessoal, primeiro, mas também dentro da equipa. Levo a alegria das vezes que desfilámos as taças para os adeptos no estádio, é realmente impactante. De estar ali no dia a dia, de estar às vezes a andar, ir para um jogo, alguém parar e perguntar, essas pequenas coisas. Os títulos são sempre muito importantes e vão sempre ficar marcados, mas é a maneira como somos tratadas, a maneira profissional, o carinho das pessoas que nem sempre aparecem, que estão dentro da estrutura connosco a dar uma força, então são essas pequenas coisas que vou levar. Claro que, se me perguntasse, queria ter mais troféus, mas sair daqui com 3 em 2 épocas é incrível. Fico muito feliz, desejo muita sorte, não só para o voleibol, mas para todas as modalidades, para o futebol, e longa vida ao nosso clube."
Texto: Redação
Fotos: Cátia Luís / SL Benfica
Última atualização: 4 de junho de 2025